Avaliação do HLA em doadores e receptores de transplante hepático pediátrico e a presença de anticorpo contra doador e seus desfechos clínicos.

dc.contributor.advisorFerreira, Cristina Helena Targapt_BR
dc.contributor.advisor-coNeumann, Jorgept_BR
dc.contributor.authorMelere, Melina Utzpt_BR
dc.contributor.departmentPrograma de Pós-Graduação em Pediatria: Atenção à Saúde da Criança e ao Adolescentept_BR
dc.date.accessioned2025-01-21T17:52:08Z
dc.date.available2025-01-21T17:52:08Z
dc.date.date-insert2025-01-21
dc.date.issued2024-07-11
dc.descriptionTese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Pediatria, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
dc.description.abstractIntrodução: A importância do antígeno leucocitário humano (HLA) nos transplantes (Tx) de órgãos sólidos é um assunto bastante debatido, e a presença de anticorpo contra o doador (DSA) circulante no soro está associada à lesão e à perda do enxerto. O desenvolvimento de fibrose e rejeição são desfechos importantes no póstransplante hepático e definir quais são os seus fatores de risco é fundamental para uma melhor evolução. Objetivo: Analisar a compatibilidade HLA do doador e do receptor e suas compatibilidades, tentando identificar quais são os fatores de risco para essa população no desenvolvimento de anticorpos anti-HLA do doador (DSA) e sua relação com rejeição e fibrose. Objetivos Secundários: identificar as características demográficas e cirúrgicas dos pacientes que desenvolveram anticorpos circulantes contra o doador, além da rejeição e fibrose hepática; Analisar a presença de C4d nos pacientes que desenvolveram rejeição; Determinar a quantidade de Mismatch (MM) nos HLA de classe I (A; B) e classe II (DR) correlacionando com o desfecho de rejeição ou fibrose; Correlacionar o valor de PRA pré e pós-transplante com os desfechos de rejeição e fibrose; Identificar o valor de MFI que representa um fator de risco para o desenvolvimento de rejeição ou fibrose do enxerto. Métodos: Os dados foram coletados entre dezembro de 2013 e dezembro de 2023. Foram analisados: HLA Classe I (A/B) e classe II (DR); reatividade contra painel classe I e II (sangue periférico). O soro foi coletado no receptor, para detecção de “de novo” DSA a partir de 3 meses após o transplante. Os critérios de inclusão foram crianças transplantadas até 18 anos de idade; com sobrevida maior que 30 dias após o transplante hepático e com pelo menos uma coleta de DSA pós-transplante. Todas as rejeições foram comprovadas por biópsia hepática. A decisão de biopsiar os pacientes decorreu da alteração laboratorial de disfunção hepática. Para identificar DSA foi usada a tecnologia de citometria com utilização do Luminex ® pela metodologia Single Antigen Beads (SAB) (One Lambda), considerando intensidade média de fluorescência > 1000 como positivo para anticorpos anti-HLA. Resultados: A presença de qualquer DSA no pós-transplante está associada ao desenvolvimento de rejeições e fibrose nos pacientes pediátricos submetidos a transplante hepático, mas principalmente quando há DSAs dirigidos contra locus DQ. A prevalência de qualquer DSA Classe I ou II no pré-transplante (Tx) é de 28,3%, enquanto no póstransplante a presença de DSA Classe I ou II foi de 43,1% nesta amostra. A mediana de seguimento dos pacientes foi de 3 anos. Dos 13 pacientes que apresentaram rejeição, o C4d esteve positivo em 5 pacientes. Um dado observado foi que a presença de uma ou mais incompatibilidade HLA no locus A entre doador e receptor acarreta um risco 16x superior de desenvolver trombose da artéria hepática. O tempo de isquemia também parece estar relacionado ao desfecho desses pacientes. Conclusão: Houve um risco aumentado de trombose da artéria hepática em pacientes com incompatibilidade HLA no locus A. Doadores mais jovens apresentaram uma maior propensão ao desenvolvimento de anticorpos anti-HLA “de novo” DSA (dnDSA). A característica dos pacientes que desenvolveram rejeição foi os que tinham doadores mais jovens, transplante com doador falecido, doadores não aparentados e a presença de dnDSA. No grupo de pacientes que desenvolveram fibrose e rejeição, foi documentado uma relação com dnDSA anti-HLA-DQ. Não se encontrou uma associação significativa entre a presença de C4d e nem de incompatibilidade HLA A-B ou DR nos desfechos avaliados. Houve uma tendência de maior incidência no desenvolvimento de fibrose e rejeição em pacientes com valores mais elevados de PRA de classe II. Os resultados indicaram uma relação estatisticamente significativa entre valores mais elevados de MFI e maior risco de desenvolver esses desfechospt_BR
