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Fluxograma para encaminhamento dos casos de violência doméstica
(2021-10) Silveira, Natália Osório; Silva, Helena Terezinha Hubert; Bonamigo, Andrea Wander; Trindade, Carolina Sturm; Programa de Pós-Graduação em Ensino na Saúde; Não se aplica
A violência doméstica/intrafamiliar, em suas mais diversas formas, tem se tornado um problema de saúde pública e uma rede de serviços de saúde e assistência psicossocial organizada para receber as demandas é de suma importância para o seu adequado enfrentamento. Foram elaborados nove fluxogramas de encaminhamento de atendimento das vítimas de violência doméstica/intrafamiliar de um município no interior do Rio Grande do Sul divididos em: 1) FLUXOGRAMA DA VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO - UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA 2) FLUXOGRAMA DA VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO – ATENÇÃO SECUNDÁRIA 3) FLUXOGRAMA DA VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO – HOSPITAL 4) FLUXOGRAMA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER – UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA 5) FLUXOGRAMA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER – ATENÇÃO SECUNDÁRIA 6) FLUXOGRAMA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER – HOSPITAL 7) FLUXOGRAMA DA VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA – UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA 8) FLUXOGRAMA DA VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA – ATENÇÃO SECUNDÁRIA 9) FLUXOGRAMA DA VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA – HOSPITAL
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Explorando o papel mediador do Mindful Parenting na relação entre ansiedade depressão e estresse parental com problemas de internalização em adolescentes
(2023-11-13) Thomas, Carla Gabrielle Oliveira; Pacheco, Janaína Thaís Barbosa; Programa de Pós-Graduação em Psicologia e Saúde
A parentalidade implica em grandes desafios e o adoecimento emocional pode ser uma consequência. As psicopatologias, como ansiedade e depressão, aumentam as chances de estratégias parentais ineficazes. De uma perspectiva contextual, a flexibilidade psicológica, estratégias de mindfulness e desregulação emocional podem desempenhar um papel importante nesse processo. O presente estudo teve como objetivo investigar se o mindful parenting, a flexibilidade psicológica e a desregulação emocional podem mediar a relação entre os sintomas emocionais e os problemas de internalização em adolescentes. Desse modo, os objetivos específicos foram: Descrever a amostra de pais com relação às variáveis sintomas de depressão, ansiedade e estresse, habilidades de mindfulness, inflexibilidade psicológica e desregulação emocional; Verificar a relação entre sintomas emocionais dos pais e os níveis de comportamentos internalizantes dos filhos; Investigar a associação entre sintomas emocionais dos pais, desregulação emocional, inflexibilidade psicológica parental e comportamentos internalizantes dos filhos. Com isso, avaliou-se a pertinência de um modelo de mediação, apoiado teoricamente nos princípios da Terapia de Aceitação e Compromisso, tendo como hipóteses: 1. A relação entre depressão, ansiedade, estresse parental e os problemas de internalização dos adolescentes é mediada pela inflexibilidade psicológica, desregulação emocional e parentalidade mindful dos pais; 2. Quanto maior a depressão, ansiedade e estresse parental, maiores serão os níveis de comportamentos internalizantes dos filhos; 3. Quanto maiores os níveis de depressão, ansiedade e estresse dos pais, maiores serão as dificuldades de regulação emocional e inflexibilidade parental e, por sua vez, serão maiores os níveis de comportamento internalizantes dos filhos. O estudo utilizou o delineamento observacional com um recorte transversal, examinando nos integrantes da amostra a presença ou ausência dos fatos, participando 231 mães/madrastas ou pais/padrastos de adolescentes, maiores de 18 anos, residentes com adolescentes de 12 a 18 anos. Os pesquisados responderam a um survey on-line contendo um questionário sociodemográfico e as escalas de Interpersonal Mindfulness in Parenting Scale (IMP), Depression, Anxiety and Stress Scale-21 (DASS-21), Acceptance and Action Questionnaire-II (AAQ-II), Difficulties in Emotion Regulation Scale (DERS) e Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ). Os resultados demonstraram uma relação direta entre os sintomas de depressão, ansiedade e estresse dos pais com os comportamentos internalizantes dos filhos. O Mindful parenting mediou a relação entre depressão, ansiedade e estresse dos pais com os sintomas internalizantes dos filhos, por outro lado, a inflexibilidade psicológica e desregulação emocional dos pais não atuaram como mediadores nessa relação. No entanto, houve uma correlação positiva entre os comportamentos internalizantes dos filhos e os processos de desregulação emocional e inflexibilidade psicológica dos pais, bem como o mindful parenting foi negativamente correlacionado às demais variáveis. Assim, esses resultados contribuem para a compreensão de como essas variáveis se articulam, bem como para o avanço dos estudos de intervenções com mães e pais de adolescentes, ampliando o conhecimento e as possibilidades da área. Esta dissertação, alinha-se aos trabalhos desenvolvidos pelo Núcleo de Estudos em Avaliação Psicológica e Intervenções Comportamentais (NaPsic - UFCSPA) e a Linha de Pesquisa de Fatores de risco e de proteção ao desenvolvimento de psicopatologias em adolescentes e adultos.
