Impacto da obesidade na mortalidade, qualidade de vida relacionada a saúde e estado funcional em pacientes pós-UTI

dc.contributor.advisorTeixeira, Cassiano
dc.contributor.authorBarbosa, Mirceli Goulart
dc.date.accessioned2023-10-19T15:29:54Z
dc.date.available2023-10-19T15:29:54Z
dc.date.date-insert2023-10-19
dc.date.issued2022-12-22
dc.descriptionTese (Doutorado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
dc.description.abstractObjetivo: Avaliar se a obesidade pode ser um fator protetor em relação a mortalidade, a qualidade de vida relacionada a saúde (QVRS) e ao estado funcional em pacientes pós-Unidade de Terapia Intensiva (UTI) acompanhados após a alta hospitalar. Métodos: Este estudo consistiu em uma revisão sistemática com metanálise e em uma análise secundária de uma coorte multicêntrica. A revisão sistemática foi realizada nas bases de dados PubMed, Scopus, EMBASE e Biblioteca Cochrane. A coleta de dados da coorte foi realizada em 10 UTIs brasileiras na qual foram incluídos 1600 pacientes sobreviventes de UTI acompanhados por 3 meses após a alta hospitalar. Os principais desfechos de ambos os estudos foram mortalidade, QVRS e estado funcional em pacientes pós-UTI. Para classificação da obesidade foi utilizado as categorias de Índice de Massa Corporal (IMC) propostas pela Organização Mundial da Saúde. Resultados: Foram identificados 17.663 estudos nas buscas realizadas, após a remoção de duplicatas, 16.142 foram selecionados para triagem de títulos e resumos. Destes 37 estudos eram potencialmente elegíveis. Por fim, 13 estudos foram incluídos. Os estudos apresentaram diferentes tempos de acompanhamento, variando de 28 dias a 1 ano. Além de apresentarem diferentes classificações para obesidade conforme o IMC (obesos em geral, obeso grau I e II e obeso severo). Os dados apresentados a seguir, são relacionados a comparação com peso normal. Pacientes com sobrepeso (RR 0.84, 95% CI 0.75-0.96, p=0.008, I2=59%), obesos em geral (RR 0.75, CI 95% 0.69-0.81, p<0.001, I2= 1%) e obesos grau I e II (RR 0.7, CI 95% 0.54-0.90, p=0.006, I2=27%) apresentaram menor risco de morte em até 30 dias pós-UTI. No período de 60 dias pós-UTI, pacientes obesos em geral (RR 0.75, CI 95% 0.66-0.86, p<0.001, I2= 0%) e obesos grau I e II (RR 0.7, CI 95% 0.58-0.85, p< 0.001, I2= 0%) apresentaram menor risco de morte. Em 90 dias pós-UTI, pacientes obesos grau I e II (RR 0.77, CI 95% 0.69-0.87, p<0.001, I2= 0%) apresentaram menor risco de morte. E por fim, em 1 ano pós-UTI, pacientes com sobrepeso (RR 0.83, IC 95% 0.70-0.97, p=0.021, I2= 64.21%) e obesos em geral apresentaram (RR 0.67, CI 95% 0.58-0.77, p<0.001, I2=47.71%) menor risco de morte. Na coorte, os pacientes obesos (mediana de 50.1 pontos IQR, 39.6-59.6) apresentaram menor QVRS no componente mental do que pacientes com peso normal (mediana de 53 pontos IQR, 45.6-60.1) (p=0.033). Não foram encontradas diferenças entre as categorias de IMC em relação ao componente físico da QVRS e ao estado funcional (p=0.355 e p=0.295 respectivamente). Em 3 meses pós-UTI, pacientes obesos morreram menos (11.8%) do que pacientes abaixo do peso (30.9%) e com peso normal (19.3%) (p<0.001). Conclusões: Em pacientes pós-UTI, a obesidade pode ter um efeito protetor em relação a mortalidade que pode variar conforme o tempo de acompanhamento e a categoria de IMC. Em 3 meses pós-UTI, pacientes obesos apresentaram menor QVRS no componente mental.
