Submissões Recentes

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Recursos visuais educativos para a escolha do acesso venoso em neonatologia
(2024) Barbosa, Carla; Cazella, Silvio Cesar; Canabarro, Simone Travi; Programa de Pós-Graduação em Ensino na Saúde
Introdução: A tecnologia da informação aplicada ao ensino integrando as práticas de aprendizagem bidirecionais (professor/aluno ou aluno/professor) em saúde possibilita a construção de conhecimento de forma efetiva. O conhecimento sobre o acesso venoso fundamenta a realização das escolhas adequadas e garante a segurança do paciente, em especial em pacientes pediátricos/neonatais com doenças agudas e crônicas. Desta forma, em concordância ao local de estudo relacionado com a prática profissional da mestranda, sobre a educação permanente/serviço, a pesquisa permeou o caminho do enfermeiro neonatal na qualificação do processo de cuidado centrado no acesso venoso do paciente neonatal. Objetivo: Elaborar um recurso visual educativo abordando o acesso venoso neonatal, para o apoio ao(à) enfermeiro(a) assistencial, que atua na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Métodos: A pesquisa de natureza quantitativa, descritiva e exploratória, tendo como públicoalvo os enfermeiros assistenciais neonatais de um hospital público de Porto Alegre, realizada entre novembro de 2020 e dezembro de 2022. Os materiais elaborados foram um questionário pré-intervenção, um vídeo instrucional educativo e um questionário pós-intervenção. Os passos metodológicos envolveram duas fases, sendo elas, 1) a elaboração dos materiais e instrumentos necessários à pesquisa e, 2) a implantação dos recursos desenvolvidos na fase 1. Os resultados estatísticos ocorreram por frequência absoluta e relativa, sendo a unidade de medida avaliada pelos testes Teste Qui-Quadrado ou Exato de Fisher quando adequados. As análises foram realizadas no software SPSS versão 25 e com nível de significância de 0.05. Resultados: O produto tecnológico principal deste estudo foi um vídeo como recurso visual educativo, além de dois storyboards. O vídeo apresentou orientações para a proteção da rede venosa do paciente neonatal. A classificação quanto ao uso do vídeo educativo foi de 95,6% como importante/muito importante e ao uso do conteúdo apresentou 100% de aplicação na prática laboral como apoio aos profissionais que prestam o cuidado neonatal com práticas baseadas em evidência. Conclusão: Apesar da exclusividade de contato on-line e da sobrecarga de trabalho em tempos pandêmicos, esta produção oportunizou aos profissionais uma alternativa de apoio na escolha do acesso venoso neonatal, com conteúdo relevante, o qual possibilitou a reflexão da prática profissional neonatal. Reitera-se que estudos com uma amostra mais robusta possam contribuir positivamente para a proteção da rede venosa neonatal, que é tão imatura e frágil
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Prospecting molecular targets aiming topical treatment of human melanoma
(2022-02-11) Peruzzo Neto, Antonio Vicente; Braun, Rodrigo Ligabue; Aguirre, Tanira Alessandra Silveira; Departamento de Clínica Médica
O melanoma humano é caracterizado por uma disfunção na regulação dos melanócitos, afetando o seu crescimento e proliferação. Quando não está em equilíbrio, a produção desenfreada de melanócitos pode causar tumores malignos e provocar metástases, sendo o melanoma tratado como o câncer de pele de pior prognóstico. Assim, a ideia de estudar a aplicação do medicamento diretamente no ambiente tumoral pode contribuir para o surgimento de novos protocolos de tratamento para doenças de pele. Para garantir que os medicamentos possam ser utilizados como tratamento tópico, é necessário conhecer os receptores e/ou proteínas expressos no ambiente tumoral que desempenham um papel no desenvolvimento do câncer. Com essas estruturas conhecidas, sua afinidade e interações com medicamentos podem ser estimadas por meio de docking molecular. Os resultados sugerem que os medicamentos anticâncer têm relativa afinidade por algumas enzimas produzidas nos melanócitos e que podem funcionar no tratamento tópico se forem capazes de inibir a atividade dessas proteínas.
