Intervenções físicas em indivíduos com neuropatia diabética

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Data
2018
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Resumo
A neuropatia diabética é uma das complicações mais comuns do diabetes mellitus (DM), responsável por dor, alterações da sensibilidade e maior risco para o desenvolvimento de úlceras nos membros inferiores e amputações. O adequado controle metabólico do DM é o principal fator preventivo da neuropatia. Todavia, o manejo dos sintomas da neuropatia, principalmente da dor neuropática, acaba sendo realizado através de medicamentos. Nem todos os pacientes conseguem aderir ao tratamento medicamentoso, seja pelos efeitos adversos seja por contraindicações. Nesse sentido, intervenções não medicamentosas alternativas ou complementares têm importante papel no manejo desses pacientes. As intervenções físicas são um exemplo. Dentre elas, a estimulação elétrica, já citada em diretrizes clínicas para o controle da dor neuropática, e o exercício físico para auxílio no controle metabólico, ambas amparadas por revisões sistemáticas de ensaios clínicos randomizados (ECR). A foto estimulação por laser de baixa intensidade também é uma intervenção complementar para o tratamento da dor neuropática, que vem sendo substituída por alternativas mais acessíveis como diodos emissores de luz (LED). Além disso, novas modalidades de terapia física, como a vibração de corpo inteiro (VCI), têm sido investigadas para melhorar desfechos nestes pacientes. Apesar de essas duas últimas alternativas terem sido investigadas através de ECRs, os resultados são conflitantes, dificultando a tomada de decisão por parte do profissional. Dessa forma, propôs-se realizar revisões sistemáticas para sumarizar o efeito da fototerapia por LED infravermelho e da VCI em desfechos importantes para pacientes com diabetes e neuropatia diabética. A partir dessas revisões sistemáticas, foi possível identificar que a fototerapia por LED infravermelho promove pequena, porém significativa, melhora na sensibilidade plantar protetora de pacientes com neuropatia diabética, entretanto os efeitos são sustentados por poucas semanas. Em relação à dor neuropática, a evidência atual é fraca e demonstra não haver efeito do LED infravermelho sobre esse desfecho. A VCI combinada a exercícios promove pequena, porém significativa, 9 melhora no controle glicêmicos de pacientes com DM tipo 2, no entanto são necessários mais estudos para saber se este efeito é atribuído à VCI, ao exercício ou à combinação de ambos. Em pacientes com neuropatia diabética, também foi identificada pequena, porém significativa, redução da glicemia após intervenção com VCI. Não foram encontrados estudos que investigassem o efeito da VCI na sensibilidade plantar protetora de pacientes com neuropatia diabética e, apesar de estudos primários indicarem benefícios da utilização de VCI na redução da dor neuropática e no equilíbrio desses indivíduos, os estudos apresentam alto risco de viés e a qualidade da evidência torna-se pouco confiável. Por fim, conclui-se que há espaço para mais ECRs com baixo risco de viés para fortalecer a qualidade das evidências atuais.
Descrição
Tese (Doutorado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Diabetes Mellitus, Neuropatias Diabéticas, Fisioterapia, Fototerapia, Vibração de Corpo Inteiro, [en] Diabetic Neuropathies, [en] Physical Therapy Specialty, [en] Phototherapy, [en] Vibration
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