Prevalência de resistência aos antimicrobianos e diversidade genética de Streptococcus pneumoniae isolados de doença invasiva e não invasiva

dc.contributor.advisorDias, Cícero Armídio Gomes
dc.contributor.authorMott, Mariana Preussler
dc.date.accessioned2016-10-17T17:50:58Z
dc.date.accessioned2023-10-09T13:59:19Z
dc.date.available2016-10-17T17:50:58Z
dc.date.available2023-10-09T13:59:19Z
dc.date.date-insert2016-10-17
dc.date.issued2016
dc.descriptionDissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.pt_BR
dc.description.abstractAs infecções causadas pelo Streptococcus pneumoniae são um problema de saúde pública em todo o mundo, acometendo principalmente os extremos das idades. Com o intuito de controlar a doença pneumocócica várias formulações da vacina contra o pneumococo foram desenvolvidas. Apesar da vacina ter diminuído as taxas de doença pneumocócica, após a sua implementação foi observado um aumento da doença causada por sorotipos não vacinais, relacionado com a emergência principalmente do sorotipo 19A, tornando o manejo das infecções um problema, pois este sorotipo está associado à resistência aos antimicrobianos. Como a vacina PCV10 foi recentemente introduzida em nosso País (2010), há poucos estudos demostrando a epidemiologia local das infecções pneumocócicas e do perfil de suscetibilidade após os novos critérios estabelecidos pelo CLSI (Clinical and Laboratory Standards Institute). Assim o objetivo deste trabalho foi primeiramente avaliar o perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos em 159 isolados provenientes de Doença Pneumocócica Invasiva (DPI), identificados logo após a introdução da vacina, durante o período de 2010-2012, além de verificar os sorotipos mais frequentes. Posteriormente devido ao aumento observado de isolados pertencentes ao sorotipo 19A, principalmente durante o ano de 2014, foi determinada a prevalência deste sorotipo durante o período de 2008-2014 recuperados de doença invasiva e não invasiva, assim como o perfil de suscetibilidade e perfil genotípico através de técnicas moleculares de MLVA (Multiple-Locus Variable Number Tandem Reapeat) e MLST (Multi Locus Sequence Type). Os isolados foram provenientes de três hospitais de Porto Alegre, RS. Os pneumococos foram sorotipados utilizando a metodologia de multiplex-PCR e/ou Quellung, a presença dos genes que conferem resistência aos macrolídeos (mefA e ermB) foram determinados por duplex-PCR e para determinar a Concentração Inibitória Mínima (MIC) utilizou-se fitas de E-test. Em relação aos 159 isolados pertencentes ao período de 2010-2012 identificou-se 33 diferentes tipos capsulares. A taxa de não suscetibilidade aos ß-lactâmicos, como penicilina e ceftriaxona, foi baixa ficando restrita aos sorotipos 14 e 19A. A resistência a eritromicina foi de 8,2% e o gene mefA foi o determinante genético de resistência aos macrolídeos mais frequente. A não suscetibilidade a sulfametoxazol-trimetoprim e tetraciclina foi de 37,7% e 22%, respectivamente. Ao comparar os anos pré e pós PCV-10 foi observado à emergência do sorotipo não vacinal 19A no período pós-vacinal. Assim foram estudados 38 isolados deste sorotipo, sendo que 3,46% dos isolados pertenciam ao período pré-vacinal, ocorrendo um aumento significativo para 8,10% no período pós-vacinal (p = 0,04196). Considerando apenas os anos pós-PCV10 houve um aumento significativo de 1,24% em 2011 para 18,51% em 2014 (p=0,00001). Comparando os dois períodos, também ocorreu um aumento da não suscetibilidade aos antimicrobianos, principalmente associada com a emergência da ST320. A não suscetibilidade para sulfametoxazol-trimetoprim eritromicina e tetraciclina foi de 80,7%, 74,2% e 48,4%, respectivamente. O gene ermB estava associado com os maiores MICs para a eritromicina, entretanto o gene mefA estava presente na maioria dos isolados (75,8%). Estudos como este são de extrema importância por que podem auxiliar na tomada de decisão clínica, pois muitas vezes a antibioticoterapia é realizada de forma empírica, além de auxiliar em uma possível substituição da vacina que atualmente é disponibilizada para a população.pt_BR
