Programa de Pós-Graduação em Psicologia e Saúde
URI Permanente desta comunidade
Navegar
Navegando Programa de Pós-Graduação em Psicologia e Saúde por Autor "Pacheco, Janaína Thaís Barbosa"
Agora exibindo 1 - 7 de 7
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item Atitudes alimentares, pensamentos repetitivos negativos e flexibilidade psicológica: estudo exploratório e aplicação de intervenção breve baseada na Terapia de Aceitação e Compromisso(2023-03-13) Corrêa, Luciana Lopes; Pacheco, Janaína Thaís Barbosa; Programa de Pós-Graduação em Psicologia e SaúdeA Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) é um modelo teórico e de intervenção na psicologia que tem como modelo de psicopatologia o processo transdiagnóstico chamado de inflexibilidade psicológica. Ela tem sido estudada na sua relação com pensamentos repetitivos negativos (PNR), outro processo transdiagnóstico diretamente relacionado à maior inflexibilidade psicológica. Compreender a relação desses processos com comportamentos de risco, como o de comer transtornado, é necessário para que se possa prevenir e intervir. Assim, desenvolveu-se dois estudos, com os objetivos de 1) investigar a relação entre Atitudes Alimentares, Pensamentos Negativos Repetitivos, Ansiedade, Depressão e Estresse, inflexibilidade psicológica, esquiva experiencial e fusão cognitiva; 2) aplicar um protocolo breve de ACT focada em PNR em pessoas que apresentarem elevado risco para transtornos alimentares. O estudo 1 foi de caráter exploratório e contou com 668 pessoas que responderam a um survey online com questionário sociodemográfico e escalas relacionadas a atitudes alimentares, PNR, ansiedade, depressão, estresse, inflexibilidade psicológica, esquiva experiencial, pensamento perseverante e fusão cognitiva. Já o estudo 2 contou cinco pessoas que demonstraram interesse e descreveram ter preocupações com a alimentação participaram da intervenção de ACT focada em PNR de dois encontros de forma não-presencial, e responderam aos questionários solicitados. Em relação ao estudo 1, os achados foram de que inflexibilidade psicológica medeia a relação entre preocupação e atitudes alimentares de maneira parcial, tanto na amostra geral quanto na parte da amostra com histórico de transtornos alimentares. A inflexibilidade psicológica também mediou a relação entre ruminação e atitudes alimentares de maneira completa em população com histórico de transtornos alimentares. No estudo 2, nenhuma das cinco participantes apresentou melhora nas atitudes alimentares, quatro delas apresentaram melhora em ansiedade, depressão, estresse, preocupação, pensamento perseverante e fusão cognitiva após a intervenção. Uma das participantes não apresentou melhora em nenhuma das escalas utilizadas, e outra participante apresentou melhoras com mudança clinicamente significativa. Entende-se que esses resultados tanto contribuíram para a compreensão de como essas variáveis se articulam em uma amostra brasileira, como contribuíram para que se amplie os estudos de intervenção com ACT envolvendo amostras brasileiras.Item Comportamento de procrastinar e a inflexibilidade psicológica: um estudo correlacional e de mediação(Wagner Wessfll, 2021) Bischoff, Franciele; Pacheco, Janaína Thaís BarbosaA procrastinação possui uma alta prevalência entre estudantes universitários, representando um dos principais fatores que prejudica o andamento e a performance das atividades acadêmicas dos estudantes. A literatura apresenta uma forte correlação entre a procrastinação e os transtornos psicológicos como a depressão, a ansiedade e o estresse, impactando, portanto, na saúde mental dos indivíduos. Além disso, a procrastinação, a depressão, a ansiedade e o estresse também estão relacionados à inflexibilidade psicológica, modelo de psicopatologia transdiagnóstico proposto pela Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT). Esse modelo, composto por seis processos psicológicos (Atenção desconectada do momento presente, desconexão com valores, falta de ação direcionada a valores, fusão cognitiva, fusão com self conceitualizado e esquiva experiencial) propõe um padrão de comportamento controlado pelas experiências internas e por tentativas de esquiva das experiências desconfortáveis, às custas de ações mais efetivas e mais significativas na vida do indivíduo, com restrição no repertório