Extração e caracterização de células tronco mesenquimais de tecidos humanos de descarte (pele e limbo esclerocorneal) e análise da sinalização purinérgica

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2017
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Resumo
A córnea é um tecido avascular transparente que proporciona proteção e apresenta propriedades de refração para a estrutura interna do olho. A pele humana não é apenas o maior órgão do corpo, mas também constitui-se em um dos mais complexos e importantes para a proteção contra agressões externas. Ambos tecidos atuam como uma barreira contra agentes externos, podendo ser físicos, químicos, patogênicos ou microbianos. Devido à alta taxa de pacientes com patologias da pele e córnea, como queimaduras, inflamação e cicatrização de feridas, reforça a importância de terapias alternativas para o tratamento dessas patologias. Tanto a córnea como a pele apresentam populações de células tronco mesenquimais (MSCs) com capacidade de auto-renovação, proliferação e potencial de diferenciação multi-linhagem e, por causa deste potencial, têm sido consideradas como uma fonte de células para o seu uso em medicina regenerativa, engenharia de tecidos e outras aplicações em dermatologia e oftalmologia, cujo mecanismo ainda está sob investigação. Tem-se demonstrado que os nucleotídeos extracelulares têm efeitos biológicos nas MSCs, alterando a proliferação, migração, diferenciação e apoptose. Portanto, mais informações sobre estes processos são cruciais para compreender a fisiologia destas células para o estabelecimento de futuras aplicações clínicas utilizando o seu potencial de diferenciação, mas sem efeitos secundários indesejáveis. Neste trabalho foram isoladas MSCs de tecido esclerocorneal e de pele humana, ambos considerados materiais de descarte, e foi demonstrado o seu potencial de diferenciação multi-linhagem e a expressão de marcadores mesenquimais. Foram avaliadas a expressão de ectoenzimas, a atividade enzimática de degradação de nucleotídeos extracelulares e o metabolismo de ATP extracelular em células mesenquimais isoladas da derme (D-MSCs) e do limbo esclerocorneal (L-MSCs). As DMSCs e L-MSCs hidrolisaram baixos níveis de ATP extracelular e altos níveis de AMP, levando ao acúmulo de adenosina que pode regular a inflamação e o reparo tecidual. Além disso, demonstraram uma baixa atividade das nucleotídeo pirofosfatases/fosfodiesterases. Estas células expressaram mRNA para ENTPD1, 2, 3, 5 e 6, NPP1 e 2 o que corresponde com a atividade enzimática observada. Deste modo, considerando a degradação de ATP, as L-MSCs são muito semelhantes às D-MSCs. Assim, as células limbais podem ser outra fonte de MSCs a serem estudadas em modelos pré-clínicos e estudos potencialmente clínicos.
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Palavras-chave
Células Mesenquimais, Derme, Limbo Esclerocorneal, ATP, Adenosina, Ectoenzimas, Regeneração Tecidual, [en] Dermis, [en] Adenosine Triphosphate, [en] Adenosine
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