dc.description.abstract-enInfections caused by Streptococcus pneumoniae are a global public health problem, affecting mainly infants and elders. Several formulations of the vaccine against pneumococcus have been developed to control pneumococcal disease. Although the vaccine has reduced pneumococcal disease rates, an increase in the disease caused by non-vaccine serotypes after its implementation was observed, mainly due to the emergence of serotype 19A. The management of infections is a problem as this serotype is associated with antimicrobial resistance. The PCV10 vaccine was recently introduced in Brazil (2010), and there have been few studies demonstrating the local epidemiology of pneumococcal infections and susceptibility profile after the new breakpoints established by CLSI (Clinical and Laboratory Standards Institute). This study aims at evaluating the susceptibility profile of 159 isolates from invasive pneumococcal disease (IPD), identified soon after the introduction of the vaccine in 2010-2012, apart from identifying the most common serotypes. Subsequently due to an increase in serotype 19A isolates, mainly in 2014; we determined the prevalence of this serotype from 2008 to 2014 recovered from invasive and non-invasive sites, as well as the susceptibility and genotypic profile through MLVA (Multiple-Locus Variable Number Tandem Repeat) and MLST (Multi Locus Sequence Type). The isolates were obtained from three hospitals in Porto Alegre, southern Brazil. Isolates were serotyped using a multiplex PCR and/or Quellung reaction. 33 different serotypes were obtained from the 159 isolates between 2010 and 2012. Non-susceptibility rate to ß-lactam, such as penicillin and ceftriaxone, were low, mainly associated to serotypes 14 and 19A. Resistance to erythromycin occurred in 8.2% and the mefA gene was the most common macrolide genetic determinant. Non-susceptibility to trimethoprim-sulfamethoxazole and tetracycline was 37.7% and 22.0%, respectively. Comparing the pre- and postPCV10 periods an emergence of the 19A non-vaccine serotype was observed in the post vaccine period. Therefore we studied 38 isolates of this specific serotype, of which 3.46% of the isolates belonged to the pre-vaccine period, and a significant increase in the post-vaccine period (8.10%) was observed when comparing both periods (p=0.04196). In the post-PCV10 period a significant increase from 1.24% in 2011 to 18.51% in 2014 (p=0.00001) was observed. In the post-PCV10 period an increase in non-susceptibility to antimicrobials was found, mainly associated with the emergence of the ST320 MLST genotype. Non-susceptibility to trimethoprimsulfamethoxazole, erythromycin and tetracycline was 80.7%, 74.2% and 48.4%, respectively. The ermB gene was associated to higher MICs, on the other hand the mefA gene was present in most isolates (75.8%). Studies like this are extremely important as they can assist in clinical decisions as, often, antibiotic therapy is performed empirically, and they can also aid in providing evidence for a possible replacement for the vaccine that is currently available for the population.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufcspa.edu.br/handle/123456789/313
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.relation.requiresAdobe Readerpt_BR
dc.rightsAcesso Aberto Imediato*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/*
dc.subjectStreptococcus pneumoniaept_BR
dc.subjectSuscetibilidade a Doençaspt_BR
dc.subjectSorotipo 19Apt_BR
dc.subjectSorogrupopt_BR
dc.subjectPCV10pt_BR
dc.subject[en] Disease Susceptibilityen
dc.subject[en] Serogroupen
dc.titlePrevalência de resistência aos antimicrobianos e diversidade genética de Streptococcus pneumoniae isolados de doença invasiva e não invasivapt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
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