comportamental. O procrastinar, então, pode ser entendido como uma forma de esquiva experiencial. A procrastinação ainda foi pouco estudada no contexto universitário Brasileiro, mesmo com o crescimento recente nas pesquisas da temática. O artigo presente nesta dissertação se propôs a investigar a relação entre depressão, ansiedade, estresse, Inflexibilidade Psicológica e a procrastinação numa amostra de 309 estudantes universitários brasileiros, de graduação e pós-graduação, e avaliar o papel mediador da inflexibilidade psicológica na relação entre depressão, a ansiedade e o estresse no nível de procrastinação. A coleta foi realizada on-line, através do preenchimento de um questionário sociodemográfico, escalas de autorrelato de depressão, ansiedade e estresse (DASS-21), procrastinação (PPS) e inflexibilidade psicológica (AAQ-II). Como resultados, encontrou-se uma relação positiva entre a procrastinação e as demais variáveis no contexto universitário brasileiro. Além disso, a inflexibilidade psicológica foi uma variável mediadora na relação entre (1) a depressão e a procrastinação; (2) a ansiedade e a procrastinação; (3) o estresse e a procrastinação; com variabilidade explicada de 33,53% (1), 30.56% (2) e 35.95% (3). Esses achados subsidiam a construção de intervenções que busquem trabalhar repertórios de flexibilidade psicológica a fim de redução da procrastinação nos estudantes e permitir que estes possam desenvolver novos repertórios comportamentais mais adaptativos dentro de seus contextos para realizarem tarefas que lhes são importantes, mesmo na presença de dificuldades.Item Efeitos da responsividade e da autorrevelação analisados a partir do modelo de conexão social: um estudo experimental(2021) Souza, Yasmin Moreira Silva de; Pacheco, Janaína Thaís BarbosaA literatura científica vem demonstrando que o baixo senso de conexão social se relaciona à piora na qualidade de vida e ao aumento do risco de mortalidade da população, sendo a conexão social um construto multifatorial relacionado a aspectos fundamentais das interações humanas. Dentre estes aspectos, envolve a presença de um ou mais vínculos íntimos, de uma rede de suporte social satisfatória para momentos de necessidade, e de um senso de pertencimento social a um grupo ou comunidade. O objetivo dessa dissertação foi investigar o efeito da responsividade e da autorrevelação sobre o desenvolvimento de intimidade e de conexão social, bem como a manutenção das alterações ocorridas após duas semanas da intervenção. A dissertação é composta por uma revisão de literatura, com achados empíricos e definições sobre conexão social, intimidade, responsividade, autorrevelação e Psicoterapia Analítica Funcional (FAP); um capítulo que descreve os protocolos de treinamentos desenvolvidos e estudo piloto realizado; e o artigo principal que discute o estudo experimental realizado. O estudo empírico contou com duas condições experimentais: Evocar e Reforçar (ER), Evocar e Autorrevelar (AR), e uma condição controle: Apenas Evocar (AE). Foram incluídas medidas pré e pós-intervenção e follow-up de duas semanas. As interações foram gravadas e posteriormente analisadas, sob o objetivo de avaliar o impacto do comportamento dos Pesquisadores Assistentes (PAs) sobre o comportamento dos participantes de se autorrevelar de maneira mais vulnerável e íntima, ao longo da interação. Devido ao cenário de isolamento social, decorrente da Pandemia de Covid-19, o experimento foi inteiramente adaptado para ser conduzido na modalidade online por vídeo-chamada. Os instrumentos respondidos pelos participantes foram: um questionário sociodemográfico, Depression, Anxiety and Stress Scale (DASS-21), Social Connectedness Scale Revised (SCS-R), Self-Disclosure Index (SDI), Connectedness Scale-RA-6 itens (CS-RA6) e o Inclusion of Other in the Self Scale (IOS). Os dados das escalas foram coletados de forma online através da plataforma Formulários Google. Para avaliar as gravações das interações foi utilizada a Escala de autorrevelação do participante (EAR). Os resultados indicaram que os participantes designados para as condições experimentais apresentaram aumentos significativos no nível de intimidade e conexão social com os PAs, enquanto os que passaram pelo grupo controle não obtiveram alterações significativas. Na condição AR, este aumento manteve-se significativamente alto mesmo