Marcha e mobilidade funcional em indivíduos com Doença de Parkinson e Freezing da marcha: fatores intervenientes

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2019
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Resumo
Indivíduos com doença de Parkinson (DP) podem apresentar prejuízos na marcha com dupla tarefa, especialmente quando acompanhada do congelamento ou freezing da marcha. Além disso, biomarcadores relacionados à neuroinflamação e plasticidade parecem estar alterados nesta população, embora ainda não se saiba se existe uma relação entre eles e os prejuízos na marcha. Este estudo traz à tona três questões: (1) A qualidade do movimento (suavidade), durante o teste Timed Up and Go (TUG), poderia estar relacionada com pior desempenho funcional e gravidade da doença em indivíduos com DP e freezing da marcha? (2) A amplitude de movimento (ADM) dos membros inferiores parece estar reduzida durante a marcha com dupla tarefa em comparação a marcha simples, mas em qual fase da marcha? (3) Existe relação entre biomarcadores (para inflamação, neuroplasticidade e estresse) e deficiências da marcha com dupla tarefa em indivíduos com DP e freezing da marcha após dois anos de acompanhamento? Para responder as questões acima mencionadas, três estudos foram realizados: (1) Avaliação da suavidade do movimento durante o TUG por meio de um sensor inercial em sujeitos com DP e freezing da marcha; (2) Avaliação da marcha com dupla tarefa em relação à marcha simples na ADM dos membros inferiores por meio de um sistema de análise de movimento 3D em indivíduos com DP e freezing da marcha; (3) Evolução e relação entre biomarcadores (para inflamação, neuroplasticidade e estresse) e parâmetros de marcha com dupla tarefa após dois anos em indivíduos com DP e freezing da marcha. Em relação aos resultados do primeiro artigo, a suavidade do movimento reduziu significativamente durante o teste TUG em indivíduos com DP e freezing da marcha quando comparados com indivíduos sem DP. Os valores de suavidade também foram correlacionados com os parâmetros clínicos da doença. No segundo artigo, a ADM dos joelhos e tornozelos na marcha com dupla tarefa foi reduzida quando comparada com a marcha simples. Essas reduções foram observadas em períodos específicos da marcha: balanço pré/inicial e terminal. Por fim, não foram encontrados sinais de progressão da doença após dois anos de seguimento, seja em parâmetros da marcha com dupla tarefa (velocidade, comprimento do passo e variabilidade de marcha) ou nos níveis sanguíneos de marcadores relacionados com neuroplasticidade (BDNF) e estresse (cortisol). Todavia, foram observadas modificações nos níveis de TGF-Β e IL-4 (citocinas anti-inflamatórias) que poderia indicar um aumento da inflamação após dois anos. Este estudo explora a relação entre biomarcadores, sintomas clínicos e motores e contribui para a compreensão de novas estratégias em indivíduos com DP e freezing da marcha.
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Doença de Parkinson, Mobilidade Funcional, Análise de Marcha, Amplitude de Movimento Articular, Dupla Tarefa, Estudos de Coorte, [en] Statistical Parametric Mapping, [en] Parkinson Disease, [en] Gait Analysis, [en] Range of Motion, Articular, [en] Cohort Studies
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