Navegando por Autor "Pizzutti, Kauana"
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Item Detecção e susceptibilidade do microrganismo Streptococcus pneumoniae de amostras de derrame pleural(2017) Pizzutti, Kauana; Dias, Cícero Armídio GomesStreptococcus pneumoniae é um dos microrganismos que causam algumas das principais doenças invasivas como meningite, bacteremia e pneumonia especialmente entre crianças e idosos, sendo considerado um dos maiores contribuintes para a morbidade e mortalidade em todo o mundo. Há ainda a ser considerado o aumento na prevalência de pneumococo não sensível a penicilina (PNSP) e multirresistentes, resultando em um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Após o surgimento das vacinas pneumocócicas conjugadas e sua implementação como parte dos programas de imunização em crianças, pode-se observar a redução dos sorotipos vacinais em portador e consequentemente nas doenças invasivas. Na era pós-vacina, em alguns estudos, observou-se que as taxas de derrame parapneumônico (DPP) e empiema aumentaram significantemente. A detecção de S. pneumoniae em líquido pleural é limitada pela baixa sensibilidade da cultura, especialmente quando da utilização prévia de antimicrobianos. Métodos cultura-independentes como testes de detecção de antígenos e Polymerase Chain Reaction (PCR) vem sendo usados para aumentar o rendimento da detecção do agente em diferentes matérias clínicos. Deste modo, este estudo teve como objetivo avaliar um teste imunocromatográfico (TIM) para detecção de antígeno pneumocócico e um teste de PCR em tempo real (qPCR) para detecção dos genes lytA (detecção do agente) e pbp2b (marcador de susceptibilidade aos -lactâmicos) entre amostras de líquido pleural de crianças que apresentassem cultura negativa para o agente. Foram obtidas 40 amostras, sendo que em 30 foi possível constatar o uso prévio de antimicrobianos. Para a análise final, 37 amostras foram incluídas. TIM e qPCR para o gene lytA apresentaram resultados positivos em 26 (70,3%) e 27 (73,0%) das amostras, respectivamente, com uma concordância moderada (K=0,535) entre os métodos. A ausência de pbp2b, compatível com potencial falta de susceptibilidade aos -lactâmicos, foi constada entre 4/27 (14,8%) das amostras. Os resultados do presente estudo reforçam o conceito de baixa sensibilidade da cultura para S. pneumoniae em amostras de líquido pleural, especialmente nos pacientes em uso prévio e antimicrobianos. Métodos cultura-independentes, como TIM e qPCR, embora tenham uma concordância moderada, aumentam a detecção de S. pneumoniae de líquido pleural. O uso de qPCR combinando a detecção do gene lytA com um marcador de resistência deve ser melhor explorado em estudos clínicos no futuro.Item Identificação de Streptococcus pneumoniae e vírus respiratórios de amostras de nasofaringe e manifestações respiratórias em coorte de crianças saudáveis(2022-10-13) Pizzutti, Kauana; Dias, Cícero Armidio Gomes; Comerlato, Juliana; Programa de Pós-Graduação em Ciências da SaúdeStreptococcus pneumoniae é uma bactéria que causa doenças invasivas como meningite, bacteremia e especialmente entre crianças é considerado um dos microrganismos de maior gravidade em pneumonia infantil, sendo considerado um dos maiores contribuintes para a morbidade e mortalidade em todo o mundo. Os vírus respiratórios são os microrganismos mais comuns causadores de doenças respiratórias em crianças. Durante a infância, a taxa de colonização pneumocócica é elevada, e os vírus respiratórios são frequentes na nasofaringe. Neste local parece ocorrer um processo dinâmico de aquisição e eliminação de vários microrganismos, durante o qual eles interagem entre si e com o hospedeiro. Por ser o sítio de origem das infecções do trato respiratório, é de grande importância a investigação sobre as interações na nasofaringe em especial entre pneumococo e os vírus respiratórios em crianças sadias. Entender a contribuição da coinfecção viral/bacteriana para a gravidade da doença é altamente complexo, principalmente na população pediátrica, pois podem causar sintomas respiratórios semelhantes. Foram elegíveis 230 crianças de 18-59 meses da cidade de Veranópolis/RS. Destas 63.9% (147/230) transportavam pneumococo na nasofaringe, a prevalência dos vírus respiratórios foi de 49.13% (113/230) e 34.8% (80/230) tinham coocorrência (S. pneumoniae + qualquer vírus respiratório) destes microrganismos. A presença de vírus respiratório teve associação positiva com a colonização por pneumococo (54.4% vs 39.7%; p=0.033). O rinovírus foi o mais prevalente entre os vírus respiratórios, em 32.6% (75/230) da população do estudo. E teve associação positiva com a colonização por pneumococo (38.8% vs 21.7%; p=0.012). Analisamos os prontuários de 14 dias após a coleta da amostra, tivemos uma perda de 6 participantes, totalizando 224 crianças incluídas no estudo de coorte. Destes, 43 tiveram atendimento médico no período. E não encontramos associação entre sintomas clínicos e/ou doenças respiratórias com os microrganismos encontrados na nasofaringe. O nosso estudo contribui para a compreensão da relação entre pneumococo e vírus respiratórios. A investigação em crianças saudáveis ainda é inicial, com poucos estudos que abordam esta questão. Alguns estudos referem que a presença destes microrganismos na nasofaringe são fatores de risco para doenças respiratórias subsequentes. Na população do nosso estudo, não foi possível chegar a esta conclusão.