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Suplementação de zinco nas doenças hepáticas: revisão sistemática e metanálise
(2021-08-21) Diglio, Daniela Capelli; Tovo, Cristiane Valle; Fernandes, Sabrina Alves; Programa de Pós-Graduação em Medicina: Hepatologia
A deficiência de zinco tem sido associada com o pior prognóstico das doenças hepáticas crônicas, e a suplementação de zinco pode ser relevante para a melhora dos sintomas relacionados a estas doenças. O objetivo desta revisão sistemática com metanálise é avaliar o papel do zinco no manejo das doenças hepáticas crônicas. Métodos: Realizou-se uma busca nas bases de dados MEDLINE, Lilacs, Embase e Cochrane CENTRAL (último acesso em agosto de 2018), sem limitação de data e idioma. Os dados foram coletados por dois investigadores independentes para as seguintes variáveis: desenho do estudo, idade, sexo dos participantes e o tipo de doença hepática crônica. Foram selecionados ensaios clínicos randomizados que avaliaram pacientes com doença hepática crônica de qualquer etiologia que utilizaram suplementação de zinco. Foram excluídos os estudos com outros desenhos metodológicos ou que avaliaram outras doenças que não as hepáticas. Resultados: Dentre os 1315 estudos, 13 preencheram os critérios de inclusão. A qualidade metodológica dos estudos identificados foi considerada baixa, já que a maioria não descreveu todos os parâmetros necessários. Seis avaliaram o tratamento da hepatite crônica C, sendo estimado um risco relativo (RR) de 0,83 (IC de 95% 0,64-1,07; I 2 26%) para a obtenção da resposta virológica sustentada, indicando a ausência de efeito protetor da suplementação de zinco. Três estudos avaliaram a resposta ao tratamento da encefalopatia hepática (EH), sendo observada uma elevação média de 28,67 mg/dL no nível sérico de zinco no grupo suplementado quando comparado ao grupo não suplementado (IC de 95% 15,6-42,19; I 2 87%). Houve melhora clínica da EH, resultando em um RR de 0,66 para o desfecho de EH, favorecendo o grupo que recebeu a suplementação com zinco. Dentre os 4 estudos que avaliaram a suplementação de zinco em cirróticos, a metanálise foi possível de ser realizada em 3 estudos, evidenciando um aumento significativo no nível sérico de zinco no grupo suplementado. Dois estudos avaliaram o efeito da suplementação do zinco no nível sérico de albumina, não revelando diferença entre os grupos. Houve diminuição na progressão para carcinoma hepatocelular (p=0,355), melhora no escore de Child-Pugh, nos níveis de bilirrubina, menor incidência de ascite e diminuição nos níveis de amônia (p=0,0114) no grupo que recebeu suplementação com zinco. As formulações mais utilizadas foram polaprezinc, sulfato de zinco, gluconato de zinco e acetato de zinco. Conclusão: Há escassez de estudos de boa qualidade metodológica que avaliem a eficácia da suplementação de zinco nas doenças hepáticas crônicas. Os estudos não são precisos quanto à dosagem e tipo de formulação utilizada, necessitando mais estudos que comprovem a eficácia da suplementação de zinco nas doenças hepáticas crônicas.
