Desenvolvimento e saúde mental infantil: Intervenção com agentes comunitários de saúde no contexto da atenção básica

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Data
2018
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Editor Literário
Resumo
Esta dissertação é composta por dois artigos, que abordam a temática da saúde mental e do desenvolvimento infantil no contexto da Atenção Básica (AB). O primeiro deles trata-se de um artigo revisão integrativa da literatura, que teve como objetivo caracterizar as ações voltadas à saúde mental infantil no contexto da AB, a partir de uma revisão integrativa da literatura brasileira (2006-2017). Para tal, buscas foram realizadas a partir das bases de dados LILACS, SciELO e do Portal BVS. Usando-se termos descritores registrados e não registrados no DeCS, foram identificados, respectivamente, 436 e 247 entradas. Após avaliação dos registros a partir dos critérios de inclusão e exclusão elencados, foram selecionados 13 artigos. Para a análise desse corpus, criou-se um protocolo descritivo, organizado a partir de três eixos temáticos: 1) Caracterização das demandas em saúde mental infantil para a AB; 2) Ações e intervenções de saúde mental infantil realizadas na AB; e 3) Dificuldades e proposições para a implementação das ações em saúde mental infantil na AB. Os resultados indicaram, como principais ações relativas à saúde mental na infância, desempenhadas pelos profissionais de saúde, a identificação de problemas e encaminhamento para especialidades. Também foram identificadas intervenções de caráter local ou em parcerias com instituições de ensino. No entanto, apesar de a AB ser considerada pelos profissionais como um importante campo de atuação em saúde mental, a revisão apontou necessidade de maiores investimentos, sobretudo, em relação à formação profissional e organização do trabalho. O segundo artigo, de natureza empírica, teve como objetivo descrever a avaliação de agentes comunitários de saúde (ACS) de Porto Alegre acerca de uma formação sobre desenvolvimento infantil e indicadores de risco. A formação foi organizada a partir de dois módulos (teórico e prático) e foi oferecida a ACS atuantes na zona norte de Porto Alegre. Para analisar a avaliação dos 13 participantes sobre a formação, realizou-se uma análise temática dos relatos de dois grupos focais. Estes foram organizados após o término de cada módulo e tiveram duração de aproximadamente 90 minutos. Na análise emergiram três temas: Metodologia da formação, Dificuldades encontradas e Repercussões da formação. Os participantes referiram a existência de recursos metodológicos que auxiliaram na compreensão do conteúdo, como a articulação teoria-prática e a acessibilidade da linguagem usada no material. Dificuldades foram referidas sobretudo em relação à complexidade do instrumento abordado na formação (IRDI – Indicadores Clínicos de Risco para o Desenvolvimento Infantil) e às condições e organização do trabalho para a utilização desse instrumento. Mudanças na compreensão sobre o desenvolvimento infantil, na direção de um olhar mais integral do processo, foram citadas como a principal repercussão da formação sobre o trabalho dos ACS. Espera-se que o conhecimento construído e as discussões realizadas a partir dessa experiência de formação e da revisão de literatura possam inspirar os profissionais de saúde a atentar, em suas intervenções, para um sujeito integral, sobretudo na infância.
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Psicologia e Saúde, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Atenção Primária à Saúde, Saúde Mental, Desenvolvimento Infantil, [en] Primary Health Care, [en] Mental Health, [en] Child Development
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