Ototoxicidade induzida pela exposição a agrotóxicos: estudo em modelo animal

dc.contributor.advisorDallegrave, Elianept_BR
dc.contributor.advisor-coMachado, Márcia Salgadopt_BR
dc.contributor.authorReis, Aléxia dospt_BR
dc.date.accessioned2023-01-19T20:03:03Z
dc.date.accessioned2023-10-09T19:00:40Z
dc.date.available2023-01-19T20:03:03Z
dc.date.available2023-10-09T19:00:40Z
dc.date.date-insert2023-01-19
dc.date.issued2021
dc.descriptionTese (Doutorado)-Programa de Pós-Graduação em Patologia, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.pt_BR
dc.description.abstractIntrodução: O uso de agrotóxicos isolados e em combinação é muito comum na agricultura, bem como na saúde pública a fim de combater vetores de doenças e na medicina veterinária para eliminar ectoparasitas. Embora diversas pesquisas já tenham apontado os impactos negativos na saúde de indivíduos expostos a tais substâncias, a ototoxicidade secundária a organofosforados e piretróides, classes de agrotóxicos muito utilizados, ainda é pouco explorada, sendo necessários novos estudos para estabelecer se há nexo-causal e possíveis mecanismos de toxicidade. Objetivos: Avaliar os efeitos do organofosforado (OF) diclorvós, do piretróide (PIR) cipermetrina e da associação de ambos na função auditiva de ratos por meio de emissões otoacústicas produto de distorção (EOAPDs) e potenciais evocados auditivos de tronco encefálico (PEATE). Material e Métodos: dois projetos foram realizados. No primeiro estudo, 36 ratos Wistar foram divididos entre 3 grupos (12 ratos/grupo): controle negativo (água), controle positivo para lesão auditiva (8 mg/kg de cisplatina) e grupo experimental (associação de 1,48 mg/L de diclorvós e 0,25 mg/L de cipermetrina; OF + PIR). A exposição ocorreu de forma inalatória por 4 h, 5 vezes por semana, durante 6 semanas (grupos controle negativo e exposição). O grupo controle positivo recebeu cisplatina via intraperitonial durante 3 dias consecutivos, 24 h antes da eutanásia. Foram avaliadas emissões otoacústicas evocadas produto de distorção e variáveis de toxicidade sistêmica (massa corporal, sinais clínicos, níveis de colinesterase plasmática e massa relativa dos órgãos). No segundo estudo, 25 ratos foram divididos em cinco grupos (5 ratos/grupo): controle negativo (água), controle positivo para lesão auditiva (8 mg/kg de cisplatina), OF (1,48 mg/L), PIR (0,25mg/L) e grupo OF + PIR (associação de 1,48 mg/L de diclorvós e 0,25 mg/L de cipermetrina). A exposição ocorreu de forma inalatória por 4 h, 5 vezes por semana, durante 6 semanas (grupos controle negativo, OF, PIR e OF + PIR). O grupo controle positivo recebeu cisplatina via intraperitonial durante 3 dias consecutivos, 24 h antes da eutanásia. Foram avaliadas emissões otoacústicas evocadas produto de distorção, PEATE e variáveis de toxicidade sistêmica (massa corporal, sinais clínicos, níveis de colinesterase plasmática e massa relativa dos órgãos). Resultados: No primeiro estudo, não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos nos parâmetros de massa corporal, sinais clínicos ou nos níveis de colinesterase plasmática. Houve redução de amplitudes das EOAPDs no grupo experimental. No segundo projeto, não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos nos parâmetros de massa corporal, sinais clínicos ou nos níveis de colinesterase plasmática. O grupo cisplatina apresentou redução na mediana das amplitudes das EOAPDs pós exposição em 4 kHz, 10 kHz e 12 kHz. O grupo PIR apresentou redução na mediana das amplitudes das EOAPDs pós exposição em 6 kHz e 8 kHz e no grupo OF + PIR houve redução em 12 kHz. No teste PEATE, o grupo cisplatina apresentou uma mediana maior bilateralmente quando comparado ao grupo controle negativo. À esquerda, o grupo OF + PIR apresentou mediana menor quando comparado ao grupo controle positivo para lesão auditiva. O grupo OF+ PIR apresentou bilateralmente resultados similares ao grupo controle negativo (água). Conclusão: Houve ototoxicidade secundária à exposição aos agrotóxicos avaliados por EOAPD e PEATE, sem toxicidade sistêmica relevante.pt_BR
