Critérios cardiometabólicos, síndrome metabólica e composição corporal associados à MASLD

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Data
2023
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Editor Literário
Resumo
Introdução: Doença hepática esteatótica associada à disfunção metabólica (MASLD) é a mais frequente causa de doença crônica hepática em todo mundo e é a principal causa de morbidade e mortalidade relacionadas ao fígado. A obesidade, a distribuição de gordura e a composição corporal, assim como o comprometimento do metabolismo da glicose, a hipertensão arterial e a dislipidemia aterogênica são fatores de risco para MASLD. A literatura sugere que cada fator pode contribuir isoladamente ou em conjunto para a severidade da doença hepática. Objetivo: O objetivo principal deste estudo foi determinar a associação entre critérios cardiometabólicos e de composição corporal com gravidade histopatológica na MASLD. Métodos: Estudo transversal prospectivo com pacientes atendidos no ambulatório de um hospital terciário do Sul do Brasil. Foram incluídos indivíduos com idade ≥ 18 anos, com MASLD confirmado por biopsia hepática. A coleta ocorreu durante consultas nutricionais, oportunidade em que foram reunidos dados clínicos e referentes aos hábitos de vida. Aferiram-se parâmetros antropométricos e bioimpedância elétrica, para a avaliação da composição corporal. Aplicou-se testes T student, Mann-Withney, para comparar proporções, os testes qui-quadrado de Pearson ou exato de Fisher e correlação de Pearson e Spearman para análise de dados. Resultados: Avaliaram-se 62 pacientes com idade média de 58,04±8,9 anos, com IMC médio de 33,3±5,4kg/m². Hipertensão arterial foi diagnosticada em 80,6% (n=50), 75,8% (n=47) eram diabéticos e 72,6% (n=45) dislipidêmicos. Síndrome metabólica foi identificada em 83,9% (n=53). Risco para sarcopenia foi identificado em 95%(n=59). Na comparação entre níveis de esteatose hepática e variáveis, observou-se que pacientes com pressão arterial aumentada ou hipertensão, a prevalência de balonização foi significativamente maior (p=0,019), apresentaram maior massa gorda (p=0,054) e fibrose moderada/intensa/cirrose (p=0,063). O IMC tendeu a ser maior nos pacientes com balonização (p=0,062). A Síndrome Metabólica foi associada à prevalência de fibrose moderada/intensa/cirrose (p=0,003). Aqueles com risco para sarcopenia apresentaram IMC significativamente mais elevado do que os que não apresentavam risco (p=0,003). Conclusão: A esteatose hepática intensa correlacionou-se com o critério cardiometabólico de pressão aumentada ou HAS e diagnóstico de Síndrome metabólica. Os pacientes com maior IMC e massa gorda também apresentaram maior severidade da doença. Em acréscimo, o risco para sarcopenia foi identificado na maior parte dos indivíduos sendo o risco associado a maiores valores de IMC.
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Medicina: Hepatologia, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Síndrome Metabólica, Sarcopenia, Esteato-Hepatite, BIA, HAS, [en] Metabolic Syndrome, [en] Sarcopenia, [en] Steatohepatitis
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