Perfil de fala e cognitivo de pacientes com miastenia gravis

dc.contributor.advisorJotz, Geraldo Pereira
dc.contributor.advisor-coOlchik, Maira Rozenfeld
dc.contributor.authorAyres, Annelise
dc.date.accessioned2021-06-10T18:02:43Z
dc.date.accessioned2023-10-09T16:32:17Z
dc.date.available2021-06-10T18:02:43Z
dc.date.available2023-10-09T16:32:17Z
dc.date.date-insert2021-06-10
dc.date.issued2020
dc.descriptionTese (Doutorado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.pt_BR
dc.description.abstractA miastenia gravis (MG) é uma doença autoimune, caracterizada por fraqueza e fadiga muscular flutuante dos músculos esqueléticos. Alterações no padrão vocal podem ser o sintoma inicial em até 15% dos pacientes. Além disso, déficits cognitivos vêm sendo descritos, com queixa de até 60% dos pacientes. O objetivo deste estudo foi descrever o perfil de fala e cognitivo de pacientes com MG. Realizou-se um estudo transversal, com 39 sujeitos com diagnóstico de MG a partir de eletromiografia e anticorpos, fora da crise e 18 controles, pareados por idade e sexo. Excluíram-se indivíduos com história de outros eventos neurológicos prévios e qualquer distúrbio sensorial ou motor que impossibilitassem a realização dos testes. Avaliação da fala compreendeu gravação de tarefas de fala, avaliação perceptiva-auditiva e análise acústica. Para avaliação cognitiva utilizou-se uma bateria de testes cognitivos (testes de rastreio, memória, linguagem e planejamento). Além disso, os pacientes com MG responderam questionários de auto percepção sobre qualidade de vida, sono, depressão e fala. No que diz respeito a fala, encontrou-se na análise perceptiva auditiva uma alta porcentagem de alteração nas bases motoras fonação (95,2%) e respiração (52,63%) nos pacientes com MG, sendo que na respiração houve diferença significativa entre os grupos. Na análise acústica encontrou-se alteração nas bases motoras de fonação, com valores de shimmer significativamente maiores no grupo MG em comparação ao grupo controle e articulação com diferença significativa entre os grupos para o primeiro formante do “iu”. Não encontramos correlação entre os aspectos motores, clínicos e os questionários de autopercepção com a análise acústica. Com relação a cognição, verificou-se a presença de déficits cognitivos no teste de rastreio MOCA (66.7%) e nos testes de memória imediata (59.0%) e memória recente (56.4%). Após a análise de regressão de Poisson, com variância robusta, verificou-se que pacientes com diagnóstico de depressão apresentaram razão de prevalência (RP)=1.887 (IC:1.166-3.054) para escores alterados no MOCA, RP=9.533 (IC:1.600 - 56.788) para déficit em fluência verbal fonológica (FVF) e RP=12.426 (IC:2.177-70.931) fluência verbal semântica (FVS). Além disso, indivíduos que faziam uso de glucocorticosteróides e com escore no BDI indicativo de depressão apresentaram, respectivamente, RP=11.227 (IC:1,736 -72.604) e RP=0.351 (IC:0.13- 0.904) para alteração de memória de retenção de curto prazo (A6). Dessa forma, conclui-se que nesta amostra os pacientes com MG apresentaram disartria, com alteração nas bases motoras fonação e respiração. As alterações não mostraram correlação com tempo e estadiamento da doença e questionários de autopercepção. Um pior padrão de fonação foi correlacionado com o uso de glucocorticoides. Com relação a cognição, houve a presença de déficits de memória e funções executivas indivíduos com MG. Além disso, encontrou-se uma associação de depressão e uso de glucocorticosteróides com prejuízo nas tarefas de memória.pt_BR
dc.description.abstract-enMyasthenia gravis (MG) is an autoimmune disease, characterized by fluctuating muscle weakness and fatigue in skeletal muscles. Changes in the vocal pattern can be the initial symptom in up to 15% of patients. In addition, cognitive deficits have been described, with complaints from up to 60% of patients. The aim of this study was to describe the speech and cognitive profile of patients with MG. A cross-sectional study was carried out, with 39 subjects diagnosed with MG from electromyography and antibodies, out of the crisis and 18 controls, matched for age and sex. Individuals with a history of other previous neurological events and any sensory or motor disturbances that made it impossible to perform the tests were excluded. Speech assessment comprised recording of speech tasks, auditory-perceptual assessment and acoustic analysis. For cognitive evaluation, a battery of cognitive tests (screening, memory, language and planning tests) was used. In addition, patients with MG answered self-perception questionnaires about quality of life, sleep, depression and speech. With regard to speech, in the auditory-perceptual analysis a high percentage of alterations in the motor bases were found: phonation (95.2%) and breathing (52.63%) in patients with MG, and in breathing there was a significant difference between groups. In the acoustic analysis, alterations in the motor bases of phonation were found, with shimmer values significantly higher in the MG group compared to the control and articulation group with a significant difference between the groups for the first formant of the “iu”. We did not find any correlation between motor, clinical and self-perception questionnaires with acoustic analysis. With regard to cognition, cognitive deficits were found in the MOCA screening test (66.7%) and in the tests of immediate memory (59.0%) and recent memory (56.4%). After Poisson regression analysis, with robust variance, it was found that patients diagnosed with depression had a prevalence ratio (PR) = 1,887 (CI: 1,166-3,054) for altered MOCA scores, PR = 9,533 (CI: 1,600 - 56,788) for deficit in phonological verbal fluency (FVF) and PR = 12,426 (CI: 2,177-70,931) semantic verbal fluency (FVS). In addition, individuals who used glucocorticosteroids and with a BDI score indicating depression had, respectively, PR = 11.227 (CI: 1.736 - 72.604) and PR = 0.351 (CI: 0.13-0.904) for alteration of short retention memory. term (A6). Thus, it is concluded that in this sample, patients with MG presented dysarthria, with changes in the motor bases, phonation and breathing. The changes did not show correlation with time and stage of the disease and self-perception questionnaires. A worse phonation pattern was correlated with the use of glucocorticoids. With regard to cognition, there was the presence of deficits in memory and executive functions in individuals with MG. In addition, an association of depression and the use of glucocorticosteroids with impaired memory tasks was found.en
dc.description.sponsorshipCAPESpt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufcspa.edu.br/handle/123456789/1626
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.publisherWagner Wessfllpt_BR
dc.relation.requiresTEXTO - Adobe Readerpt_BR
dc.rightsAcesso Aberto Imediatopt_BR
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/*
dc.subjectMiastenia Gravispt_BR
dc.subjectFalapt_BR
dc.subjectCogniçãopt_BR
dc.subjectFonoaudiologiapt_BR
dc.subjectAutopercepçãopt_BR
dc.subjectDisartriapt_BR
dc.subjectMemóriapt_BR
dc.subject[en] Myasthenia Gravisen
dc.subject[en] Speechen
dc.subject[en] Cognitionen
dc.subject[en] Speech, Language and Hearing Sciencesen
dc.subject[en] Self Concepten
dc.subject[en] Dysarthriaen
dc.subject[en] Memoryen
dc.titlePerfil de fala e cognitivo de pacientes com miastenia gravispt_BR
dc.typeTesept_BR
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