Fatores relacionados à necessidade de analgesia em pós-operatório de biópsias hepáticas

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Data
2020
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Editora
Wagner Wessfll
Editor Literário
Resumo
Introdução: Os procedimentos orientados por métodos de imagem são realizados em volume crescente, tanto como adjuntos quanto substitutos de cirurgias. Os eventos adversos desses procedimentos são relacionáveis a planejamento inadequado e comunicação não efetiva entre membros da equipe e o operador ou entre o operador e o paciente. A biópsia hepática, um dos procedimentos ambulatoriais mais realizados na atualidade, carece de protocolos definidos sobre avaliação, profilaxia ou tratamento da dor, em parte devido à relativa falta de estudos dedicados ao tema. Objetivos: Analisar as características epidemiológicas e específicas dos procedimentos e correlacioná-las com a necessidade e o tipo de analgesia utilizada no pós-operatório de biópsias hepáticas orientadas por ecografia, bem como a incidência de demais complicações. Determinar a incidência de complicações maiores na população estudada. Material e Métodos: Foi realizada uma análise retrospectiva de 1042 biópsias hepáticas realizadas entre 2012 e 2018. Os dados coletados incluíram dor detectada na sala de recuperação, analgesia utilizada, indicação do procedimento, lobo puncionado, idade e sexo do paciente. O protocolo institucional indicava orientações e reavaliação para dor leve (1-3 segundo Escala Visual Analógica), analgésicos simples para dor moderada (4-6 segundo EVA) e opióides para dor importante (7-10 segundo Escala Visual Analógica). Resultados: as indicações foram principalmente doença difusa (89.9%), principalmente no seguimento de hepatite C (47%) e suspeita de NASH (38%). Dor com necessidade de analgesia ocorreu em 8% dos procedimentos. Mulheres demandaram analgesia em 10.5% das vezes, enquanto homens, em 5.9% (p<0.05). Não houve diferença estatisticamente significativa na necessidade de analgesia em relação à idade, lobo hepático puncionado ou indicação por doença nodular versus difusa. Os analgésicos mais utilizados foram dipirona (75.9%), seguido de paracetamol (16.4%) e associação com opióides (7.6%). Conclusão: esse é um procedimento seguro e bem tolerado, sendo que há espaço para a proposição e adoção de práticas padronizadas no rastreio e tratamento da dor em pacientes submetidos a biópsia hepática ambulatorial.
Descrição
Tese (Doutorado)-Programa de Pós-Graduação em Patologia, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Radiologia Intervencionista, Biópsia Guiada por Imagem, Dor Pós-Operatória, Manejo da Dor, Hepatopatias, [en] Radiology, Interventional, [en] Image-Guided Biopsy, [en] Pain, Postoperative, [en] Pain Management, [en] Liver Diseases
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