Avaliação audiológica em crianças com gagueira pré e pós terapia fonoaudiológica

dc.contributor.advisorZen, Paulo Ricardo Gazzola
dc.contributor.advisor-coSleifer, Pricila
dc.contributor.authorGregory, Letícia
dc.date.accessioned2023-09-21T17:38:52Z
dc.date.accessioned2023-10-09T19:00:42Z
dc.date.available2023-09-21T17:38:52Z
dc.date.available2023-10-09T19:00:42Z
dc.date.date-insert2023-09-21
dc.date.issued2021
dc.descriptionTese (Doutorado)-Programa de Pós-Graduação em Patologia, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.pt_BR
dc.description.abstractIntrodução: Gagueira é um distúrbio caracterizado por uma disruptura involuntária no fluxo e ritmo de fala, que pode estar associada a fatores neuroaudiológicos ligados ao processamento auditivo central (PAC). Os potenciais evocados auditivos de longa latência e os testes comportamentais que avaliam as habilidades do processamento auditivo central são utilizados como instrumento para avaliar o PAC em diversas populações com queixas fonoaudiológicas, assim como para investigar os possíveis efeitos da terapia fonoaudiológica. Objetivos: Descrever e analisar as respostas obtidas na avaliação eletrofisiológica e comportamental das habilidades do processamento auditivo central em crianças com gagueira pré e pós terapia fonoaudiológica. Além disso, verificar possíveis associações entre os achados audiológicos, severidade da gagueira e escala Scale of Auditory Behaviors (SAB). Material e Métodos: Participaram do estudo 18 crianças de 7 a 11 anos, de ambos os sexos, com gagueira desenvolvimental persistente de leve a grave (grupo pesquisa), e 18 crianças sem alterações de fala ou linguagem (grupo controle), pareados por sexo, idade e preferência manual. Foram realizadas avaliações das habilidades auditivas em dois momentos distintos, pré e pós intervenção, através de audiometria tonal e vocal, medidas de imitância acústica, potencial evocado auditivo de tronco encefálico, potencial evocado auditivo de longa latência (pesquisa da onda P2 e P3) e avaliação comportamental do processamento auditivo central. Também foi aplicada a escala SAB, a fim de obter informações qualitativas relacionadas ao PAC. As crianças com gagueira foram submetidas a terapia fonoaudiológica de PAC semanalmente, durante 6 meses e 12 crianças retornaram para reavaliação. Resultados: Na amostra estudada, as crianças com gagueira apresentaram maiores valores de latência das ondas P2 e P3 e menores valores de amplitude de P3 em comparação aos seus pares fluentes. Além disso, apresentaram pior desempenho nos testes comportamentais do PAC. Houve associação entre severidade da gagueira e aumento da latência das ondas P2 e P3, bem como associação entre pontuação no SAB e latência das ondas P2 e P3. Após terapia fonoaudiológica, as crianças com gagueira apresentaram diminuição de latência e aumento de amplitude da onda P3, assim como melhor desempenho nos testes comportamentais do PAC. Conclusão: Crianças com gagueira apresentam pior desempenho nas avaliações eletrofisiológicas e comportamentais do processamento auditivo central quando comparadas a crianças fluentes, indicando dificuldade nas habilidades atenção auditiva, detecção e discriminação de um estímulo acústico, memória auditiva, resolução temporal, de figura-fundo, separação binaural, discriminação de duração, ordenação temporal, reconhecimento de sons verbais em escuta monótica e dicótica. Essas habilidades podem ser melhoradas com a terapia fonoaudiológica e a evolução do processo terapêutico pode ser monitorada por meio dos potenciais evocados auditivos de longa latência.
dc.description.abstract-enIntroduction: Stuttering is a disorder characterized by an involuntary disruption in the flow and rhythm of speech, which may be associated with neuroaudiological factors linked to central auditory processing (CAP). Long latency auditory evoked potentials and behavioral tests that assess central auditory processing skills have been used as an instrument to assess CAP in different populations with speech-language complaints, as well as to investigate the possible effects of speech-language therapy. Aim of study: To describe and analyze the responses obtained in the electrophysiological and behavioral assessment of central auditory processing skills in children who stutter before and after speech therapy. Furthermore, to verify possible associations between audiological findings, stuttering severity and Scale of Auditory Behaviors (SAB). Materials and methods: The study included 18 children aged 7 to 11 years, of both sexes, with mild to severe persistent developmental stuttering (research group), and 18 children without speech or language disorders (control group), matched by sex, age and manual preference. Assessments of auditory skills were performed at two different times, pre and post intervention, through tonal and vocal audiometry, acoustic immittance measures, brainstem auditory evoked potential, long latency auditory evoked potential (P2 and P3 wave research) and behavioral assessment of central auditory processing. The SAB scale was also applied in order to obtain qualitative information related to the PAC. Children who stutter were submitted to speech therapy with a focus on auditory training weekly for 6 months and 12 children returned for reassessment. Results: In the studied sample, children who stutter had longer latency values for waves P2 and P3 and shorter amplitude values for P3 compared to their fluent peers. In addition, they performed worse in the CAP behavioral tests. There was an association between stuttering severity and increased latency of P2 and P3 waves, as well as an association between SAB scores and latency of P2 and P3 waves. After speech therapy, children who stutter presented decreased latency and increased P3 amplitude, as well as better performance in the CAP behavioral tests. Conclusion: Children who stutter show worse performance in electrophysiological and behavioral assessments of central auditory processing when compared to fluent children, indicating difficulty in auditory attention skills, detection and discrimination of an acoustic stimulus, auditory memory, temporal resolution, figure-ground resolution, binaural separation, duration discrimination, temporal ordering and verbal sound recognition in monotic and dichotic listening. These abilities can be improved with speech therapy and the evolution of the therapeutic process can be monitored through long latency auditory evoked potentials.
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufcspa.edu.br/handle/123456789/2268
dc.language.isopt_BR
dc.relation.requiresTEXTO - Adobe Reader
dc.rightsAcesso Aberto Imediatopt_BR
dc.subjectGagueira
dc.subjectPotencial Evocado P300
dc.subjectAudição
dc.subjectCriança
dc.subjectPotenciais evocados
dc.subject[en] Stutteringen
dc.subject[en] Event-Related Potentials, P300en
dc.subject[en] Hearingen
dc.subject[en] Childen
dc.subject[en] Evoked Potentialsen
dc.titleAvaliação audiológica em crianças com gagueira pré e pós terapia fonoaudiológica
dc.typeTese
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