A prevalência da sub e sobreassistência ventilatória e sua correlação com a extubação e desmame
dc.contributor.advisor | Teixeira, Cassiano | pt_BR |
dc.contributor.author | Scheffer, Karina Dornsbach | pt_BR |
dc.contributor.department | Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2025-02-05T16:39:09Z | |
dc.date.available | 2025-02-05T16:39:09Z | |
dc.date.date-insert | 2025-02-05 | |
dc.date.issued | 2024-12-18 | |
dc.description | Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. | pt_BR |
dc.description.abstract | Introdução: O sistema de pressão positiva utilizado na ventilação mecânica (VM) expõe o sistema respiratório do paciente crítico a alguns riscos e complicações, as principais delas são: lesões pulmonares e diafragmáticas. O uso de modos espontâneos tem sido preconizado com o objetivo minimizar ou evitar a fraqueza diafragmática por desuso devido a sobreassistência ventilatória. Contudo, o esforço excessivo pela subassistência também pode gerar lesão diafragmática. A Pressão de oclusão nos primeiros 100ms (P0,1) e a pressão muscular inspiratória (Pmus), calculada a partir da pressão de oclusão (delta Pocc), estimam o esforço muscular inspiratório. Objetivos: Verificar a presença de sub e sobreassistência ventilatórias através das variáveis P0,1, delta POCC, Pmus e frequência respiratória; analisar as variáveis clínicas e a evolução do teste de ventilação espontânea (TVE). Metodologia: Coorte prospectiva. Realiza-se a triagem diária dos pacientes para avaliação. Analisase o nível de pressão suporte (PS), Pressão Expiratória Positiva Final (PEEP), P0,1 na tela do ventilador, além da frequência respiratória e o volume corrente (VC). A avaliação dos escores de Charlson e Simplified Acute Physiology Score (SAPS III) realiza-se com base em dados dos prontuários eletrônicos dos pacientes. Avalia-se, também, a prevalência de sepse, o uso de bloqueador neuromuscular, corticoides e balanço hídrico. Resultados: Foram realizadas 62 avaliações, de 49 pacientes para quantificar a prevalência de sub e sobreassistência ventilatória: 51,6% dos pacientes apresentavam normoassistência ventilatória, 4,8% subassistência e 43,5% sobreassistência, quando avaliados a partir de P0,1. Quando analisados a partir de Pmus 64,5% dos pacientes apresentavam normoassistência ventilatória, 21% apresentavam subassistência e 14,5% apresentavam sobreassistência ventilatória. P0,1 apresentou correlação inversa entre o escore de morbidade de Charlson -0,283 (p=0,026), e o escore de SAPS, -0,286 (p= 0,024). A variável Pmus, apresentou correlação inversa entre o escore de gravidade de SAPS III -0,296 (p=0,019). As associações de PS, PEEP, VAC e escala de Richmond Agitation-Sedation Scale (RASS), não apresentaram diferenças significativas quando correlacionados a P0,1 e Pmus. P0,1 tem uma correlação positiva e direta com Pmus (0,506; p<0,001). Na análise de falha no teste de ventilação espontânea foram analisados 42 pacientes, um total de 46 avaliações. Os pacientes apresentaram uma mediana de dias maior na VM antes do TVE no grupo que falhou, 8 (5,5 – 10,5) vs. 5 (3 – 7), p = 0,027. A mediana de dias total em VM foi maior no grupo de pacientes que falhou, 9 (6,5 – 14) vs. 5 (3 – 7), p=0,003. Ao comparar a presença de sub ou sobreassistência a partir das variáveis P0.1 e Pmus com a falha no TVE foi encontrada diferença significativa. Conclusão: Os níveis de assistência, de sub e sobreassistência ventilatória, analisados a partir de P0,1 e Pmus não demonstram diferença significativa quando comparadas aos ajustes ventilatórios. Quanto maior os escores de gravidade e comorbidade menor os valores de Pmus e P0,1, sendo esses potenciais marcadores de severidade do paciente crítico. A presença de sub ou sobreassistência ventilatória, aferida a partir das medidas de P0,1 e Pmus, não foram diretamente associadas ao desfecho de falha no TVE. | pt_BR |
