Navegando por Autor "Azambuja, Daniel de Barcellos"
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Item Estudo da expressão imunohistoquímica da Adenomatous poliposis coli (APC) e das proteínas da via do reparo do DNA por excisão de bases (BER) sobre o prognóstico de pacientes com câncer colorretal(2015) Azambuja, Daniel de Barcellos; Rhoden, Ernani Luis; Saffi, JeniferIntrodução: O estadiamento do câncer colorretal (CCR) apresenta limitações em predizer acuradamente sua recorrência. Painéis moleculares já se mostraram de grande auxílio para estratificação do prognóstico na prática clínica. Desequilíbrios na via do reparo por excisão de bases (BER) estão associados com aumento do dano ao DNA, redução da capacidade de reparo e pior resposta à quimioterapia, podendo atuar como promissoras ferramentas de refinamento do estadiamento. Pacientes e métodos: Amostras, emblocadas de 72 pacientes com idade média de 66.7 ±12.4 anos, sem tratamento neoadjuvante foram avaliadas quanto à expressão de APC, MPG, Polβ, XRCC1 e Fen1 por imunohistoquímica. Foram realizados estudos de associação dos dados moleculares com os dados clínicos e da escala TNM como preditores de prognóstico. Tabelas de contingência e associações foram analisadas com o teste do qui-quadrado e teste exato de Fischer. Valores de p<0.05 foram considerados significativos. Resultados: Baixa expressão de MPG (36 casos), Polβ (42 casos) e XRCC1 (28 casos) foram associados com melhor desfecho patológico, representado por tumores que apresentaram melhor diferenciação celular, baixos estádios TNM e ausência de invasões linfática e perineural. Os níveis de expressão de Fen-1 não foram relacionados a nenhuma das características clinico-patológicas. Foi também encontrado um padrão de expressão associado, no qual quanto maior a expressão de APC, menor foi a expressão de Polβ (-0.441; p=0.001), assim como uma co-expressão entre MPG e Polβ (0.384; p=0.001) e of Polβ and Fen1 (0.257; p=0.03) . Conclusões: Nossos resultados sugerem que aqueles pacientes que apresentaram menor expressão de MPG, Polβ e XRCC1 eram mais propensos a evoluir para um desfecho mais favorável. Nós propomos um modelo que pode explicar este fato em que o acúmulo de intermediários do BER levam à disfunção e morte celulares. As proteínas do BER parecem ser candidatos adequados para refinar o atual estadiamento TNM do câncer colorretal.Item Estudo prognóstico do sistema de reparo de quebras duplas do DNA em pacientes com câncer colorretal esporádico(2021) Azambuja, Daniel de Barcellos; Saffi, Jenifer; Kalil, Antonio Nocchi; Meirelles, Natalia Motta LeguisamoIntrodução: O câncer colorretal (CCR) ainda carece de biomarcadores que mitiguem inconsistências no estadiamento da doença e de novos alvos moleculares para expandir as opções terapêuticas. Análises genômicas de repositórios públicos têm identificado a presença de alterações na via de reparo por DNA de recombinação homóloga (HRR) em até 20% dos tumores colorretais. A caracterização da deficiência da via HRR (HRD) - causada por mutações patogênicas em genes centrais, como BRCA1/2 e PALB2 - permitiu o desenvolvimento de estratégias que mudaram a prática clínica para diversos tumores, mas não para o CCR. Portanto, a caracterização da HRR e da sua influência sobre o prognóstico do CCR é essencial para direcionar o desenvolvimento de biomarcadores e novos alvos terapêuticos. Objetivo: Avaliar o papel prognóstico da expressão de genes-chave da via HRR e as associações com aspectos clinicopatológicos em pacientes com CCR submetidos à cirurgia de ressecção. Métodos: amostras tumorais e saudáveis frescas de 86 pacientes com adenocarcinoma colorretal esporádico foram coletadas. Destas, 63 foram avaliadas para expressão gênica de genes-chave da HRR (RT-PCR) e status da via de reparo de malpareamento (MMR) (imuno-histoquímica). Foram exploradas as associações entre os dados moleculares e clinicopatológicos e o seu valor prognóstico em relação à sobrevida livre de progressão (SLP) e sobrevida global (SG) através da regressão de Cox. Resultados: Cinco dos sete principais genes HRR representativos foram expressos diferencialmente - MRE11A, RAD50, BARD1, BRCA1 e PALB2. Apenas a deficiência de MRE11A foi confirmada como um preditor independente de SG (HR: 5,48, IC 95% [1,26 - 19,04] p = 0,032). O status MRE11A foi identificado como um fator prognóstico independente em tumores com MMR proficiente (pMMR) (HR = 3,48 [IC 95% 1,97 - 12,45], p = 0,035), mas não MMR deficiente (dMMR). O maior tempo médio de SG foi observado em pacientes com MRE11A positivo/pMMR (64,1 meses), enquanto MRE11A positivo/dMMR apresentou a menor SG dentre os subgrupos (34,5 meses) avaliados. Conclusões: A expressão de MRE11A demonstrou-se um potencial preditor do prognóstico de CCR pMMR. Estes resultados podem fornecer racional para novas investigações de biomarcadores e abordagens terapêuticas direcionadas baseadas na expressão de MRE11A e no status de MMR.