Avaliação de Marcadores de Prognóstico no Melanoma
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Data
2022
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Editora
Editor Literário
Resumo
Introdução: O melanoma é altamente metastático, representando a causa mais comum de
morte por câncer de pele em escala global. Sua classificação e prognostico são
definidos pelo sistema de estadiamento da AJCC, o qual não é suficiente para
acessar o risco de mortalidade para cada paciente individualmente devido ao
caráter heterogêneo da doença, o que garante a busca por novos
biomarcadores. Objetivos: Avaliar o estado-da-arte no que diz respeito à biomarcadores de prognóstico no
melanoma, bem como analisar a associação entre a neoplasia e os seguintes
marcadores: DNA livre circulante (cfDNA), citocinas inflamatórias e
polimorfismo Ala16Val do gene SOD2 que codifica a enzima antioxidante
superóxido dismutase dependente de manganês (MnSOD).
Material e Métodos: Primeiramente, foi realizada uma revisão sistemática da literatura no que se
refere a marcadores genéticos e epigenéticos com valor prognóstico no
melanoma. Também, foram realizados dois estudos caso-controle onde foram
incluídos pacientes com melanoma do Hospital Santa Rita e indivíduos
saudáveis. No primeiro, foi realizada a quantificação dos níveis de cfDNA no
plasma de casos e controles por meio do Kit Quant-iTTM PicoGreen® dsDNA
(Invitrogen) e posterior leitura da fluorescência em fluorômetro. Para avaliar o
status inflamatório dos indivíduos, a concentração de citocinas inflamatórias
(IL-1, IL-6, TNFα, INFy and IL-10) foi medida. No segundo estudo, foi avaliada
a associação entre o melanoma e o polimorfismo Ala16Val do gene SOD2
através da genotipagem de pacientes com melanoma e indivíduos saudáveis.
Para tanto, um fragmento do gene SOD2 contendo a região do polimorfismo foi
amplificado com primers específicos seguido de clivagem com a enzima de
restrição Hae III. Resultados: No artigo científico I, o texto completo de 25 artigos foi avaliado. A análise do
perfil de microRNA e a expressão de mRNA associada ao status mutacional
dos genes BRAF e NRAS foram as abordagens mais frequentes. No artigo II,
níveis elevados de cfDNA e citocinas pró-inflamatórias foram observados nos
pacientes com melanoma quando comparados aos controles. Por outro lado,
os casos apresentaram níveis reduzidos da citocina anti-inflamatória
interleucina 10 em relação aos indivíduos saudáveis. Após a excisão do tumor
primário, houve redução significativa da concentração de cfDNA no sangue dos
pacientes. Quanto ao artigo III, foi reportada a associação entre o polimorfismo
da MnSOD e o risco de melanoma, a qual é influenciada por sexo e idade.
Conclusão: Apesar de muito conhecimento ter sido acumulado no que se refere aos
marcadores no melanoma, nenhum se mostrou eficiente para detectar o
potencial de progressão da doença ainda em seus estágios iniciais. A
implementação de biomarcadores sanguíneos pouco invasivos durante o
acompanhamento clínico para identificar pacientes em alto risco de metástases
é fundamental para melhorar o desfecho dos pacientes com melanoma.
Descrição
Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Patologia, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
Palavras-chave
Melanoma cutâneo, Biomarcadores, Epigenética, Prognóstico, Genética, [en] Cutaneous melanoma, [en] Biomarkers, [en] Prognosis, [en] Genetic, [en] Epigenetic