dc.description.abstract-enIntroduction: The use of pesticides alone and in combination is very common in agriculture, as well as in public health in order to combat disease vectors and in veterinary medicine to eliminate ectoparasites. Although several studies have already pointed out the negative impacts on the health of individuals exposed to such substances, ototoxicity secondary to organophosphates and pyrethroids, classes of widely used pesticides, is still little explored. Further studies are needed to establish whether there is a causal link and possible mechanisms of toxicity. Aim of study: To evaluate the effects of organophosphate (OF) dichlorvos, pyrethroid (PIR) cypermethrin and their association on the auditory function of rats through distortion product otoacoustic emissions (DPOAEs) and brainstem electric response audiometry (BERA). Materials and methods: Two projects were carried out. In the first study, 36 Wistar rats were divided into 3 groups (12 rats/group): negative control (water), positive control for hearing damage (8 mg/kg of cisplatin) and experimental group (association of 1.48 mg/L of dichlorvos and 0.25 mg/L of cypermethrin; OP + PYR). The animals were exposed subchronically by inhalation for 4 hours, 5 times a week, during 6 weeks (negative control and exposure groups). The positive control group received intraperitoneal cisplatin for 3 consecutive days, 24 hours before euthanasia. Distortion product otoacoustic emissions and systemic toxicity variables (body mass, clinical signs, plasma cholinesterase levels and relative organ mass) were evaluated. In the second study, 25 rats were divided into five groups (5 rats/group): negative control (water), positive control for hearing damage (8 mg/kg of cisplatin), OP (1.48 mg/L), PYR (0.25 mg/L) and OP + PYR group (association of 1.48 mg/L of dichlorvos and 0.25 mg/L of cypermethrin). The animals were exposed subchronically by inhalation for 4 hours, 5 times a week, during 6 weeks (negative control, OP, PYR and OP + PYR groups). The positive control group received intraperitoneal cisplatin for 3 consecutive days, 24 hours before euthanasia. Distortion product otoacoustic emissions, BERA and systemic toxicity variables (body mass, clinical signs, plasma cholinesterase levels and relative organ mass) were evaluated. Results: In the first study, there was no statistically significant difference in body mass parameters, clinical signs, or plasma cholinesterase levels in the experimental group. There was a reduction in DPOAEs amplitudes in the experimental group. In the second project, there was no statistically significant difference in body mass parameters, clinical signs, or plasma cholinesterase levels in the experimental groups. The cisplatin group presented lower DPOAEs medians post exposure in 4 kHz, 10 kHz and 12 kHz. The PYR group had lower amplitudes in 6 kHz and 8 kHz and the association group showed lower amplitudes in 12 kHz. At BERA test on both ears, the cisplatin group presented a higher median when compared to the water group. On the left, the association group had lower median in relation to the cisplatin group. Bilaterally the association group presented similar means to the water group. Conclusion: There was secondary ototoxicity to the exposure of the evaluated pesticides assessed by DPOAEs and BERA, without relevant systemic intoxication.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufcspa.edu.br/handle/123456789/1938
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.relation.requiresTEXTO - Adobe Readerpt_BR
dc.rightsAcesso Aberto Após Período de Embargopt_BR
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/*
dc.subjectToxicologiapt_BR
dc.subjectAudiologiapt_BR
dc.subjectAgrotóxicospt_BR
dc.subjectRatospt_BR
dc.subject[en] Toxicologypt_BR
dc.subject[en] Audiologypt_BR
dc.subject[en] Agrochemicalspt_BR
dc.subject[en] Ratspt_BR
dc.titleOtotoxicidade induzida pela exposição a agrotóxicos: estudo em modelo animalpt_BR
dc.typeTesept_BR
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