Navegando por Autor "Fruscalso Junior, Celso"
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Item Consumo alimentar e aspectos de bem-estar relacionados ao exercício em atletas femininas de futebol no início de uma temporada esportiva(Wagner Wessfll, 2021) Fruscalso Junior, Celso; Schneider, Cláudia Dornelles; Alves, Fernanda DonnerIntrodução: O futebol é o esporte mais praticado do mundo, com crescente participação feminina. Este esporte obriga o atleta a adaptar-se devido a flutuações na intensidade da partida, pressão da competição, e demanda de trabalho, uma vez que, a performance individual pode afetar o resultado coletivo. A dieta constitui papel importante ligado ao planejamento e ao sucesso desportivo durante toda temporada e em momentos específicos, antes e após as partidas. Para alcançar características morfológicas favoráveis, alguns atletas acabam restringindo seu consumo alimentar, essa conduta incorre em risco de desenvolver deficiências nutricionais. As intervenções de nutrição esportiva contribuem para garantir ao atleta energia suficiente e nutrientes para a boa saúde e a performance esportiva. Objetivo: Caracterizar o consumo alimentar e aspectos de bem-estar relacionados ao exercício em atletas profissionais de futebol feminino no início de uma temporada esportiva. Metodologia: As atletas foram divididas segundo sua posição em campo. A ingestão energética e de macronutrientes foi avaliada por meio de um registro alimentar de três dias. A composição nutricional da dieta foi verificada com auxílio do Software Nutricional Dietbox® e a qualidade da dieta foi avaliada através do Índice de Alimentação Saudável adaptado para a população brasileira (IAS-ad). Para avaliar o bem-estar das atletas, foi utilizado o Questionário Hooper. A ingestão alimentar entre as posições foi avaliada pelo teste de Kruskal-Wallis com o teste de Dunn para comparações múltiplas e a correlação entre indicadores de bem-estar e a qualidade da dieta foi aferida através do coeficiente de correlação de Spearman. Para verificar se ocorreram alterações nos indicadores de bem-estar ao longo dos dias, foi utilizado o teste de Friedman para medidas repetidas com o teste de Dunn para comparações múltiplas para verificar a posição tática. Foi adotado nível de significância de 5%. Resultados e Discussão: Foram avaliadas 19 futebolistas profissionais, com média de idade de 23,7 ± 5,3 anos, 61,7 ± 8,4 kg e 165,2 ± 7,3 cm, e percentual médio de gordura de 20,9 ± 4,5%. A ingestão de energia média foi 1727 ± 348 kcal/dia, carboidratos 2,8 ± 1,2 g/kg/d, proteína 1,6 ± 0,3 g/kg/d e lipídios 37,7 ± 6,4% VET. O consumo de energia foi maior para as atacantes (2003 ± 239 kcal) em comparação com as meio-campistas (1399 ± 247 kcal) (p=0,027), e o consumo de proteínas foi maior entre as goleiras (28,2 ± 5,1% VET)) quando comparado com defensoras (19,5 ± 1,6% VET) e atacantes (19,6 ± 4,9% VET) (p=0,021). Quanto aos grupos alimentares, houve diferença no consumo de cereais entre atacantes (4,4 ± 1,6 porções) e goleiras (1,5 ± 1,0 porções) (p=0,028). As atletas apresentaram baixo consumo de cereais, hortaliças, frutas e laticínios, e alto consumo de carnes. A pontuação média no IAS-ad foi de 74,0 ± 11,3 pontos, e nenhuma atleta teve sua dieta avaliada como de boa qualidade, 57,9% tiveram sua dieta avaliada como necessitando de melhorias e 42,1% tiveram sua dieta avaliada como de má qualidade. Foi observada uma correlação inversa do Índice de Hooper com o consumo de frutas (r=-0,529; p=0,024). O consumo de hortaliças (porções) correlacionou-se inversamente com os componentes “fadiga” (r=-0,557; p=0,016) e “estresse” (r=-0,605; p=0,008). Em relação as refeições próximas ao treinamento, apenas as proteínas pós-treinamento foram adequadas (0,6 ± 0,2 g/kg). Conclusão: As jogadoras de futebol apresentaram baixo consumo energético e dos grupos alimentares ricos em carboidratos, proteína adequada e aumento de lipídios de acordo com a recomendação. O padrão geral da alimentação das atletas é inadequado, com ingestão insuficiente de cereais e hortaliças e alto consumo de proteínas animais, o que parece estar ligado a um bem-estar geral e uma recuperação prejudicados.Item Qualidade da Alimentação de Atletas de Futebol Feminino(2022-09-28) Farias, Nicolly Figueiredo; Schneider, Cláudia Dornelles; Fruscalso Junior, Celso; Departamento de NutriçãoDe acordo com o Guia alimentar para a população Brasileira, os alimentos são classificados em quatro categorias: in natura e minimamente processados; óleos, gorduras, sal e açúcar; processados e ultraprocessados. Essa categorização auxilia na compreensão das escolhas alimentares e a partir desta identificação, é possível traçar estratégias nutricionais. Objetivo: Analisar o grau de processamento dos alimentos consumidos por jogadoras de futebol feminino. Métodos: Estudo transversal com atletas adultas profissionais de futebol feminino de um clube esportivo da cidade de Porto alegre – RS, que participariam do Campeonato Brasileiro 2020. O grau de processamento dos alimentos (divididos em 5 grupos: in natura, minimamente processados e preparações culinárias; processados; ultraprocessados; ingredientes culinários (óleos, gorduras e açúcar de adição); suplementos) foi avaliado a partir do Registro Alimentar de 3 dias, com auxílio do software Dietbox. Resultados: A ingestão média de alimentos das categorias in natura, minimamente processados e preparações culinárias foi de 66,2 ± 12,5% do valor energético total (VET), processados 6,7 ± 3,2%VET, ultraprocessados 17,5 ± 11%VET, ingredientes culinários 9,4 ± 4,5%VET e suplementos 0,3 ± 0,9%VET. Nos dias típicos, a ingestão de alimentos in natura, minimamente processados e preparações culinárias foi 70,6%VET enquanto no dia atípico foi de 57,3%VET (p=0,003), e de ultraprocessados 13,7%VET nos dias típicos e 25%VET no dia atípico (p=0,002). Conclusão: A alimentação das atletas foi predominantemente composta de alimentos in natura, minimamente processados e preparações culinárias. Entretanto, no dia atípico a quantidade destes alimentos foi menor e a de ultraprocessados maior, sendo quase o dobro dos dias típicos.