Caracterização de uma população atendida no Serviço de Pré-Natal de Alto Risco do Município de Esteio-RS: taxas de rastreamento para colonização por Streptococcus do Grupo B, sua prevalência e associação com fatores de risco
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Data
2020
Autores
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Editora
Wagner Wessfll
Editor Literário
Resumo
Introdução: A prevalência da colonização materna pelos Streptococcus
agalactiae (SGB) varia de 14,9 a 21,6% no Brasil, sendo um grave problema de
saúde pública. A colonização pode ser transitória, crônica ou intermitente e está
associada a infecções maternas, perinatais e neonatais. As infecções são
preveníveis através do rastreio universal para SGB, bem como o tratamento
adequado das gestantes colonizadas.
Objetivos: Caracterizar as gestantes do Serviço de Pré-Natal de Alto
Risco (PNAR) da Fundação de Saúde Pública São Camilo de Esteio (FSPSCE)
e verificar a prevalência da colonização por SGB, bem como explorar eventos
associados a essa colonização, tratamentos utilizados, patologias prévias,
desfecho gestacional e neonatal.
Material e Métodos: Estudo observacional, descritivo e retrospectivo,
que utilizou informações de 240 prontuários da população do PNAR da FSPSCE,
no período de março de 2015 a dezembro de 2018.
Resultados: As participantes deste estudo foram caracterizadas
predominantemente: com idade média de 28 anos, etnia branca (79,6%), com
gestações simples (95,1%) e sem abortamentos prévios (71%). A prevalência da
colonização por SGB encontrada nessa população foi de 12,9%, com maior
prevalência entre portadoras de sorologias positivas (67,7% - p=0,024). 60% das
pacientes colonizadas apresentaram cepas de SGB resistentes à
antibioticoterapia de escolha e 83,9% tiveram um tratamento adequado.
Conclusão: Houve similaridade na prevalência da população estudada e
a previamente descrita para o país. O achado significativo neste estudo foi uma
maior prevalência de colonização por SGB entre as gestantes com triagens sorológicas positivas, o que não foi observado em estudos semelhantes. Não
houve intercorrências gestacionais e/ou neonatais na amostra, que pode ser
devido aos tratamentos adequados, reforçando assim a necessidade do
rastreamento das gestantes, a fim de conhecermos melhor a população
vulnerável ao SGB e elaborarmos medidas profiláticas para evitar desfechos
gestacionais e neonatais desfavoráveis.
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Patologia, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Cuidado Pré-Natal, Gravidez de Alto Risco, Estreptococos do Grupo B, Streptococcus agalactiae, [en] Prenatal Care, [en] Pregnancy, High-Risk