Uso da ultrassonografia intraoperatória em ressecções de metástases hepáticas de câncer colorretal

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Data
2014
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Editora
Editor Literário
Resumo
Introdução: o papel da ultrassonografia intraoperatória (USIO) em cirurgia hepática tem sido largamente estudado. Tem sido documentada como útil tanto no estudo anatômico quanto no estadiamento tumoral. Como a melhoria dos métodos de imagem pré-operatórios é uma constante, a realização repetida de estudos comparativos é justificada ao longo dos anos. Mais recentemente, tem-se buscado quais fatores poderiam influenciar nos achados ultrassonográficos intraoperatórios. Objetivos: verificar a importância da USIO no tratamento cirúrgico dos pacientes submetidos a ressecção de metástases hepáticas por neoplasia colorretal e avaliar isoladamente o impacto da USIO no estadiamento tumoral e na avaliação anatômica destes pacientes. Objetiva também identificar fatores que possam predizer a detecção de novas lesões neste grupo de pacientes. Métodos: foram incluídos prospectivamente pacientes submetidos a hepatectomia via laparotômica por metástase de adenocarcinoma colorretal. Todos os pacientes foram submetidos pelo menos a um dos seguintes exames de imagem, tomografia de abdômen com contraste endovenoso, ressonância nuclear magnética com contraste endovenoso ou PET-CT. Foram individualizados os papéis da USIO e da palpação e/ou visualização nos achados intraoperatórios. Resultados: foram avaliadas 56 hepatectomias, em 49 pacientes. Foram encontradas novas lesões no intraoperatório confirmadas como metastáticas em anatomopatológico em 12 pacientes (21,4% dos casos). Em 11 casos foram detectadas tanto pela palpação quanto pela ultrassonografia. A ecografia ajudou a definir o planejamento cirúrgico fornecendo informações adicionais em 35,7% dos casos. Ocorreu um caso em que a palpação identificou nova lesão, porém a ecografia não a visualizava, tratava-se de nódulo pequeno e superficial. Em análise multivariada, apenas o número de nódulos maior de 4 foi fator preditivo da ocorrência de novas lesões no intraoperatório. O tamanho da maior lesão, quimioterapia préoperatória, re-hepatectomia, sítio do tumor primário e o tempo entre o exame de imagem e a cirurgia não foram associados a uma maior chance de ocorrência de novas lesões. Conclusão: este estudo demonstra que na detecção de novas lesões a ultrassonografia intraoperatória mostrou-se com igual sensibilidade que a palpação e/ou visualização. A ultrassonografia intraoperatória demonstra contribuir no esclarecimento sobre a natureza dos nódulos palpados pelo cirurgião, com importante atuação na definição anatômica. A probabilidade de se identificar lesões durante o ato operatório é influenciada pelo número de lesões diagnosticadas em exames pré-operatórios.
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Medicina: Hepatologia, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Hepatectomia, Ultrassonografia de Intervenção, Metastasectomia, [en] Hepatectomy, [en] Ultrasonography, Interventional, [en] Metastasectomia
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