Impacto de dois regimes de exercícios profiláticos à hipomobilidade mandibular na medida de abertura bucal, mucosa oral, dor, capacidade funcional e qualidade de vida de pacientes com câncer de cabeça e pescoço submetidos à radioterapia

dc.contributor.advisorJotz, Geraldo Pereira
dc.contributor.advisor-coPlentz, Rodrigo Della Méa
dc.contributor.authorBragante, Karoline Camargo
dc.date.accessioned2019-10-29T17:54:57Z
dc.date.accessioned2023-10-09T16:32:39Z
dc.date.available2019-10-29T17:54:57Z
dc.date.available2023-10-09T16:32:39Z
dc.date.date-insert2019-10-29
dc.date.issued2019
dc.descriptionTese (Doutorado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.pt_BR
dc.description.abstractIntrodução: Trismo radioinduzido (TR) refere-se a hipomobilidade mandibular decorrente da fibrose na musculatura mastigatória, quando localizada no campo de radiação. O TR é uma complicação progressiva e tardia da radioterapia (RDT), tendo pico de incidência entre os 9 e 12 meses do término da RDT. Estudos prévios enfatizam que o TR é de difícil resolução e, portanto, esforços devem ser focados na prevenção dessa complicação, entretanto, até a atual data, nenhum protocolo de prevenção demonstrou-se efetivo para tal finalidade. Objetivo: Verificar o efeito de dois protocolos de exercícios terapêuticos na preservação da mobilidade mandibular de pacientes com câncer de cabeça e pescoço (CCP) submetidos a RDT e, secundariamente, verificar o impacto dos exercícios na mucosa oral, dor, capacidade funcional e qualidade de vida (QV). Métodos: Trata-se de um ensaio clínico de prevenção, randomizado-controlado, paralelo, duplo-cego, com três braços. Esta pesquisa está registrada no ClinicalTrials.gov e no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos, sob número de registro NCT02094690 e RBR-89mdvw, respectivamente. Noventa pacientes foram randomizados em três grupos: Grupo intervenção 1 (G1) – exercícios ativos da mandíbula, alongamento da musculatura mastigatória com o Therabite e treino de mastigação com hiperboloide; Grupo intervenção 2 (G2) - exercícios ativos da mandíbula e treino de mastigação com hiperboloide; e grupo controle (GC) – receberam apenas o protocolo padrão pré-radioterapia da instituição. Os grupos intervenção receberam o material necessário para realizar o protocolo em domicílio 4x/dia e, foi realizada 1x/semana, uma sessão de exercícios supervisionada pelo fisioterapeuta treinador, nas dependências do serviço de RDT, durante todo o tratamento radioterápico. A medida de abertura bucal máxima (ABM) foi mensurada com paquímetro digital antes do início da RDT (T0), imediatamente após a última sessão de RDT (T1) e 12 meses após o término da RDT (T2). A mucosite oral foi classificada de acordo com a Escala de Toxicidade Oral da Organização Mundial da Saúde (OMS). A dor foi avaliada usando a escala visual analógica. A capacidade funcional foi medida pela Karnofsky Performance Status e a QV foi mensurada através do Questionário de Avaliação da Qualidade de Vida da Universidade de Washington (UW-QoL). Resultados: A ABM não apresentou diferença significativa entre os grupos nos três momentos avaliados (p=0.264). A variação na medida de abertura bucal do T0 para o T2 foi de -1 mm no GC (95% intervalo de confiança [IC], -4.0 a 2.0), 1.3 mm no G1 (95% IC, -1.7 a 4.3) e 0.5 mm no G2 (95% IC, -3.4 a 4.4). No T1 a dor e a mucosite foram significativamente maiores no G1 quando comparado ao GC (p<0.024 e p<0.001, respectivamente). A capacidade funcional reduziu em todos os grupos do T0 para o T1 (p<0.001) mas sem significância entre os grupos (p=0.737). O escore total do UW-QoL reduziu significativamente do T0 para o T1 (p<0.001) e apresentou melhora significativa do T1 para o T2 em todos os grupos (p<0.001), sem diferenças significativas entre os grupos (p=0.180). Conclusão: Não é possível concluir que os protocolos de exercícios propostos nesse estudo são mais eficazes para a prevenção do TR que a orientação padrão pré radioterapia. Mais estudos são necessários para verificar a eficácia e o impacto na medida de ABM de exercícios profiláticos ao TR iniciados após o término da RDT, quando as alterações agudas da mucosa estiverem resolvidas, pois de acordo com este estudo iniciar os exercícios durante a RDT parece não ter benefício terapêutico na medida de ABM e pode aumentar a dor associada a mucosite. Nenhum dos protocolos apresentados nesse estudo foi capaz de evitar a redução na capacidade funcional e na QV dos pacientes.pt_BR
