Comparação da gravidade da doença hepática gordurosa não alcoólica de pacientes obesos diabéticos e não diabéticos

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Data
2019
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Editora
Wagner Wessfll
Editor Literário
Resumo
Introdução: A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) apresenta um amplo espectro de alterações histopatológicas, desde a esteatose até a cirrose hepática. A literatura sugere que pacientes com diabete melito (DMT2), por sua relação na fisiopatologia, têm risco aumentado para incidência e gravidade dessa doença. Objetivo: O objetivo principal deste estudo foi determinar a prevalência e a gravidade da DHGNA em pacientes obesos diabéticos e não diabéticos submetidos à cirurgia bariátrica. Também foram analisados e comparados os dados epidemiológicos e demográficos, parâmetros clínicos e laboratoriais. Pacientes e Métodos: Todos os pacientes elencados submeteram-se à cirurgia bariátrica pela mesma equipe cirúrgica, na Santa Casa de Porto Alegre, no período de 2016 a 2018. Realizou-se a avaliação das biópsias hepáticas através do NAFLD activity score (NAS) para avaliação quanto ao grau de esteatose hepática, à presença de balonização, à atividade da inflamação e ao grau de fibrose. Resultados: Foram observados 154 pacientes submetidos à cirurgia bariátrica com biópsia transoperatória concomitante, divididos em duas faixas de IMC, de 35 a 44.9 e de 45 a 54.9. Não houve complicação relacionada com a biópsia hepática. Dos 154 pacientes, 32 (20,8%) eram diabéticos e 122 (79,2%) eram não diabéticos. Os pacientes com DMT2 eram significativamente mais velhos que os pacientes sem a doença, 41,29 ± 9,40 anos vs 36,71±10,13 anos, no grupo com IMC de 35 a 44.9 (p=0,049) e 45,13 ± 7,10 anos vs 37,00 ± 9,24 anos no grupo com IMC de 45 a 54.9 (p=0,024). Além disso, neste último grupo, observou-se associação significativa dos pacientes diabéticos com a presença de hipertensão arterial sistêmica (HAS) (p=0,033). Na avaliação histológica realizada, os pacientes com DMT2 do grupo com IMC de 35 a 44.9 apresentaram forte associação com maior prevalência e gravidade de estetose, balonização, inflamação, fibrose e esteato-hepatite. Conclusão: Os dados deste estudo confirmam prevalência elevada de DHGNA em pacientes com Obesidade Mórbida. A prevalência e a gravidade aumentam proporcionalmente ao IMC. Pacientes de uma mesma faixa de IMC que possuam DMT2 como comorbidade apresentam maior prevalência e gravidade da doença, sugerindo sua associação com a síndrome metabólica.
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Medicina: Hepatologia, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Doença Hepática Gordurosa não Alcoólica, Obesidade Mórbida, Biópsia Hepática, [en] Non-alcoholic Fatty Liver Disease, [en] Obesity, Morbid
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