Mapas inteligentes na atenção primária à saúde: percurso metodológico

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Data
2023
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Editor Literário
Resumo
Para que as equipes que atuam na Atenção Primária à Saúde possam atingir seu potencial resolutivo é necessário adotar estratégias que permitam definir os serviços a serem ofertados, de forma que sejam compatíveis com as necessidades e demandas de saúde da população adscrita. Os mapas e os procedimentos de mapeamento podem ser considerados como instrumento de análise, interpretação, comunicação e construção de cenários. O mapeamento do território a partir de uma metodologia participativa surge como uma alternativa para possibilitar maior envolvimento da equipe no processo de territorialização. Este trabalho tem como objetivo geral desenvolver os mapas inteligentes do território e propôs o mapeamento participativo do território adstrito à uma Unidade de Saúde da Família (localizada no interior do estado do Rio Grande do Sul) visando a apropriação da equipe de Saúde da Família acerca da totalidade do território sob sua responsabilidade. A abordagem utilizada foi qualitativa do tipo pesquisa ação. Participaram do estudo os profissionais da equipe de Saúde da Família da ESF 3 Macedo. A coleta de dados foi realizada em 4 fases. Na primeira fase foi feita a apresentação da pesquisa aos participantes do estudo, bem como a realizada a validação do planejamento com eles. Na segunda fase foi realizada atualização dos cadastros das famílias e reconhecimento do território adstrito à ESF 3 Macedo. Na terceira fase a pesquisadora organizou uma planilha para cada microárea com os dados das famílias do território adstrito à ESF 3 Macedo e obteve os mapas atualizados do território da ESF. Já na quarta fase, de posse das planilhas contendo informações das famílias com cadastros atualizados e dos mapas do território, foram realizadas oficinas com os profissionais da ESF3 Macedo. Estas oficinas tiveram como objetivo a definição do território em mapas atualizados e levantamento das características da comunidade. Após a análise dos dados, estes foram organizadas nos seguintes itens: território: conceito, caracterização, potencialidades, fragilidades; mapeamento participativo: dificuldades e facilidades e potencial uso dos mapas. A equipe ao desenvolver os mapas inteligentes, teve que se debruçar sobre o território, levantando e identificando os limites do mesmo, os determinantes sociais da saúde presentes e os dados das pessoas que nele habitam. Isto possibilitou que a equipe de saúde da família se apropriasse das caraterísticas do seu território adstrito, bem como de sua população, tendo nos mapas uma representação da realidade encontrada, que pode facilmente ser revisitada a cada planejamento. Neste estudo observou-se o protagonismo do profissional Agente Comunitário de Saúde na relação território e unidade de saúde. A partir deste estudo desenvolveu-se um roteiro para realização de oficinas que visa auxiliar as equipes de Saúde da Família (eSF) a confeccionar e/ou atualizar os mapas do seu território através de um processo de mapeamento participativo envolvendo a equipe como um todo e elaborando mapas inteligentes que possam melhor representar o território adstrito.
Descrição
Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Saúde da Família, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
Palavras-chave
Atenção Primária à Saúde, Estratégia de Saúde da Família, Territorialização, Mapeamento participativo, Mapa, [en] Primary Health Care, [en] National Health Strategies, [en] Territorialization, [en] Participatory mapping, [en] Map
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