dc.description.abstract-enBackground: Radiation-induced trismus (RIT) is a reduction in mouth opening measurement due to fibrosis in the masticatory musculature when located in the radiation field. RIT is a late and progressive complication of radiotherapy treatment (RDT), has a peak incidence around 9 to 12 months after the end of the RDT. Previously studies emphasize that RIT is difficult to treat, and, therefore, efforts should focus on its prevention; however, so far, no clinical trial has been able to demonstrate an effective protocol for the prevention of RIT. Objective: To verify the effect of two preventive interventions consisting of therapeutic exercises performed during the RDT in the preservation of mandibular range of motion, and to ascertain whether associations exist between RIT outcomes and mucositis, pain, performance status and quality of life (QOL). Methods: This study was a randomized, controlled, double-blind, three-arm, parallel-group, prevention clinical trial. The trial is registered at ClinicalTrials.gov, number NCT02094690, and at the Brazilian Clinical Trials Registry, number RBR-89mdvw. Ninety patients were randomized into 3 groups: intervention group 1 (G1) – active exercises of the mandible, stretching exercise with Therabite and masticatory training with Hiperbolóide; intervention group 2 (G2) - active exercises of the mandible and masticatory training with Hiperbolóide, and control group (CG) - usual care guidance from the institution. The exercise groups received the instructions and the devices to perform the protocol exercises four times a day at home and throughout the course of RDT, patients performed one supervised exercise session per week, under the guidance of the trainer physiotherapist. Maximum mouth opening (MMO) was measured with a digital paquimeter before (T0), immediately after (T1), and at 12 months (T2) after completion of radiotherapy treatment. Oral mucositis was graded in accordance with the World Health Organization (WHO) Oral Toxicity Scale. Pain was assessed using a visual analog scale. Functional capacity was measured by the Karnofsky Performance Status. QOL was assessed using the self-administered University of Washington Quality of Life (UW-QOL) Questionnaire. Results: There was no significant difference in mouth opening measure between the groups at the three assessment time points (p=0.264). The difference in mouth opening measure from baseline to 12 months after having completed radiotherapy was -1 mm in CG (95% confidence interval [CI], -4.0 to 2.0), 1.3 mm in G1 (95% CI, -1.7 to 4.3) and 0.5 mm in G2 (95% CI, -3.4 to 4.4). At T1 the grade of pain and the incidence of mucositis was significantly higher in G1 than CG (p<0.024 and p<0.001, respectively). There was a significantly reduction in performance status in all groups from T0 to T1 (p<0.001) but without differences between the groups (p=0.737). The composite score of the University of Washington Quality of Life (QOL) Questionnaire showed a significantly decreased from T0 to T1 (p<0.001) and presented a significant increase from T1 to T2 in all groups (p<0.001), without significant differences between the groups (p=0.180). Conclusion: It is not possible to conclude that the exercise protocols performed in this study are more effective in the prevention of RIT than the usual guidance for patients undergoing radiotherapy. Further studies are needed to verify the efficacy and the impact on MMO of prophylactic exercises for RIT initiated after RDT treatment, when the acute mucosal reactions are resolved, since according to our study, initiating exercises during RDT seems not to have a therapeutic benefit to MMO, and may increase the pain associated with mucositis. Neither of the prophylaxis protocols tested in this study was able to prevent declines in performance status and in QOL.pt_BR
dc.description.sponsorshipCAPESpt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufcspa.edu.br/handle/123456789/950
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.relation.requiresAdobe Readerpt_BR
dc.rightsAcesso Aberto Imediato*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/*
dc.subjectNeoplasias de Cabeça e Pescoçopt_BR
dc.subjectTrismopt_BR
dc.subjectRadioterapiapt_BR
dc.subjectAmplitude de Movimento Articularpt_BR
dc.subjectModalidades de Fisioterapiapt_BR
dc.subjectTerapia por Exercíciopt_BR
dc.subject[en] Head and Neck Neoplasmsen
dc.subject[en] Trismusen
dc.subject[en] Radiotherapyen
dc.subject[en] Range of Motion, Articularen
dc.subject[en] Physical Therapy Modalitiesen
dc.subject[en] Exercise Therapyen
dc.titleImpacto de dois regimes de exercícios profiláticos à hipomobilidade mandibular na medida de abertura bucal, mucosa oral, dor, capacidade funcional e qualidade de vida de pacientes com câncer de cabeça e pescoço submetidos à radioterapiapt_BR
dc.typeTesept_BR
Arquivos
Pacote Original
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
[TESE] Bragante, Karoline Camargo
Tamanho:
5.22 MB
Formato:
Unknown data format
Descrição:
Texto completo
Licença do Pacote
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
license.txt
Tamanho:
1.71 KB
Formato:
Plain Text
Descrição:
Coleções