Avaliação de pacientes com carcinoma de colo uterino inicial tratadas com histerectomia radical por laparoscopia ou laparotomia: um ensaio clínico randomizado

dc.contributor.advisorKalil, Antonio Nocchi
dc.contributor.authorCampos, Luciana Silveira
dc.date.accessioned2019-08-09T14:01:44Z
dc.date.accessioned2023-10-09T16:32:19Z
dc.date.available2019-08-09T14:01:44Z
dc.date.available2023-10-09T16:32:19Z
dc.date.date-insert2019-08-09
dc.date.issued2014
dc.descriptionTese (Doutorado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.pt_BR
dc.description.abstractO carcinoma de colo uterino é uma doença de morbidade e mortalidade consideráveis. Aproximadamente 500 mil mulheres desenvolvem carcinoma de colo uterino a cada ano no mundo, sendo que 83% dos casos ocorrem nos países em desenvolvimento. Os objetivos deste estudo são comparar dor pós-operatória, taxa de complicações cirúrgicas perioperatórias, sobrevida global e sobrevida livre de doença em cinco anos entre pacientes submetidas à histerectomia radical laparoscópica e à histerectomia radical abdominal para tratamento do carcinoma de colo uterino em estádio inicial. Foram incluídas pacientes nos estádios IA2 com invasão linfovascular, IB e IIA estadiadas clinicamente com os critérios da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia e que foram randomizadas para serem submetidas à histerectomia radical laparoscópica (16) ou à histerectomia radical abdominal (14). Ambas as técnicas foram realizadas pela mesma equipe cirúrgica. A intensidade da dor pós-operatória pela Escala Verbal Numérica foi considerada o desfecho principal. A dor pós-operatória foi avaliada pela equipe de enfermagem, a cada seis horas, durante o cuidado pós-operatório usual. Não houve diferença nas características demográficas e no tempo cirúrgico, tipo histológico e número de linfonodos excisados entre grupos. A média dos escores de dor das pacientes submetidas à histerectomia radical laparoscópica foi significativamente menor que a média dos escores de dor das pacientes submetidas à histerectomia radical aberta em 36h de observação (p = 0,044) – a média da diferença entre os escores de dor foi de 1,42 pontos (IC 95%; 0,04 a 2,80). Quatro pacientes (25%) no grupo que realizou histerectomia radical laparoscópica e cinco pacientes (35,71%) no grupo que realizou histerectomia radical abdominal apresentaram complicações transoperatórias ou complicações pós-operatórias severas. Todas as complicações transoperatórias ocorreram no grupo que foi submetido à abordagem laparoscópica. O Risco Relativo de apresentar complicações foi RR: 0,70 (IC 95%; 0,23 a 2,11; p = 0,694). Três pacientes no grupo submetido à abordagem laparoscópica (18,8%) e três pacientes no grupo submetido à abordagem abdominal (21,4%) apresentaram linfonodos pélvicos comprometidos e receberam radioterapia adjuvante (p = 1,00). O tempo médio de seguimento foi de 83,26 meses (IC 95%; 69,22 a 97,3). O tempo médio de sobrevida global foi de 74,74 meses (IC 95%; 54,15 a 95,33) para as pacientes submetidas à abordagem laparoscópica e 91,67 meses (IC 95%; 74,97 a 108,36) para as pacientes submetidas à abordagem abdominal (teste de log-rank = 0,300). O tempo médio de sobrevida livre de doença foi de 81,07 meses (IC 95%: 60,95 a 101,18) para o grupo submetido à abordagem laparoscópica e 95,82 meses (IC 95%; 80,18 a 111,47) para o grupo submetido à abordagem abdominal (teste de log-rank = 0,37). A hazard ratio (HR – razão de dano) para sobrevida global foi de 2,05 (IC 95%; 0,51 a 8,24) e a HR para sobrevida livre de doença foi de 2,13 (IC 95%; 0,39 a 11,7). Concluímos que a histerectomia radical laparoscópica apresentou menores escores de dor pós-operatória em 36 horas de pós-operatório de maneira estatisticamente significativa e apresentou uma taxa de complicações similar à da histerectomia radical abdominal. Não houve diferença estatisticamente significativa na sobrevida e sobrevida livre de doença em cinco anos entre os dois grupos. Os achados deste estudo sugerem que a histerectomia radical laparoscópica é oncologicamente segura, e a menor dor pós-operatória favorece a escolha da histerectomia radical laparoscópica para o tratamento do carcinoma de colo uterino inicial.pt_BR
