Efeitos da alopregnanolona sobre o comportamento tipo depressivo de ratos com perfis distintos de imobilidade no nado forçado
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Data
2017
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Editora
Editor Literário
Resumo
A depressão é um transtorno mental altamente prevalente e
incapacitante cuja etiologia está relacionada a fatores ambientais e individuais.
Apesar de tratável, a eficácia das terapias farmacológicas antidepressivas
ainda é incompleta. Muitos estudos recentes têm tentado esclarecer a
fisiopatologia da depressão a fim de prover terapias farmacológicas mais
eficazes. Alguns destes estudos focam na elucidação dos mecanismos
genéticos que concedem predisposição ou resiliência à depressão e outros têm
procurado expandir o escopo das investigações relacionadas aos sistemas
neuroquímicos que estão envolvidos na depressão. Os neuroesteroides, como
a alopregnanolona, têm recebido atenção devido à sua ação como
moduladores do sistema GABAérgico, sendo intimamente relacionados com a
depressão em estudos clínicos e pré-clínicos. O objetivo deste estudo foi
verificar o efeito da alopregnanolona em ratos com diferentes padrões de
comportamentos tipo-depressivos gerados através de cruzamentos seletivos.
Neste trabalho, ratos Wistar machos e fêmeas foram submetidos ao teste do
nado forçado (FST) por três gerações para selecionar os animais com perfis
extremos de imobilidade e cruzá-los entre si, dando origem a duas
subpopulações com históricos “familiares” distintos de comportamentos tipodepressivos:
alta ou baixa imobilidade. Machos de cada subgrupo da terceira
geração receberam infusão intracerebroventricular de alopregnanolona, veículo
(controle negativo) ou imipramina (controle positivo) e avaliados novamente no
FST. Os subgrupos dos machos na terceira geração tiveram um tempo de
imobilidade estatisticamente diferente entre si. No entanto, apenas os ratos de
alta imobilidade diferiram da população inicial. Tanto a imipramina quanto a
alopregnanolona mostraram um efeito tipo-antidepressivo nos animais de alta
imobilidade, ainda que em magnitudes diferentes. Estas drogas não foram
capazes de alterar o tempo de imobilidade no FST nos animais de baixa
imobilidade. Estes resultados apontam para um efeito diferenciado dos
antidepressivos dependente da predisposição a apresentar comportamentos
tipo-depressivos.
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Transtorno Depressivo Maior, Hereditariedade, Receptores de GABA-A, [en] Depressive Disorder, Major, [en] Heredity, [en] Receptors, GABA-A