Há algo de diferente nesse amor? Investigando relações amorosas de pessoas com deficiência física e múltipla

dc.contributor.advisorLevandowski, Daniela Centenaro
dc.contributor.authorBarth, Marina Camargo
dc.contributor.departmentPrograma de Pós-Graduação em Psicologia e Saúde
dc.date.accessioned2024-02-07T17:43:31Z
dc.date.available2024-02-07T17:43:31Z
dc.date.date-insert2024-02-07
dc.date.issued2023-11-22
dc.descriptionDissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Psicologia e Saúde, Fundação Universidade Federal de Ciência da Saúde de Porto Alegre
dc.description.abstractO conceito de deficiência é complexo e tem sido compreendido a partir de perspectivas distintas. O Modelo Social da Deficiência destaca os aspectos sociais que envolvem essa vivência, incluindo o preconceito em diferentes esferas da vida de pessoas com deficiência (PCD), principalmente a amorosa. O amor é um fenômeno subjetivo e individual, embora as relações amorosas sejam atravessadas por características do contexto social, histórico e cultural. A Teoria Triangular do Amor de Sternberg postula diferentes elementos do amor, além de possibilitar a sua mensuração. O desenvolvimento desses elementos pode ser influenciado pela forma como a pessoa avalia subjetivamente o relacionamento, ou seja, pela satisfação amorosa. Neste trabalho buscou-se investigar os elementos do amor e a satisfação com o relacionamento amoroso de PCD física ou sensorial de diferentes regiões do Brasil, bem como averiguar diferenças em relação a essas variáveis entre pessoas com diferentes tipos de deficiência (física, sensorial ou múltipla) e características sociodemográficas. Neste estudo quantitativo, transversal e correlacional participaram 135 PCD maiores de 18 anos que mantinham um relacionamento amoroso. Foram aplicados um questionário de dados sociodemográficos contendo o índice do Impacto da Deficiência, a versão brasileira da Escala Triangular do Amor de Sternberg (ETAS) e a versão brasileira e revisada da Escala do Nível de Satisfação com o Relacionamento Amoroso (ENSRA-R). Análises estatísticas descritivas e correlacionais foram realizadas para caracterizar a amostra e verificar associações entre dados sociodemográficos, elementos do amor e satisfação amorosa, bem como realizar comparações entre grupos conforme o tipo de deficiência. Os resultados mostraram a ausência de diferença nos escores dos componentes do amor para PCD de diferentes tipos. Ou seja, independentemente do tipo de deficiência, os elementos da Teoria Triangular do Amor de Sternberg encontram-se presentes nas relações amorosas em escores elevados, indicando uma boa vivência dos mesmos. A amostra também apresentou níveis elevados de satisfação com o relacionamento amoroso e PCD múltipla mostraram-se mais satisfeitas com as suas relações amorosas em comparação aos demais grupos, contrariando a literatura. Além disso, os homens apresentaram maior satisfação com a relação amorosa, assim como participantes com menor escolaridade, corroborando achados da literatura entre pessoas sem deficiência. Por fim, a vivência amorosa e a satisfação com a relação de PCD física e sensorial não se mostraram associadas à orientação sexual, duração do relacionamento, quantidade de filhos e idade de início da vida sexual, mostrando independência do desenvolvimento amoroso frente a esses marcadores sociais. Sendo assim, conclui-se que as PCD investigadas nesse estudo apresentaram um panorama positivo em relação ao amor e à satisfação com a relação amorosa estabelecida, contrariando as representações sociais sobre essas vivências. Salientase a importância de estudos com esse público para ampliar a reflexão sobre o tema do amor entre PCD, devido à importância em suas vidas, e auxiliar na redução das barreiras atitudinais e estigmas que ainda o cercam
dc.description.abstract-enThe concept of disability is complex and has been understood from different perspectives. The Social Model of Disability highlights the social aspects surrounding this experience, including prejudice in different spheres of the lives of people with disabilities (PWD), especially omantic relationships. Love is a subjective and individual phenomenon, although loving relationships are crossed by characteristics of the social, historical and cultural context. The Sternberg's Triangular Theory of Love postulates different elements of love, in addition to enabling its assessment. The development of these elements can be influenced by the way the person subjectively evaluates the romantic relationship, i.e., love satisfaction. The aim of this study was to investigate the elements of love and satisfaction with the romantic relationship of people with physical or sensory disabilities from different regions of Brazil, as well as to ascertain differences in these variables between people with different types of disabilities (physical, sensory or multiple) and sociodemographic characteristics. This quantitative, cross-sectional and correlational study involved 135 PWD over the age of 18 who were engajed in a romantic relationship. A sociodemographic data questionnaire containing the Disability Impact Index, the Brazilian version of the Sternberg Triangular Love Scale (ETAS) and the revised Brazilian version of the Love Relationship Satisfaction Level Scale (ENSRA-R) were applied. Descriptive and correlational statistical analyses were carried out to characterize the sample and verify associations between sociodemographic data, elements of love and love satisfaction, as well as making comparisons between groups according to the type of disability. The results showed the absence of differences in the love component scores for PWD of different types. In other words, regardless of the type of disability, the elements of Sternberg's Triangular Theory of Love are present in their romantic relationships in high scores, indicating a good experience of them. The sample also showed high levels of satisfaction with their romantic relationships and multiple disabled people were more satisfied with their romantic relationships compared to the other groups, contrary to the literature. In addition, men showed greater satisfaction, as did participants with less schooling, corroborating findings among non-disabled people. Furthermore, the love experience and relationship satisfaction of physically and sensorially disabled people were not associated with sexual orientation, length of relationship, number of children, and age at first sexual intercourse, showing the independence of love development from these social markers. Therefore, it can be concluded that the PWD investigated in this study had a positive outlook in relation to love and satisfaction with the romantic relationship established, contraty to social representations about these experiences. The importance of studies with this audience is highlighted to broaden the reflection on the subject of love among PWD, due to its importance in their lives, and to help reduce the attitudinal barriers and stigmas that still surround it.
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufcspa.edu.br/handle/123456789/2642
dc.language.isopt_BR
dc.relation.requiresTEXTO - Adobe Reader
dc.rightsAcesso Embargadopt_BR
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/
dc.subjectDeficiência
dc.subjectRelações amorosas
dc.subject[en] Deficiencyen
dc.subject[en] Love satisfactionen
dc.titleHá algo de diferente nesse amor? Investigando relações amorosas de pessoas com deficiência física e múltipla
dc.typeDissertação
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