dc.description.abstract-en | Introduction: The positive pressure system used in mechanical ventilation (MV) exposes the respiratory system of critically ill patients to certain risks and complications, the main ones being pulmonary and diaphragmatic injuries. The use of spontaneous modes has been recommended to minimize or avoid diaphragmatic weakness due to disuse caused by over-ventilation assistance. However, excessive effort due to under-assistance can also cause diaphragmatic injury. Occlusion pressure during the first 100ms (P0.1) and inspiratory muscle pressure (Pmus), calculated from the occlusion pressure (delta Pocc), estimate the inspiratory muscle effort. Objectives: To assess the presence of under- and over-ventilation assistance through the variables P0.1, delta Pocc, Pmus, and respiratory frequency; to analyze clinical variables and the evolution of the spontaneous ventilation test (SVT). Methodology: Prospective cohort study. Daily screening of patients is performed for evaluation. The levels of pressure support (PS), Positive End-Expiratory Pressure (PEEP), P0.1 on the ventilator screen, as well as respiratory frequency and tidal volume (TV), are analyzed. The Charlson and Simplified Acute Physiology Score (SAPS III) scores are assessed based on the data from the patients' electronic medical records. The prevalence of sepsis, use of neuromuscular blockers, corticosteroids, and fluid balance are also evaluated. Results: Sixty-two evaluations were conducted on 49 patients to quantify the prevalence of under- and over-ventilation assistance: 51.6% of the patients had normal ventilation assistance, 4.8% had under-assistance, and 43.5% had over-assistance when evaluated by P0.1. When assessed by Pmus, 64.5% of the patients had normal ventilation assistance, 21% had underassistance, and 14.5% had over-assistance. P0.1 showed an inverse correlation with the Charlson comorbidity score (-0.283; p=0.026) and the SAPS score (- 0.286; p=0.024). The Pmus variable showed an inverse correlation with the severity score of SAPS III (-0.296; p=0.019). The associations between PS, PEEP, tidal volume (TV), and the Richmond Agitation-Sedation Scale (RASS) did not show significant differences when correlated with P0.1 and Pmus. P0.1 had a positive and direct correlation with Pmus (0.506; p<0.001). In the analysis of failure in the spontaneous ventilation test, 42 patients were assessed, with a total of 46 evaluations. The patients who failed the test had a higher median number of days on MV before the SVT, 8 (5.5 – 10.5) vs. 5 (3 – 7), p = 0.027. The median total days on MV was higher in the group that failed, 9 (6.5 – 14) vs. 5 (3 – 7), p=0.003. A significant difference was found when comparing the presence of under- or over-assistance from the P0.1 and Pmus variables with failure in the SVT. Conclusion: The levels of assistance, under- and over-ventilation assistance, analyzed through P0.1 and Pmus, did not show significant differences when compared to ventilatory adjustments. Higher severity and comorbidity scores were associated with lower values of Pmus and P0.1, which are potential markers of severity in critically ill patients. The presence of underor over-assistance, measured by P0.1 and Pmus, was not directly associated with the outcome of failure in the SVT. | en |
dc.identifier.uri | https://repositorio.ufcspa.edu.br/handle/123456789/3201 | |
dc.language.iso | pt_BR | |
dc.relation.requires | TEXTO - Adobe Reader | |
dc.rights | Acesso Embargado | pt_BR |
dc.rights.uri | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/ | |
dc.subject | Unidades de Terapia Intensiva | pt_BR |
dc.subject | Ventilação Mecânica | pt_BR |
dc.subject | Diafragma | pt_BR |
dc.subject | [en] Intensive Care Units | en |
dc.subject | [en] Ventilation, Mechanical | en |
dc.subject | [en] Diaphragm | en |
dc.title | A prevalência da sub e sobreassistência ventilatória e sua correlação com a extubação e desmame | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
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