Avaliação da hiper-hidratação avaliada pelo vetor de impedância bioelétrica durante a internação na UTI e associação com desfechos clínicos: um estudo de coorte prospectivo
dc.contributor.advisor | Silva, Flávia Moraes | pt_BR |
dc.contributor.author | Carneiro, Juliana Umbelino | pt_BR |
dc.contributor.department | Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2025-07-16T19:16:18Z | |
dc.date.available | 2025-07-16T19:16:18Z | |
dc.date.date-insert | 2025-07-16 | |
dc.date.issued | 2025-03-21 | |
dc.description | Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. | pt_BR |
dc.description.abstract | Introdução: A sobrecarga hídrica está associada ao aumento da morbidade e mortalidade em pacientes críticos, porém o melhor método de avaliação do status de hidratação destes pacientes ainda é incerto. Não está claro se o acúmulo de fluidos avaliado por meio da Análise vetorial de impedância bioelétrica (BIVA, do inglês Bioelectrical impedance vector analysis) possui valor prognóstico nesses pacientes. Objetivo: Avaliar as mudanças no status de hidratação de pacientes adultos internados em uma unidade de terapia intensiva (UTI) e o valor prognóstico da hiper-hidratação nos primeiros cinco dias de internação. Métodos: Conduzimos um estudo de coorte com coleta prospectiva de dados de pacientes críticos com idade maior ou igual a 18 anos, admitidos em uma UTI mista e com expectativa de permanência na UTI de pelo menos 72 horas. A bioimpedância elétrica (BIA) foi realizada dentro das primeiras 24 horas (D1), em 72 horas (D3) e em 120 horas (D5) para o BIVA. O software BIVA 2002 foi utilizado para traçar os dados de resistência e reatância normalizados para a altura de cada paciente nas elipses de tolerância de 95% e classificar o status de hidratação de cada paciente em: desidratado, normohidratado ou hiper-hidratado. Dados clínicos, sociodemográficos e nutricionais foram coletados na admissão. Os pacientes foram acompanhados até a alta da UTI para avaliação dos desfechos de interesse que incluíram tempo de permanência na UTI e mortalidade na UTI. Resultados: Um total de 330 pacientes (60,48 ± 14,58 anos, 56,6% homens, SAPS III 51,84 ± 15,31) foram avaliados no início do estudo, 206 no D3 e 141 no D5. A hiperhidratação foi observada em 68,2% dos pacientes no D1, 67,0% no D3 e 69,5% no D5, sem mudanças significativas no status de hidratação entre D1 e D3 (p=0,093) ou entre D1 e D5 (p=0,180). Com base nas elipses de confiança da BIVA, observou-se migração vetorial ao longo do tempo, com a posição em D1 diferindo significativamente tanto de D3 (distância de Mahalanobis = 0,24; p = 0,0264) quanto de D5 (distância de Mahalanobis = 0,39; p = 0,0006). Apenas a hiper-hidratação no D3 foi associada a tempo prolongado de internação na UTI (OR = 2,31; IC 95%: 1,06-5,06) e não foi associada à mortalidade. Comparando as elipses de confiança da BIVA, observamos diferenças vetoriais e migrações entre pacientes com tempo prolongado de internação na UTI versus não prolongado em D1 e D3 e em todos os momentos, ao comparar sobreviventes e não sobreviventes. Conclusões: A hiper-hidratação foi altamente prevalente em nossa amostra e persistiu durante toda a fase aguda. Identificamos uma capacidade preditiva significativa para internação prolongada na UTI com base no estado de hiper-hidratação no D3 e diferenças vetoriais consistentes entre sobreviventes e não sobreviventes e pacientes com internação prolongada versus não prolongada na UTI ao longo dos momentos, indicando piora progressiva do estado de hiper-hidratação. | pt_BR |
dc.description.abstract-en | Background: Fluid overload is associated with increased morbidity and mortality in critically ill patients, but the best evaluation method remains uncertain. It is unclear whether fluid accumulation assessed by bioimpedance vector analysis (BIVA) has prognostic value in these patients. Objective: To evaluate changes in the hydration status of adult ICU patients and the prognostic value of overhydration during the first five days of ICU stay. Methods: We conducted a cohort study with prospective data collection from critically ill patients aged >18 years admitted to a mixed intensive care unit (ICU) with an expected stay of at least 72 hours. Bioelectrical impedance analysis (BIA) was performed within the first 24 hours (D1), at 72 hours (D3), and at 120 hours (D5) for BIVA. The BIVA 2002 software was used to plot each patient’s resistance and reactance data on 95% tolerance ellipses and classify their hydration status as dehydrated, normally hydrated, or overhydrated. Clinical, sociodemographic, and nutritional data were collected at admission. Patients were followed until ICU discharge to assess the outcomes of interest— ICU length of stay (LOS) and mortality. Results: A total of 330 patients (60.48±14.58 years, 56.6% male, SAPS III 51.84±15.31) were assessed at baseline, 206 on D3 and 141 on D5. Overhydration was observed in 68.2% of patients on D1, 67.0% on D3, and 69.5% on D5, with no significant changes in hydration status between D1-D3 (p=0.093), or D1-D5 (p=0.180). Based on BIVA confidence ellipses, vector migration was observed over time, with D1 position differing significantly from both D3 (Mahalanobis distance = 0.24; p = 0.0264) and D5 (Mahalanobis distance = 0.39; p = 0.0006). Only overhydration on D3 was associated with prolonged ICU-LOS (OR=2.31; 95%CI: 1.06–5.06) and it was not associated with mortality. Comparing BIVA confidence ellipses, we observed vectorial differences and migrations between patients with prolonged versus non-prolonged ICU-LOS on D1 and D3 and at all time points when comparing survivors and non-survivors. Conclusions: Overhydration was highly prevalent among our sample and persisted throughout the acute phase. We identified a significant predictive capacity for prolonged ICU stay based on overhydration status at D3 and consistent vectorial differences between survivors and non-survivors and patients with prolonged versus non-prolonged ICU stay across time points, indicating progressive worsening in overhydration status. | en |
dc.identifier.uri | https://repositorio.ufcspa.edu.br/handle/123456789/3343 | |
dc.language.iso | pt_BR | pt_BR |
dc.relation.requires | TEXTO - Adobe Reader | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto Imediato | pt_BR |
dc.rights.uri | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/ | |
dc.subject | Intoxicação por Água | pt_BR |
dc.subject | Estado de Hidratação do Organismo | pt_BR |
dc.subject | Impedância Elétrica | pt_BR |
dc.subject | Unidades de Terapia Intensiva | pt_BR |
dc.subject | Tempo de Internação | pt_BR |
dc.subject | Mortalidade | pt_BR |
dc.subject | [en] Water Intoxication | en |
dc.subject | [en] Organism Hydration Status | en |
dc.subject | [en] Electric Impedance | en |
dc.subject | [en] Intensive Care Units | en |
dc.subject | [en] Length of Stay | en |
dc.subject | [en] Mortality | en |
dc.title | Avaliação da hiper-hidratação avaliada pelo vetor de impedância bioelétrica durante a internação na UTI e associação com desfechos clínicos: um estudo de coorte prospectivo | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
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