dc.description.abstract-enIntroduction: The importance of the human leukocyte antigen (HLA) in solid organ transplants is a much debated subject, and the presence of circulating donor antibody (DSA) in the serum is associated with graft injury and loss. The development of fibrosis and rejection are important post-liver transplant outcomes and defining their risk factors is fundamental for a better outcome. Objective: to analyze the HLA profile of the donor and recipient and their compatibility, trying to identify the risk factors for this population in the development of donor anti-HLA antibodies (DSA) and their relationship with rejection and fibrosis. Secondary Objectives: to identify the demographic and surgical characteristics of patients who developed circulating antibodies against the donor, in addition to rejection and hepatic fibrosis; to analyze the presence of C4d in patients who developed rejection; to determine the amount of Mismatch (MM) in class I (A; B) and class II (DR) HLA correlating with the outcome of rejection or fibrosis; to correlate the pre- and post-transplant PRA value with the outcomes of rejection and fibrosis; to identify the MFI value that represents a risk factor for the development of graft rejection or fibrosis. Methods: Data was collected between December 2013 and December 2023. The following were analyzed: HLA class I A/B/ and class II DR; reactivity against class I and II panels (peripheral blood). Serum was collected from the recipient to detect “de novo” DSA 3 months after the transplant. The inclusion criteria were transplanted children up to 18 years of age; with survival of more than 30 days after liver transplantation and with at least one posttransplant DSA collection. All rejections were proven by liver biopsy. The decision to biopsy the patients was made due to laboratory changes in liver dysfunction. The LABScreen Single Antigen (SAB) test using Luminex® technology was used to detect anti-HLA antibodies from the recipient, considering mean fluorescence intensity > 1000 as positive for anti-HLA antibodies. Results: The presence of any DSA in the post-transplant period is associated with the development of rejections and fibrosis in pediatric patients undergoing liver transplantation, but especially when we have DSAs directed against DQ locus. The prevalence of any Class I or II DSA pre-transplant (Tx) is 28.3%, while post-transplant the presence of Class I or II DSA was 43.1% in this sample. The median follow-up was 3 years. Of the 13 patients who rejected, C4d was positive in 5 patients. The presence of one or more HLA incompatibilities at the A locus between donor and recipient entails a 16x higher risk of developing hepatic artery thrombosis. Ischemia time also seems to be related to the outcome of these patients. Conclusion: There was an increased risk of hepatic artery thrombosis in patients with HLA incompatibility at locus A. Younger donors showed a higher propensity for the development of de novo anti-HLA antibodies (dnDSA). The characteristic of patients who developed rejection was younger donors, deceased donor transplantation, unrelated donors, and the presence of dnDSA. In the group of patients who developed fibrosis and rejection, a relationship with dnDSA anti-HLA-DQ was documented. No significant association was observed between the presence of C4d and HLA A-B or DR incompatibility in the assessed outcomes. There was a trend towards a higher incidence of fibrosis and rejection in patients with higher class II PRA values. The results indicated a statistically significant relationship between higher MFI values and a greater risk of developing these outcomes.en
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufcspa.edu.br/handle/123456789/3166
dc.language.isopt_BR
dc.relation.requiresTEXTO - Adobe Reader
dc.rightsAcesso Aberto Imediatopt_BR
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/
dc.subjectCompatibilidade HLApt_BR
dc.subjectTransplante hepático pediátricopt_BR
dc.subjectRejeiçãopt_BR
dc.subject[en] HLA compatibilityen
dc.subject[en] Pediatric liver transplantationen
dc.subject[en] Rejectionen
dc.titleAvaliação do HLA em doadores e receptores de transplante hepático pediátrico e a presença de anticorpo contra doador e seus desfechos clínicos.pt_BR
dc.typeTesept_BR
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