dc.description.abstract-enCervical cancer has considerable morbidity and mortality. Over 500,000 women have incident cervical cancer every year and 83% of cases occur in developing countries. This study aims to compare postoperative pain measured by Numeric Rating Scale, transoperative and postoperative complication; 5-year overall and disease-free survival for patients that underwent laparoscopic radical hysterectomy and abdominal radical hysterectomy for early cervical cancer. Clinically staged patients as IA2 with lymph vascular invasion, and IIA according to Federation International of Gynecology and Obstetrics were randomised to undergo laparoscopic radical hysterectomy (16) and abdominal radical hysterectomy (14). Both techniques were performed by the same surgical team. Postoperative pain measured by Numeric Rating Scale was the primary endpoint. Postoperative pain was assessed every six hours during usual postoperative care. Demographic profile, surgical time and histopathologic type and number of pelvic lymph nodes were similar for both groups. Laparoscopic radical hysterectomy group mean pain score was significantly lower than ARH in 36 hs of observation (1.42 95% CI: 0.04-2.80) (p = 0.044). Four patients (25%) in the group that underwent laparoscopic radical hysterectomy and 5 patients (35.71%) in the group that underwent abdominal radical hysterectomy presented transoperative or severe postoperative complication. All transoperative complication took place in the laparoscopic radical hysterectomy group. The Relative Risk for presenting complication was RR: 0.70 IC 95% (0.23 a 2.11); p=0.694. Three patients in the group that underwent laparoscopic radical hysterectomy (18.8%) and three patients in the group that underwent abdominal radical hysterectomy (21.4%) presented positive pelvic lymph nodes and received adjuvant radiotherapy. (p=1.00). Follow-up time was 83.26 months (CI 95%: 69.22 to 97.3). Mean overall survival time was 74.74 months (CI 95% 54.15 to 95.33) for patients that underwent laparoscopic radical hysterectomy and 91.67 months (CI 95% 74.97-108.37) for patients that underwent abdominal radical hysterectomy. (log-rank=0.30). Disease-free survival time was 81.07 months (CI 95%:60.95-101.19) for patients that underwent laparoscopic radical hysterectomy and 95.82 months (CI 95%: 80.18 a 111.47) for patients that underwent abdominal radical hysterectomy (log-rank test= 0.37) The overall hazard ratio was 2.05 (CI 95%: 0.51 to 8.24) and disease-free hazard ratio was 2.13 (CI 95%:0.39-11.7). Laparoscopic radical hysterectomy group mean pain score was significantly lower than ARH in 36 hs of observation (mean difference score 1.42 95% CI: 0.04-2.80) (p=0.044) and has similar complication rate compared to abdominal radical hysterectomy. Laparoscopic and Abdominal Radical Hysterectomy had similar overall and disease-free survival in five years of follow-up. These findings suggest that laparoscopic radical hysterectomy is oncologically safe and the lower postoperative pain scores favour laparoscopic radical hysterectomy for treatment of early cervical cancer.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufcspa.edu.br/handle/123456789/704
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.relation.requiresAdobe Readerpt_BR
dc.rightsAcesso Aberto Imediato*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/*
dc.subjectCarcinoma Cervicalpt_BR
dc.subjectHisterectomia Radicalpt_BR
dc.subjectLaparoscopiapt_BR
dc.subjectDor Pós-Operatóriapt_BR
dc.subjectSobrevidapt_BR
dc.subject[en] Hysterectomyen
dc.subject[en] Laparoscopyen
dc.subject[en] Pain, Postoperativeen
dc.subject[en] Survivalen
dc.titleAvaliação de pacientes com carcinoma de colo uterino inicial tratadas com histerectomia radical por laparoscopia ou laparotomia: um ensaio clínico randomizadopt_BR
dc.typeTesept_BR
Arquivos
Pacote Original
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
[TESE] Campos, Luciana Silveira.pdf
Tamanho:
2.64 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Descrição:
Texto completo
Licença do Pacote
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
license.txt
Tamanho:
1.71 KB
Formato:
Plain Text
Descrição:
Coleções