após duas semanas do término do experimento. Deste modo, foi possível dizer que ambas as condições experimentais afetaram o aumento da conexão social do participante com o PA, porém a condição AR demonstrou um impacto mais duradouro sobre a experiência de conexão. Estes achados demonstram a validade de considerar processos testados neste estudo para o desenvolvimento de intervenções que atendam as demandas de conexão social. De forma geral, conclui-se que essa dissertação de mestrado forneceu dados importantes para pesquisas de processo-componente voltadas para o desenvolvimento de intervenções terapêuticas eficazes e contribui para a investigação dos mecanismos de mudança pressupostos pela FAP, bem como para a literatura científica, no que diz respeito ao desenvolvimento de intimidade e conexão social.Item Explorando o papel mediador do Mindful Parenting na relação entre ansiedade depressão e estresse parental com problemas de internalização em adolescentes(2023-11-13) Thomas, Carla Gabrielle Oliveira; Pacheco, Janaína Thaís Barbosa; Programa de Pós-Graduação em Psicologia e SaúdeA parentalidade implica em grandes desafios e o adoecimento emocional pode ser uma consequência. As psicopatologias, como ansiedade e depressão, aumentam as chances de estratégias parentais ineficazes. De uma perspectiva contextual, a flexibilidade psicológica, estratégias de mindfulness e desregulação emocional podem desempenhar um papel importante nesse processo. O presente estudo teve como objetivo investigar se o mindful parenting, a flexibilidade psicológica e a desregulação emocional podem mediar a relação entre os sintomas emocionais e os problemas de internalização em adolescentes. Desse modo, os objetivos específicos foram: Descrever a amostra de pais com relação às variáveis sintomas de depressão, ansiedade e estresse, habilidades de mindfulness, inflexibilidade psicológica e desregulação emocional; Verificar a relação entre sintomas emocionais dos pais e os níveis de comportamentos internalizantes dos filhos; Investigar a associação entre sintomas emocionais dos pais, desregulação emocional, inflexibilidade psicológica parental e comportamentos internalizantes dos filhos. Com isso, avaliou-se a pertinência de um modelo de mediação, apoiado teoricamente nos princípios da Terapia de Aceitação e Compromisso, tendo como hipóteses: 1. A relação entre depressão, ansiedade, estresse parental e os problemas de internalização dos adolescentes é mediada pela inflexibilidade psicológica, desregulação emocional e parentalidade mindful dos pais; 2. Quanto maior a depressão, ansiedade e estresse parental, maiores serão os níveis de comportamentos internalizantes dos filhos; 3. Quanto maiores os níveis de depressão, ansiedade e estresse dos pais, maiores serão as dificuldades de regulação emocional e inflexibilidade parental e, por sua vez, serão maiores os níveis de comportamento internalizantes dos filhos. O estudo utilizou o delineamento observacional com um recorte transversal, examinando nos integrantes da amostra a presença ou ausência dos fatos, participando 231 mães/madrastas ou pais/padrastos de adolescentes, maiores de 18 anos, residentes com adolescentes de 12 a 18 anos. Os pesquisados responderam a um survey on-line contendo um questionário sociodemográfico e as escalas de Interpersonal Mindfulness in Parenting Scale (IMP), Depression, Anxiety and Stress Scale-21 (DASS-21), Acceptance and Action Questionnaire-II (AAQ-II), Difficulties in Emotion Regulation Scale (DERS) e Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ). Os resultados demonstraram uma relação direta entre os sintomas de depressão, ansiedade e estresse dos pais com os comportamentos internalizantes dos filhos. O Mindful parenting mediou a relação entre depressão, ansiedade e estresse dos pais com os sintomas internalizantes dos filhos, por outro lado, a inflexibilidade psicológica e desregulação emocional dos pais não atuaram como mediadores nessa relação. No entanto, houve uma correlação positiva entre os comportamentos internalizantes dos filhos e os processos de desregulação emocional e inflexibilidade psicológica dos pais, bem como o mindful parenting foi negativamente correlacionado às demais variáveis. Assim, esses resultados contribuem para a compreensão de como essas variáveis se articulam, bem como para o avanço dos estudos de