dc.description.abstract-enObjective: To assess whether obesity can be a protective factor in relation to mortality, health-related quality of life (HRQoL) and functional status in post- Intensive Care Unit (ICU) patients followed after hospital discharge. Methods: This study consisted of a systematic review with meta-analysis and a secondary analysis of a multicenter cohort. The systematic review was carried out in the PubMed, Scopus, EMBASE and Cochrane Library databases. Cohort data collection was performed in 10 Brazilian ICUs, which included 1600 ICU survivors followed for 3 months after hospital discharge. The main outcomes of both studies were mortality, HRQoL and functional status in post-ICU patients. The Body Mass Index (BMI) categories proposed by the World Health Organization were used to classify obesity. Results: 17,663 studies were identified in the searches performed, after removing duplicates, 16,142 were selected for title and abstract screening. Of these 37 studies were potentially eligible. Finally, 13 studies were included. The studies presented different follow-up times, ranging from 28 days to 1 year. In addition to presenting different classifications for obesity according to BMI (obese in general, obese grade I and II and severely obese). The data presented below are related to the comparison with normal weight. Overweight patients (RR 0.84, 95% CI 0.75-0.96, p=0.008, I2=59%), overall obese (RR 0.75, 95% CI 0.69-0.81, p<0.001, I2= 1%) and obese patients I and II (RR 0.7, CI 95% 0.54-0.90, p=0.006, I2=27%) showed a lower risk of death within 30 days post- ICU. In the 60-day post-ICU period, obese patients in general (RR 0.75, CI 95% 0.66-0.86, p<0.001, I2= 0%) and obese grade I and II (RR 0.7, CI 95% 0.58-0.85, p< 0.001, I2= 0%) had a lower risk of death. At 90 days post-ICU, grade I and II obese patients (RR 0.77, CI 95% 0.69-0.87, p<0.001, I2= 0%) had a lower risk of death. And finally, at 1 year post-ICU, overweight patients (RR 0.83, CI 95% 0.70- 0.97, p=0.021, I2= 64.21%) and obese patients in general presented (RR 0.67, CI 95% 0.58-0.77, p<0.001, I2=47.71%) lower risk of death. In the cohort, obese patients (median 50.1 IQR points, 39.6-59.6) had lower HRQoL on the mental component than normal-weight patients (median 53 IQR points, 45.6-60.1) (p=0.033). No differences were found between BMI categories regarding the physical component of HRQoL and functional status (p=0.355 and p=0.295 respectively). At 3 months post-ICU, obese patients died less (11.8%) than underweight (30.9%) and normal weight (19.3%) patients (p<0.001). Conclusions: In post-ICU patients, obesity may have a protective effect on mortality, which may vary according to follow-up time and BMI category. At 3 months post-ICU, obese patients had lower HRQoL in the mental component.
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufcspa.edu.br/handle/123456789/2371
dc.language.isopt_BR
dc.relation.requiresTEXTO - Adobe Reader
dc.rightsAttribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Brazilen
dc.rightsAcesso Aberto Imediatopt_BR
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/
dc.subjectUnidade de Terapia Intensiva
dc.subjectObesidade
dc.subjectMortalidade
dc.subjectQualidade de vida relacionada a saúde
dc.subjectEstado funcional
dc.subjectCuidado centrado no paciente
dc.subject[en] Intensive Care Unitsen
dc.subject[en] Obesityen
dc.subject[en] Mortalityen
dc.subject[en] Functional Statusen
dc.subject[en] Patient-Centered Careen
dc.titleImpacto da obesidade na mortalidade, qualidade de vida relacionada a saúde e estado funcional em pacientes pós-UTI
dc.typeTese
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