Desenvolvimento de um extrato hidroetanólico das folhas de Plantago australis (Kunth) Rahn padronizado em verbascosídeo e determinação de sua segurança toxicológica

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Data
2016
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Resumo
Introdução: Plantago australis Kunth (Rahn) (Plantaginaceae) é uma planta perene da América Latina, muito encontrada no sul do Brasil e popularmente conhecida como “tansagem”. Suas folhas e sementes são usadas no tratamento de diversas doenças e sintomas, e sua composição fitoquímica inclui inúmeros metabólitos, e dentre eles, o verbascosídeo tem sido amplamente estudado. Pouco se sabe ainda sobre a segurança toxicológica de ambos. Objetivos: O presente estudo teve o objetivo de desenvolver um extrato hidroetanólico das folhas de P. australis, através de planejamentos experimentais, utilizando extração por ultrassom e o verbascosídeo como marcador. Em seguida, foi determinada a segurança toxicológica do extrato e do verbascosídeo em modelos in vitro. Material e métodos: A preparação dos extratos etanólicos (70%) das folhas de P. australis foi feita pelos métodos de extração por percolação e ultrassom. A extração pelo ultrassom foi otimizada através de planejamentos experimentais (fatorial completo 22 e metodologia de superfície de resposta). As análises por CLAE/DAD visaram à pesquisa dos constituintes fitoquímicos aucubina, baicaleína, ácidos ursólico e oleanólico e verbascosídeo. O método de quantificação do constituinte fitoquímico presente nos extratos foi validado. A segurança toxicológica do extrato otimizado e do constituinte fitoquímico (verbascosídeo) foi avaliada por ensaios de mutagenicidade e genotoxicidade (teste de Salmonella/microssoma e ensaio cometa), citotoxicidade (MTT, NRU), além de fototoxicidade para o constituinte fitoquímico presente. XI Resultados: Análises preliminares por CLAE/DAD demonstraram a presença do constituinte verbascosídeo nos extratos produzidos. A otimização da extração de verbascosídeo pelo método de extração por ultrassom apresentou maior rendimento com o tempo de extração de 40 min e temperatura do banho-maria de 25 °C. A avaliação in vitro da segurança toxicológica revelou que tanto o extrato quanto o verbascosídeo não induzem mutagenicidade e genotoxicidade nas concentrações testadas, enquanto que a citotoxicidade só foi observada nas maiores concentrações de ambos. Além disso, o verbascosídeo não demonstrou fototoxicidade nas concentrações utilizadas no teste. Conclusão: O conjunto de resultados permitiu elaborar um extrato hidroetanólico das folhas de P. australis padronizado em verbascosídeo a 6%. Quanto à segurança toxicológica in vitro de ambos, não foram demonstradas atividades genotóxicas e mutagênicas, e a citotoxicidade foi vista apenas em concentrações elevadas, bem como o verbascosídeo não se mostrou fototóxico. Estes resultados embasam a segurança de uso do extrato hidroetanólico e do verbascosídeo.
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Patologia, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Plantago australis, Verbascosídeo, Extrato Hidroetanólico, Validação Analítica, Segurança Toxicológica
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