Estudo dos espinhos dendríticos na amígdala medial póstero-dorsal de ratos: morfologia e conectividade
Carregando...
Data
2013
Autores
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editora
Editor Literário
Resumo
Introdução: O subnúcleo póstero-dorsal da amígdala medial (MePD) modula
comportamentos sociais e fatores de transcrição LIM (Lhx) participam da
diferenciação de neurônios locais. Espinhos dendríticos são especializações
pós-sinápticas, mas detalhes sobre sua morfologia em fêmeas
(comparativamente com machos), em diferentes subpopulações neuronais e a
ocorrência de receptores glutamatérgicos e GABAérgico nesses espinhos são
conhecimentos ainda inéditos para o MePD.
Objetivos: 1) Estudar a morfologia dos espinhos dendríticos de neurônios do
MePD em ratas ao longo do ciclo estral, 2) Estudar a morfologia dos espinhos
dendríticos das subpopulações neuronais Lhx6, Lhx5 e Lhx9 e, 3) Estudar a
presença e distribuição dos receptores AMPA (subunidade GluR1-4), NMDA
(subunidade GluN1) e GABAA em espinhos dendríticos do MePD de ratos.
Material e Métodos: Estudaram-se ratos Wistar adultos mantidos sob
condições padrão de biotério e cuidados éticos. Os experimentos envolveram
secções coronais do MePD e reconstrução tridimensional das imagens dos
espinhos dendríticos visualizados com fluorescência pela carbocianina DiI
associada com imunomarcações sob microscopia confocal.
Resultados: A densidade de espinhos dendríticos das fêmeas,
respectivamente em diestro, proestro e estro, foi (média+desvio padrão):
0,9±0,1; 0,6±0,2; e, 0,6±0,1 espinhos/µm dendríticos. A imunomarcação para
Lhx6, Lhx5 e Lhx9 ficou restrita ao corpo neuronal e espinhos dendríticos dos
tipos fino e espessos/achatados foram os mais abundantes nesses neurônios
(80% do total), variando entre 0,4-2,3 espinhos/µm, sem diferença estatística
entre as diferentes subpopulações neuronais locais. Imunomarcações para os
receptores testados ocorreram nos ramos dendríticos proximais e distais e em
diferentes espinhos. Observamos a presença espinhos multisinápticos, ou seja,
a co-localização desses receptores sugere que os espinhos recebem mais de
uma sinapse ao mesmo tempo. Conclusões: Esses resultados complementam
os obtidos pela técnica de Golgi e microscopia eletrônica ao revelar
características importantes dos espinhos dendríticos e da composição celular
do MePD de ratos adultos, além de proporcionar uma nova visão sobre a
complexidade da organização sináptica deste subnúcleo.
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Patologia, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Espinhas Dendríticas, Complexo Nuclear Corticomedial, Ratos Wistar, [en] Dendritic Spines, [en] Corticomedial Nuclear Complex, [en] Rats, Wistar