Associação entre sarcopenia e consumo alimentar em idosas fisicamente ativas

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Data
2014
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Resumo
A atividade física regular, em especial o treino de força, e a ingestão de quantidades adequadas de energia e proteína de alta qualidade têm sido apontadas como duas importantes estratégias para atrasar a perda de função e massa muscular relacionada ao envelhecimento. Objetivos: Avaliar a relação entre a sarcopenia e o consumo alimentar em idosas fisicamente ativas, e revisar sistematicamente a literatura para definir se a suplementação proteica é capaz de aumentar os efeitos positivos do treino de força na massa muscular e na força de idosos. Métodos: Estudo transversal avaliando 42 mulheres idosas fisicamente ativas. A massa muscular e a gordura corporal foram avaliadas com a impedância bioelétrica, a força muscular com a força de preensão palmar, e a capacidade funcional pela velocidade da marcha e pelo teste de sentar e levantar em 30 segundos. A ingestão alimentar foi avaliada com o registro alimentar de 3 dias. Utilizou-se o critério diagnóstico de sarcopenia proposto pelo European Working Group on Sarcopenia in Older People. Para a revisão sistemática, realizou-se uma busca estruturada nas bases de dados MEDLINE (PubMed), Cochrane, EMBASE e LILACS, sem restrição de idioma ou período. Foram incluídos apenas ensaios clínicos randomizados com indivíduos com no mínimo 60 anos de idade. A seleção dos estudos e a extração dos dados foram realizada por dois revisores independentes. Resultados: Aproximadamente 62% das idosas foram classificadas como sarcopênicas e estas eram mais velhas, com menor peso corporal, índice de massa corporal, gordura corporal, índice de músculo esquelético, força de preensão palmar, velocidade da marcha e consumo proteico que as idosas sem sarcopenia. As idosas com maior consumo de proteínas e com menor gordura corporal tiveram melhor desempenho no teste de sentar e levantar em 30 segundos. Mulheres com mais gordura corporal também tinham mais massa muscular. A suplementação proteica em conjunto com o treino de força mostrou associação com maior aumento da massa corporal magra, mas não com maiores ganhos de massa muscular ou de força, em comparação ao treino de força de forma isolada. Conclusão: Idosas sarcopênicas parecem ter menor ingestão de proteínas que as não sarcopênicas. O menor consumo de proteínas e maiores níveis de gordura corporal associam-se à pior capacidade funcional das idosas. A combinação da suplementação proteica e do treinamento de força pode promover maiores ganhos na massa corporal magra em idosos, mas não parece ser mais efetiva no aumento da massa muscular ou de força em comparação ao treinamento de força de forma isolada.
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Consumo de Alimentos, Envelhecimento, Força Muscular, Músculos, Sarcopenia, Suplementação Nutricional, [en] Food Consumption, [en] Aging, [en] Muscle Strength , [en] Muscles, [en] Dietary Supplements
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