Os efeitos da telereabilitação sobre a capacidade física e funcional nas fraturas traumáticas segmentares

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2023-12-11
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Resumo
Introdução: Diante da presença crescente das tecnologias em todos os âmbitos da vida em sociedade, alternativas para a prestação de serviços na área da saúde de maneira remota (síncrona ou assíncrona) têm feito, cada vez mais, parte da realidade profissional do fisioterapeuta. Dessa forma, conhecer a tecnologia e saber aplicá-la a favor dos profissionais nas diferentes condições de saúde, se torna necessário. Objetivo: A presente pesquisa buscou compreender os efeitos da telereabilitação sobre a capacidade física e funcional de indivíduos com fraturas traumáticas segmentares (de membros superiores e membros inferiores). Métodos: Para tanto, realizaram-se 2 revisões sistemáticas com metanálise: uma sobre fraturas de membros inferiores (encontrando-se apenas estudos com fraturas de quadril) e outra sobre fraturas de membros superiores. As buscas foram realizadas em 6 bases de dados: PubMed, PEDro, LILACS, Science Direct, Cochrane Central e Embase; não houveram restrições ao idioma ou ao período das publicações. Foram incluídos apenas Ensaios Clínicos Randomizados (ECR) com pelo menos 2 grupos: 1 telereabilitação e 1 grupo controle ou comparação. Foram avaliados os riscos de viéses pela Escala PEDro e a certeza da evidência dos desfechos pela GRADE. Resultados: A revisão sistemática de membros inferiores (fraturas de quadril) encontrou 5 estudos, totalizando 324 pacientes e evidenciando, com baixa certeza da evidência, resultados favoráveis ao grupo controle em relação a parâmetros de capacidade funcional (Harris Hip Score-HHS; e Medida de Independência Funcional – MIF) e de capacidade física (Short Physical Performance Battery – SPPB), sendo esse último com moderada certeza da evidência. A capacidade física mensurada através do Teste Time Up and Go (TUG) apresentou resultados favoráveis à telereabilitação, com baixa certeza da evidência, tanto imediatamente após o tratamento, quanto no follow up a curto prazo (3 a 4 semanas). Na revisão sistemática de membros superiores foram encontrados 3 estudos, totalizando 830 pacientes e evidenciando imediatamente após o tratamento moderada certeza da evidência, resultados estes favoráveis ao grupo telereabilitação em relação a parâmetros de capacidade funcional (QuickDASH) e percepção de dor (EVA). A força de preensão palmar apresentou resultados favoráveis ao grupo controle, com moderada certeza da evidência. No follow up de médio prazo (2 a 5 meses pós intervenção), os resultados demonstraram-se favoráveis à telereabilitação, com baixa certeza da evidência, para capacidade física (força de preensão palmar) e dor, com moderada certeza, para capacidade funcional (QuickDASH). Conclusão: Sendo assim, conclui-se que a telereabilitação parece ter efeitos positivos na capacidade física e funcional de indivíduos com fraturas traumáticas segmentares, apresentando resultados mais favoráveis, com maior certeza da evidência, nas fraturas de membros superiores.
Descrição
Tese (Doutorado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Telerreabilitação, Telemedicina, Capacidade Física, Capacidade Funcional, Extremidade Superior, Extremidade Inferior, Fisioterapia, [en] Telerehabilitation, [en] Telemedicine, [en] Upper Extremity, [en] Lower Extremity, [en] Physiotherapy
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