Prevalência e fatores associados ao encaminhamento para o serviço de fisioterapia após a alta hospitalar de fraturados por trauma de trânsito

dc.contributor.advisorSilva, Marcelo Faria
dc.contributor.advisor-coPinto, Maria Eugênia Bresolin
dc.contributor.authorRombaldi, Bruna de Magalhães
dc.date.accessioned2017-01-05T15:02:07Z
dc.date.accessioned2023-10-09T13:52:05Z
dc.date.available2017-01-05T15:02:07Z
dc.date.available2023-10-09T13:52:05Z
dc.date.date-insert2017-01-05
dc.date.issued2016
dc.descriptionDissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.pt_BR
dc.description.abstractIntrodução: Anualmente, entre 20-50 mil indivíduos apresentam lesões incapacitantes em decorrência dos acidentes de trânsito (AT) no mundo. No Brasil, em torno de 300 mil pessoas ao ano apresentam lesões graves. Objetivos: Descrever a prevalência e fatores associados ao encaminhamento para o serviço de fisioterapia após a alta hospitalar de fraturados em decorrência de trauma de trânsito, além de descrever as prevalências de acesso ao serviço de fisioterapia e retorno ao trabalho após a alta hospitalar. Metodologia: Foi realizado estudo transversal de caráter descritivo e associativo com acidentados, oriundos do setor de traumatologia de hospital público de referência de Porto Alegre. A coleta de dados foi realizada através de questionário e foi estruturada em dois momentos. Na primeira etapa, ao longo de quatro meses, buscou-se no sistema do hospital, fraturados por AT com idade maior ou igual a 18 anos para aplicação da primeira entrevista, a qual coletou informações socioeconômicas, relativas ao acidente, à lesão e ao momento de internação hospitalar. Na segunda etapa, um mês após a alta hospitalar, realizou-se contato telefônico para aplicação da segunda entrevista, sendo verificado o acesso ao serviço de fisioterapia, bem como, o retorno às atividades de trabalho. Após checagem da consistência dos dados, utilizou-se análise descritiva e de associação. Na análise bruta foram utilizados os testes de Qui-quadrado de Pearson e de tendência linear para verificar a associação do desfecho com as variáveis independes do estudo. Na análise ajustada utilizou-se Regressão de Poisson, respeitando o modelo hierárquico de relações entre as variáveis. O nível de significância considerado foi de p<0,05. Resultados: Participaram da primeira etapa da pesquisa 150 indivíduos acidentados no trânsito, os quais eram predominantemente do sexo masculino (83%). A maioria tinha entre 18-43 anos (70,7%), encontrava-se na categoria econômica C (55%) e aproximadamente, 70% era motociclista. Na segunda etapa da coleta de dados foram incluídos 136 acidentados, verificando-se que apenas 19% foram encaminhados para fisioterapia após a alta e efetivamente 9,6% tiveram acesso ao serviço; entretanto, menos da metade realizou fisioterapia através do Sistema Único de Saúde. Adicionalmente, verificou-se que 6% dos acidentados retornaram ao trabalho em até 30 dias após a alta hospitalar. Os resultados ainda apontaram que os motociclistas apresentaram 52% menor probabilidade de serem encaminhados para a fisioterapia após a alta hospitalar (p=0,03) e conforme foi aumentando o período de internação hospitalar aumentou a probabilidade de encaminhamento para o serviço após a alta (p=0,02). Conclusão: O encaminhamento para fisioterapia após a alta ocorreu em aproximadamente um quinto dos AT e em torno de um acidentado a cada dez teve efetivamente acesso ao serviço. Apenas 6% retornaram à produtividade nos primeiros 30 dias após a alta hospitalar. Além disto, o encaminhamento para a fisioterapia esteve associado positivamente ao tempo de internação e aos não motociclistas. Os resultados apresentados são preocupantes, de modo que o não encaminhamento para fisioterapia intensificará as incapacidades físicas e funcionais, contribuindo assim para um maior período de afastamento, com o consequente aumento dos custos com a perda de produtividade no país.pt_BR
dc.description.abstract-enIntroduction: In the world from 20 to 50 thousand people show disability in consequence of traffic accidents (TA) every year. In Brazil, nearly 300,000 people present severe injuries every year. Objectives: To describe the prevalence and associated factors of medical referral to physiotherapy service after hospital discharge of fractured people due to TA; in addition, the study aimed to describe the prevalence of access to physiotherapy service and return to work after hospital discharge. Methods: A descriptive and associative cross-sectional study was carried out with subjects hospitalized in a department of trauma of a public referral hospital of Porto Alegre, southern Brazil. Data collection was conducted using a questionnaire and carried out in two stages. In the first one, a search for TA fractured people aged 18 years old or higher was conducted during four months. After the screening, the first interview was applied, when variables related to socioeconomic status, the accident, injury and hospitalization time were collected. The second stage was carried out one month after hospital discharge using a telephone call. In the second interview, variables related to access to physiotherapy service and to the return to work activities were collected. After the checking for data consistency, descriptive and associative analysis were carried out. Pearson chi-square and linear tendency tests were used to check the association with the independent variables in unadjusted analysis. In the adjusted analysis, Poisson regression was carried out, using a hierarchical model of relationships between variables. The significance level was p<0.05. Results: In the first stage of the study, 150 casualties of TA answered the questionnaire and most was male (83.3%), between 18-43 years (70.7%), intermediate economic level (55.3%) and motorcyclist (70.0%). In the second interview, 136 injured individuals were included. It was verified that only 19% of the sample was referred to physiotherapy service after hospital discharge and only 9.6% had access to it; however, less than half did physiotherapy using the Unified Health System. In addition, it was found that 6% of the injured people returned to work within 30 days after hospital discharge. The results also showed that the motorcyclists were 52% less likely to be referred to physiotherapy service after hospital discharge (p = 0.03) and, the longer the hospital stay, the more likely to be referred to physiotherapy (p=0.02). Conclusion: The referral to physiotherapy service after hospital discharge occurred in only one in five casualties and about one in ten actually had access to the service. Only 6% returned to work in the first 30 days after hospital discharge. In addition, the referral was positively associated to hospitalization time and to non-motorcyclists. The results shown are of great concern, as the lack of medical referral to physiotherapy service will intensify the physical and functional impairment, contributing to a greater period of absence from work and hence increasing the costs of loss of productivity in the country.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufcspa.edu.br/handle/123456789/441
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.relation.requiresAdobe Readerpt_BR
dc.rightsAcesso Aberto Imediato*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/*
dc.subjectAcidentes de Trânsitopt_BR
dc.subjectSaúde Públicapt_BR
dc.subjectSistema Único de Saúdept_BR
dc.subjectFerimentos e Lesõespt_BR
dc.subjectReabilitaçãopt_BR
dc.subject[en] Accidents, Trafficen
dc.subject[en] Public Healthen
dc.subject[en] Unified Health Systemen
dc.subject[en] Wounds and Injuriesen
dc.subject[en] Rehabilitationen
dc.titlePrevalência e fatores associados ao encaminhamento para o serviço de fisioterapia após a alta hospitalar de fraturados por trauma de trânsitopt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
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