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Perfil nutricional de escolares de duas cidades no Rio Grande do Sul
(2024-09-09) Pedroso, Daniele Lauck; Wendland, Eliana Márcia da Ros; Programa de Pós-Graduação em Pediatria: Atenção à Saúde da Criança e ao Adolescente
Introdução: Nos últimos anos, o Brasil tem testemunhado uma mudança significativa nos padrões alimentares e de saúde, marcada por uma redução na desnutrição e um aumento alarmante na prevalência de sobrepeso e obesidade entre crianças e adolescentes. Esse fenômeno, conhecido como transição epidemiológica nutricional, reflete as transformações nas condições de vida e nas escolhas alimentares ao longo do tempo. Com disparidades socioeconômicas evidentes e uma economia em desenvolvimento, o país enfrenta desafios complexos na saúde pública, especialmente no que diz respeito à obesidade infantil. Diante desse contexto, compreender o perfil nutricional das novas gerações torna-se crucial para a formulação de políticas eficazes de saúde pública. Objetivo: Avaliar o perfil antropométrico de escolares do Rio Grande do Sul. Método: Foi realizado um estudo transversal com base escolar em escolas municipais de Estância Velha e Nova Bassano, no Rio Grande do Sul. Foram aferidos o peso e a altura dos escolares, de acordo com procedimentos padronizados. Dados referentes ao aleitamento e variáveis sociodemográficas foram obtidos por questionário preenchido pelos pais/responsáveis. O estado nutricional foi avaliado conforme as curvas da Organização Mundial da Saúde. As variáveis quantitativas foram descritas por média e desvio padrão e as qualitativas por frequências absolutas e relativas. Para comparar médias entre as duas cidades, o teste t-student foi aplicado. Na comparação de proporções, o teste qui-quadrado em conjunto com a análise dos resíduos ajustados foi utilizado. O nível de significância adotado foi de 5% (p<0,05) e as análises foram realizadas no programa Statistical Package for the Social Sciences versão 28.0. Resultados: O estudo revelou diferenças significativas em diversos aspectos relacionados à saúde e nutrição infantil. Em Estância Velha, observou-se uma maior prevalência de obesidade infantil, associada a uma menor escolaridade do chefe de família e à pertença à classe social DE. Além disso, houve um menor tempo de amamentação nesse município, com associação significativa entre não amamentação e amamentação por 1 a 3 meses. Em contraste, Nova Bassano apresentou melhores indicadores de saúde, com uma prevalência menor de obesidade e um padrão alimentar mais saudável, caracterizado por um consumo maior de alimentos in natura e minimamente processados. Essas discrepâncias destacam a importância de políticas públicas voltadas para a promoção da saúde e nutrição infantil, especialmente em áreas com maior vulnerabilidade socioeconômica. Conclusão: Os resultados destacam a transição nutricional entre os estudantes de Estância Velha e Nova Bassano, refletindo a tendência nacional com aumento do excesso de peso e redução da desnutrição. Embora o estudo apresente limitações, como variações locais e restrições metodológicas, enfatiza-se a importância de intervenções específicas para cada contexto. É essencial implementar programas de promoção da saúde adaptados, com foco na educação alimentar, atividades físicas e envolvimento familiar no combate à obesidade infantil. Recomenda-se pesquisas mais abrangentes, incluindo estudos longitudinais e análises detalhadas dos determinantes sociais da saúde, para embasar estratégias futuras.
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Avaliação da dinâmica da epidemia de COVID-19 pela inferência de carga viral de SARS-CoV-2 na cidade de Porto Alegre
(2024-09-23) Silva, Larissa Rocha da; Pasqualotto, Alessandro Comarú; Programa de Pós-Graduação em Patologia
Introdução: A infeção por SARS-CoV-2 já causou mais de 6,6 milhões de mortes em todo o mundo e seu modelo de transmissão foi estabelecido. No entanto, são necessários mais estudos sobre a relação entre as ondas epidemiológicas da COVID-19 e a carga viral do SARS-CoV-2. Neste sentido, este trabalho avaliou o impacto da carga viral do SARS-CoV-2 nas ondas de positividade da COVID-19. Objetivo do estudo: Avaliar a dinâmica da epidemia por meio do cycle threshold (Ct), de amostras admitidas para testagem SARS-CoV-2 por RT-qPCR no Hospital Santa Casa de Porto Alegre, associando-o às medidas preventivas vigentes à época da pandemia. Materiais e métodos: Amostras de indivíduos com suspeita de COVID-19 foram analisadas por meio de RT-qPCR no Laboratório de Biologia Molecular do Hospital Santa Casa de Porto Alegre. Os dados epidemiológicos foram extraídos de websites da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, bem como do Estado do Rio Grande do Sul. Foram utilizadas análises wavelet com filtro de 3 dias. Resultados: Foram avaliadas 11.302 amostras positivas para COVID-19 de pacientes residentes em Porto Alegre. A maioria dos participantes da pesquisa eram do sexo feminino. Com média de idade de 44,6 anos. A mediana da carga viral relativa (CVR) foi de 9,98. Notou-se que houve uma estreita relação entre a presença de casos positivos e o aumento da carga viral. O espectro de potência local revelou que as correlações positivas foram amplificadas com valores de carga viral relativa acima de 600, enquanto apresentaram baixa correlação com valores inferiores de CVR. Essas correlações foram potencializadas dentro de uma janela de até 3 dias, exercendo influência durante períodos prolongados, mesmo diante de eventos extremos associados aos picos pandêmicos. Essa influência perdurou, em média, por aproximadamente 16 a 32 dias. O período de ocorrência com mais energia foi de 8 dias, dominando estes espectros. Um resultado geral da análise wavelet é que entre os dados de CVR houve influência média de 32 dias de ciclos de ocorrência. Foi realizada análise de CVR filtrado de alta frequência, mostrando que a série temporal apresenta um padrão alternado de valores altos e baixos de CVR resultante da alta variância de CVR em 3 dias. Conclusão: A carga viral relativa de SARS-CoV-2 não conseguiu prever as ondas de positividade de COVID-19 devido à mutação genética do vírus, o que resultou em novas variantes. Houve períodos de alta CVR, em que a transmissão ocorreu em até 32 dias, e períodos de baixo CVR, em que a transmissão ocorreu em até 16 dias.