intervenções com mães e pais de adolescentes, ampliando o conhecimento e as possibilidades da área. Esta dissertação, alinha-se aos trabalhos desenvolvidos pelo Núcleo de Estudos em Avaliação Psicológica e Intervenções Comportamentais (NaPsic - UFCSPA) e a Linha de Pesquisa de Fatores de risco e de proteção ao desenvolvimento de psicopatologias em adolescentes e adultos.Item Jogos eletrônicos e redes sociais na adolescência: relação com habilidades sociais, autoestima, afetos positivos e negativos e satisfação de vida(2018) Schindel, Renata de Castro; Pacheco, Janaína Thaís BarbosaO objetivo geral dessa dissertação foi investigar a exposição de adolescentes a jogos eletrônicos e a redes sociais, abordando aspectos protetivos decorrentes dessa exposição e relacionando dependência de internet com habilidades sociais, autoestima, afetos positivos e negativos e satisfação de vida. Para isso desenvolveu-se dois estudos independentes. O primeiro artigo foi uma revisão integrativa da literatura e o segundo, um artigo empírico. A revisão integrativa descreveu o uso das tecnologias pelos adolescentes como fator protetivo, identificando anos de publicação, delineamentos dos estudos, variáveis consideradas e principais resultados encontrados. Os resultados encontrados foram divididos em grupos classificados de acordo com os objetivos dos estudos analisados. No grupo 1, os artigos estudavam o uso de jogos relacionando-os com características físicas; no grupo 2, o uso das tecnologias para tratamento de doenças; no grupo 3, o uso de tecnologias para a prevenção de doenças; grupo 4, a comparação dos tipos de jogos de videogame ou redes sociais com outras intervenções esportivas; grupo 5, o uso de tecnologias para desenvolvimento de habilidades; grupo 6, descreviam o uso de tecnologias e grupo 7, o uso de tecnologias em relação ao desempenho escolar. Os anos em que houve mais publicações foram 2014 e 2015; a maior parte dos estudos não explicitou seu delineamento, a maior quantidade de artigos é norte-americano, o grupo em que houve mais publicações foi o 1. O segundo estudo é um trabalho empírico, com delineamento transversal e quantitativo, realizado com 232 adolescentes. Objetivou investigar a relação da dependência de internet na adolescência com habilidades sociais, autoestima, afetos positivos e negativos e satisfação de vida. Utilizou-se os seguintes instrumentos: Questionário Sociodemográfico, Questionário sobre Uso das Redes Sociais e de Jogos Online, Escala de Autoestima de Rosenberg para Adolescentes, Escala Matson de Avaliação das Habilidades Sociais em Jovens (MESSY), Afetos Positivos e Negativos para Adolescentes (EAPN-A), Satisfação Global de Vida para Adolescentes (ESGV-A) e Teste de Adição à Internet (IAT). Os dois primeiros instrumentos foram construídos especificamente para esta pesquisa. Os resultados indicaram que a média de idade de início de uso foi de 8,8 anos. As redes sociais preferidas foram WhatsApp (47%), YouTube (26,7%) e Facebook (13,4%). A dependência de internet foi observada em 26% dos adolescentes. Observou-se diferença entre sexos apenas para o uso diário de jogos aos finais de semana, sendo os meninos os que mais exerciam esse comportamento. O risco para dependência foi 80% maior para os escores acima da mediana do fator 1 da MESSY. A análise de regressão simples e múltipla de Poisson demonstrou que os Afetos Negativos são fatores de risco em 2,03 vezes para dependência de internet (p=0,05), já os Afetos Positivos e a Satisfação de Vida são protetivos em 0,58 (p=0,25) e 0,70 (p=0,70), respectivamente. Possivelmente, Afetos Positivos e Satisfação de Vida são variáveis indiretas para a proteção da dependência de internet em adolescentes, tendo em vista que este foi considerado o melhor modelo de regressão pelos critérios estatísticos. Este estudo pretendeu contribuir para a compreensão do impacto da exposição à internet sobre adolescentes, a partir de variáveis consideradas protetivas ao desenvolvimento. Sugere-se que estudos futuros sigam investigando fatores de proteção e uso de internet e/ou jogos eletrônicos, e que pesquisas nacionais contribuam com o conhecimento na área.Item Jogos eletrônicos online e redes sociais: avaliação do ajustamento psicológico de adolescentes e dos estilos parentais percebidos(2018) Schwartz, Fernanda Tabasnik; Pacheco, Janaína Thaís BarbosaEsta