Sintomas psicofuncionais em bebês de mães jovens: relação com características maternas e contextuais

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Data
2017
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Resumo
Esse estudo objetivou avaliar e identificar sintomas psicofuncionais (SP) em bebês (seis a 18 meses) de mães jovens (14 a 24 anos), verificando a ocorrência conforme os tipos, de acordo com o instrumento Symptom CheckList (ROBERT-TISSOT ET AL., 1989). Além disso, buscaram-se examinar possíveis diferenças e, também, o papel preditorde aspectos da saúde mental materna (ansiedade – BAI, depressão – MINI-Plus, BDI-II), percepção de ajustamento conjugal (R-DAS), da qualidade do vínculo parental (PBI, tanto em relação ao pai quanto à mãe), do suporte familiar (IPSF) e dos dados sociodemográficos, considerando-se tanto a presença quanto a ausência de sintomas nos bebês. Assim, realizaram-se dois trabalhos: um com caráter quantitativo e outro qualitativo. No primeiro, abrangeu díades com ou sem SP. Os principais achados foram a correlação entre o EPDS e sintomas de medo e de alergia; episódio depressivo maior (MINI-Plus), fator afetivoconsistente (IPSF) e cuidado pai (PBI pai) e sintomas de comportamento; estado civil materno e sintomas de digestão e de respiração e, por fim, doenças físicas da mãe e episódio depressivo maior (MINI-Plus) e sintomas de alimentação. Além disso, algumas variáveis mostraram-se preditor significativos de sintomas dos bebês, o destaque é o EPDS para sintomas de medos e de alergias. Tais achados refletem a riqueza da configuração da maternidade jovem associada à presença de SP, uma vez que perpassa por aspectos subjetivos da dupla, constituição fisico-biológico, características do ambiente e das condições socioeconômicas. O segundo artigo, realizado com as díades em que o bebê apresentava pelo menos um tipo de SP. Encontraram-se dois eixos de entendimento da maternidade jovem: Apoio Social e Construção da Maternidade. O Apoio Social apareceu na figura do companheiro/pai do bebê, da família e da equipe de saúde. Enquanto que na Construção da Maternidade as ideias principais das falas das mães jovens se dividiram em duas linhas de entendimento: Identidade Materna (tornar-se mãe, mudanças, modelos maternos) e Vivências da Maternidade (satisfação, dificuldades e preocupações). Constatou-se a complexidade da experiência da maternidade jovem (saúde mental materna, relacionamento conjugal e familiar, condições socioeconômicas) que, juntamente com as características únicas do seu bebê, representam um momento de transformação e de uma adaptação constante. O apoio social adequado, não apenas prático, mas também emocional, representa um fator de proteção que impacta diferente para cada mãe no processo de construção da maternidade. Estudos futuros, com variados delineamentos metodológicos, precisam explorar os motivos de surgimento e de permanência de SP em bebê de mães jovens para que intervenções precoces possam ser implementadas a fim de impedir que o crescimento e o desenvolvimento desses bebês sejam prejudicados e/ou abalados.
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Palavras-chave
Sintomas Psicofuncionais, Maternidade Jovem, Relação Mãe-Filho, Saúde Mental Maternal, Apoio Social, [en] Parenting, [en] Mother-Child Relations, [en] Mental Health, [en] Social Support
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