Navegando por Autor "Dietrich, Camila"
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Item Capacidade funcional dos idosos após a alta da UTI: coorte prospectiva(2016) Dietrich, Camila; Teixeira, CassianoObjetivo: Comparar a capacidade funcional de indivíduos idosos (60 a 79 anos) com a dos idosos mais velhos (≥ 80 anos) seis meses após a alta da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Métodos: Coorte prospectiva multicêntrica, onde foram coletados dados referentes à internação na UTI, intervenções e desfechos após a alta hospitalar (no pós-alta imediato, após 3 meses e após 6 meses). A força muscular foi avaliada através do MRC (Medical Research Council) e da dinamometria (preensão palmar); a capacidade de execução das atividades de vida diária e independência funcional através do índice de Barthel; o nível habitual de atividade física (IPAQ) através da classificação em ativo/muito ativo, irregularmente ativo e nenhuma atividade física; e a qualidade de vida através do SF12v2. Resultados: Idosos mais velhos apresentaram maior grau de dependência previamente à internação na UTI (Barthel: 73,0±30,0 vs. 86,5±22,6; p<0,001) e após 3 meses (Barthel: 63,5±34,0 vs. 71,5±35,5; p=0,03). Os idosos mais velhos apresentaram menor chance de serem ativos [(IPAQ 3º mês: 2,3% vs. 15,0%; p<0,001) (IPAQ 6º mês: 81,4% vs. 63,0%; p=0,006)] e maior chance de não exercerem nenhuma atividade física [(IPAQ 3º mês: 75,6% vs. 50,9%; p<0,001) (IPAQ 6º mês: 81,4 vs. 63,0%; p=0,006)] após a alta da UTI. Em seis meses após a internação, houve importante recuperação funcional, porém sem retorno aos níveis prévios a internação na UTI. Os idosos mais velhos apresentaram menor força muscular, através da avaliação da preensão palmar no membro dominante (14,5±7,7 vs. 19,9±9,6; p=0,008) e do não dominante (13,1±6,7 vs. 17,5±9,1; p=0,02). Conclusão: Podemos concluir que há uma grande perda da capacidade funcional dos pacientes idosos que internaram na UTI ao longo de seis meses, quando comparados previamente a internação. E ao comparar entre os grupos de idosos e idosos mais velhos não se diferenciam ao longo dos seis.Item Fatores de Risco para Declínio e Trajetória Funcional de Pacientes previamente independentes após alta da Unidade de Terapia Intensiva(2021-12-09) Dietrich, Camila; Teixeira, Cassiano; Robinson, Caroline Cabral; Programa de Pós-Graduação em Ciências da ReabilitaçãoObjetivo: Identificar fatores de risco associados ao declínio funcional, de pacientes previamente independentes, após internação na Unidade de Terapia Intensiva. Analisar através do status funcional desfechos psicológicos a médio prazo e também mortalidade, qualidade de vida relacionada a saúde e necessidade de rehospitalizações a longo prazo. Métodos: Análise post-hoc de um estudo de coorte prospectiva conduzida entre maio de 2014 a dezembro de 2018, em 10 hospitais do Brasil. Foram analisados pacientes previamente independentes (Índice de Barthel ≥ 76) comparados com o Índice 3 e 6 meses após a alta da UTI. Foi considerada perda funcional ao reduzir categorias do índice de Barthel. Para caracterização dos participantes foram coletadas informações sociodemográficas e clínicas no pós alta imediato e acompanhamento telefônico a longo prazo. Foram analisados os preditores para declínio funcional, além dos desfechos de mortalidade, psicológicos, de qualidade de vida relacionada a saúde e necessidade de reinternações hospitalares a longo prazo. Resultados: Os pacientes com declínio da funcionalidade a curto prazo apresentam idade mais elevada, menor escolaridade, maior número de comorbidades e gravidade na internação, maior necessidade de suportes críticos, maior número de disfunções orgânicas, complicações na UTI, além de fraqueza muscular, sintomas de ansiedade e depressão comparados a pacientes que mantiveram seu status funcional. Em outra análise foram estudados pacientes sem recuperação funcional em seis meses, evidenciando maior moralidade, redução da qualidade de vida relacionada a saúde em aspectos físicos, maior número de rehospitalizações a longo prazo. Conclusão: O declínio da funcionalidade aguda de pacientes é acentuado por características prévias, maiores necessidades de suporte e complicações durante a internação na UTI e após a alta. Maioria dos pacientes não consegue recuperar funcionalidade perdida após a alta da UTI e essa condição reflete em maior mortalidade e piora da qualidade de vida no aspecto físico a longo prazo. Estes resultados evidenciam a necessidade de medidas intra e extra hospitalares para que os pacientes não deteriorem tanto na internação e possam retornar mais funcionais à sociedade.