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Cultura de segurança: cenários de simulação realística para aprendizagem experiencial com lideranças
(2023-01-31) Martins, Francyne Lopes; Caregnato, Rita Catalina Aquino; Programa de Pós-Graduação em Ensino na Saúde
Introdução: A educação baseada em simulação (EBS) tem sido uma estratégia altamente difundida para melhorar a qualidade dos cuidados de saúde, permitindo o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes em ambiente controlado. A aprendizagem e uma cultura de segurança saudável se reforçam mutuamente. Objetivo: Promover aprendizagem experiencial com lideranças sobre cultura de segurança por meio do desenvolvimento de cenários para simulação realística. Método: Estudo metodológico desenvolvido em três etapas. Inicialmente realizou-se estudo documental retrospectivo em base secundária de dados através do questionário Hospital Survey on Patient Safety Culture (HSOPSC) preenchido em 2020 por 175 profissionais de um hospital geral privado de Porto Alegre/RS. A seguir aplicou-se um plano educacional para o fortalecimento da cultura de segurança, com um grupo de sete lideranças desse hospital. Por último, desenvolveu-se o produto educacional: dois cenários de simulação através do método NLN Jeffries Simulation Theory sendo esses validados por um grupo de seis juízes especialistas, através do índice de validade de conteúdo (IVC). Os cenários foram aplicados através de simulação com seis lideranças e mensurada a satisfação e autoconfiança na aprendizagem por meio da escala Student Satisfaction and Self-Confidence in Learning. Resultados: Análise do questionário HSOPSC identificou duas dimensões fragilizadas: “respostas não punitivas aos erros” e “percepção de segurança”. Na aplicação do plano educacional, foram envolvidas as lideranças participantes da pesquisa e elaborou-se planos de ação com metas para aumentar a visibilidade das ações corretivas nos eventos adversos, conscientizar sobre a importância de notificar incidentes e sensibilizar as lideranças para abordagens abertas sobre erros. Após, desenvolveram-se dois cenários de simulação realística avaliados por especialistas que obtiveram uma pontuação de 100% de conformidade. A aplicação na prática dos cenários em simulações com as lideranças identificou conhecimento acerca da cultura de segurança e outras habilidades em torno do tema. A satisfação com a aprendizagem e autoconfiança obtiveram escores de satisfação 100% e autoconfiança 96,1%. Conclusão: Desenvolveu-se como produto desta pesquisa materiais didáticos, constituídos por dois cenários de simulação realística sobre cultura de segurança, que aplicados na prática mostraram-se efetivo, promovendo satisfação e motivando a aprendizagem estabelecendo autoconfiança.
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Integração ensino-serviço frente ao capacitismo: contribuições às vivências de mães e pais de bebês com malformações
(2023) Pires, Gabriela Brito; Silveira, Luiza Maria de Oliveira Braga; Pais, Sofia Castanheira; Programa de Pós-Graduação em Ensino na Saúde
As malformações fetais podem ser causadas por uma variedade de fatores etiológicos e cada malformação apresenta quadros únicos e singulares, como a possibilidade de que o bebê tenha alguma deficiência. Pessoas com deficiência estão expostas à discriminação pelo capacitismo, que se apresenta através de atitudes preconceituosas que hierarquizam pessoas em função da adequação de seus corpos a um ideal e capacidade funcional. Este estudo visa analisar e compreender se as vivências e expectativas de mães e pais de bebês com malformações internados em UTI Neonatal podem estar atrelados ao capacitismo. O estudo foi qualitativo, composto por 6 casos, com a participação de 5 mães e 4 pais que responderam ao questionário sociodemográfico e entrevista com temáticas relacionadas ao estudo. Foi realizada análise de conteúdo dos dados, que apontou três categorias: Impacto do diagnóstico, Cuidados de Saúde e Capacitismo. Concluiu-se que o capacitismo está envolvido nas expectativas e vivências destas mães e pais. As principais preocupações identificadas estão acerca de adaptação escolar, relação com pessoas da família e outras da rede de apoio, bem como com estigmas. A partir dos dados coletados foi construída uma cartilha sobre a temática para orientação de mães, pais e outros cuidadores.
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Transplante renal pediátrico: resultados com doador menor e maior de 6 anos
(2024-02-21) Lysakowski, Simone; Garcia, Clotilde Druck; Souza, Vandrea Carla de; Programa de Pós-Graduação em Pediatria: Atenção à Saúde da Criança e ao Adolescente
Objetivo: a insuficiência de rins para o transplante renal pediátrico (TRP) implica o aproveitamento de doadores com menor peso ou idade, o que gera receios para o TRP envolvendo doadores pequenos. O objetivo deste estudo foi analisar os desfechos dos TRPs realizados a partir de doadores falecidos de até 18 anos incompletos no primeiro ano após o transplante, estratificados pela idade do doador. Método: trata-se de uma coorte retrospectiva dos TRPs realizados com doador renal falecido (DRF) entre janeiro de 2013 e janeiro de 2018, em um hospital referência em TRP no Sul do Brasil. Os doadores foram divididos em grupo 1 (≤6 anos) e grupo 2 (>6 anos), com análise dos desfechos no período. Resultados: dos 143 TRPs realizados com DRF pediátrico, 51 (35,66%) pertenciam ao grupo 1, e 92 (64,34%) ao grupo 2. Nos dois grupos ocorreram 17 perdas de enxerto (11,8%), sendo a principal causa em ambos a trombose vascular (TV) (grupo 1: 5; grupo 2: 4). Entre as complicações, consta a estenose de artéria renal (EAR), a qual, com necessidade de angioplastia para colocação de stent, foi mais frequente no grupo 1 (7,8%; grupo 2: 2,2%). A sobrevida em um ano dos receptores de transplantes renais (RTR) foi de 95,2% (grupo 1) e 96,5% (grupo 2) (p=0.8), e dos enxertos foi 78,7% (grupo 1) e 78% (grupo 2) (p=0.95), não apresentando diferença significativa. Entretanto, a análise da Taxa de Filtração Glomerular (TFG) mostrou-se superior no grupo 2, atingindo, no 12° mês, 69.7 ml/min/1,73m2 no grupo 1 e 79.3 ml/min/1,73m2 no grupo 2 (p= 0,033). Conclusões: os doadores pequenos podem ser considerados para o TRP, sendo necessária uma equipe transplantadora capacitada para essa modalidade.