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Item Resposta emocional de médicos ao avaliar pacientes suicidas: o papel do estigma e de fatores sociodemográficos(2025-05-05) Monteiro, Ricardo Tavares; Ferrão, Ygor Arzeno; Programa de Pós-Graduação em Ciências da SaúdeObjetivo: Investigar se as respostas emocionais de médicos — conceituadas como contratransferência — estão associadas ao estigma relacionado ao suicídio e a fatores individuais, incluindo gênero, idade, experiência clínica, formação sobre suicídio e especialidade médica. Métodos: Estudo transversal realizado por meio de um questionário online autorrespondido com 178 médicos no Brasil. Os participantes responderam instrumentos avaliando dados sociodemográficos, resposta emocional a pacientes suicidas, e estigma relacionada ao suicídio. Os dados foram analisados por regressões lineares múltiplas, correlações de Pearson, testes t e análise de rede. Resultados: As dimensões de resposta emocional (aproximação, indiferença e rejeição) não foram associadas ao estigma sobre suicídio. No entanto, componentes emocionais específicos mostraram associação significativa: “disposição para ajudar” associou-se negativamente ao estigma (β = −0,32, p = 0,004), enquanto “desinteresse” associou-se positivamente (β = 0,23, p = 0,022). Mulheres apresentaram maior nível de aproximação (r = 0,23), mais empatia (r = 0,31) e menor estigma (r = −0,30). Anos de prática correlacionaram-se positivamente com estigma (r = 0,16) e negativamente com educação sobre suicídio (r = −0,35). Psiquiatras apresentaram maiores níveis de aproximação e menores níveis de estigma em comparação a não psiquiatras. Burnout esteve associado a maior indiferença (r = 0,27). A análise de rede indicou que indiferença e especialidade médica apresentaram maior centralidade. Conclusões: Respostas emocionais específicas — especialmente disposição para ajudar e desinteresse — associam-se ao estigma sobre o suicídio entre médicos. Características individuais como gênero, especialidade médica e experiência na área também influenciam o engajamento emocional. Tais achados indicam a importância de integrar a consciência emocional e a redução do estigma à formação médica como potencial estratégia de prevenção do suicídio.