dissertação é composta por uma contextualização teórica e um artigo empírico. O objetivo geral deste trabalho foi investigar e compreender o uso das redes sociais e dos jogos eletrônicos por adolescentes, avaliando principalmente o impacto da parentalidade neste uso. A contextualização teórica propõe descrever o uso das tecnologias pelas crianças e pelos adolescentes, além de discutir acerca do monitoramento parental no uso da internet. A partir desta revisão, percebeu-se que os pais empregam diferentes formas de mediação parental a fim de que os filhos utilizem as tecnologias de forma segura. O estudo empírico, de cunho quantitativo e com delineamento transversal, investigou uma amostra composta por 232 adolescentes e objetivou descrever o uso de jogos eletrônicos e de redes sociais pelos adolescentes, relacionando-o com estilos parentais, conflitos entre pais e filhos, sintomas psicopatológicos e dependência de internet. A coleta de dados ocorreu através da aplicação de instrumentos, como questionários e escalas. Foram encontradas associações significativas entre os adolescentes que passam mais de seis horas por dia conectados à internet e o aumento de sintomas psicopatológicos e conflitos com os pais. Com relação aos estilos parentais, não se observou associação com o tempo de uso das redes sociais e dos jogos.Item Mindfulness materno: associações com mindful parenting e indicadores de psicopatologia(2018) Veronez, Lauren Frantz; Pacheco, Janaína Thaís Barbosa; Reppold, Caroline TozziMindfulness é a capacidade de prestar atenção intencionalmente no momento presente, com uma atitude aberta e sem julgamento, sem se deixar levar por pensamentos ou emoções. Mindful parenting é a habilidade de prestar atenção nos filhos e na própria parentalidade de forma intencional, não-julgadora e centrada naquilo que acontece aqui-e-agora. O objetivo geral desta dissertação foi explorar as relações entre mindfulness, parentalidade e psicopatologia. A dissertação é composta por dois estudos, realizados com uma amostra não clínica de 221 mães de crianças entre seis e doze anos de idade. Os instrumentos utilizados foram: Interpersonal Mindfulness in Parenting Scale (IMP), Child Behavior Checklist (CBCL 6-18), Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20), Questionário de Cinco Facetas de Mindfulness (FFMQ-BR) e um questionário sociodemográfico. Os dados foram coletados online através da plataforma SurveyMonkey. O Artigo 1 apresenta a adaptação da IMP para a cultura brasileira e a investigação das suas propriedades psicométricas e evidências de validade da escala. Os resultados indicaram boas propriedades psicométricas na versão brasileira da IMP (Alpha de Cronbach = 0.89 para o escore total, e uma variação entre 0.70 e 0.82 para as subescalas), assim como evidências de validade de estrutura interna (28 itens distribuídos em cinco fatores) e validade convergente com o FFMQ. O Artigo 2 trata de um estudo transversal de cunho quantitativo, cujo objetivo geral foi investigar as associações entre o nível de mindfulness de mães, mindful parenting e indicadores de psicopatologia infantil e materna. Os objetivos específicos foram: 1) examinar a relação das facetas de mindfulness com mindful parenting, psicopatologia infantil e psicopatologia parental; 2) comparar mães com alto e mães com baixo nível de mindfulness nas variáveis mindful parenting, psicopatologia infantil e psicopatologia parental; 3) investigar o papel preditor dos níveis de mindfulness e mindful parenting sobre os desfechos de psicopatologia infantil. Houve correlações positivas significativas entre mindfulness e mindful parenting e correlações negativas significativas mindfulness e mindful parenting com indicadores de psicopatologia materna e infantil. Além das correlações com o escore total de mindfulness, os demais instrumentos correlacionaram-se também com suas facetas, principalmente ação com consciência, não julgamento da experiência interna e descrição. Mães com níveis mais elevados de mindfulness apresentaram maiores escores no nível de mindful parenting e menores escores para psicopatologia materna e infantil. Mindful parenting mostrou-se melhor preditor para o desfecho de psicopatologia infantil que o nível de mindfulness geral. Estes dados dão suporte à inserção de estratégias de mindfulness em programas de treinamento parental.
