Caracterização fenotípica e genotípica de Staphylococcus aureus com hetero-resistência à vancomicina (hVISA) em isolados de Santa Catarina

dc.contributor.advisord'Azevedo, Pedro Alves
dc.contributor.advisor-coCordova, Caio Mauricio Mendes de
dc.contributor.authorSilveira, Alessandro Conrado de Oliveira
dc.date.accessioned2016-10-14T20:12:55Z
dc.date.accessioned2023-10-09T16:32:21Z
dc.date.available2016-10-14T20:12:55Z
dc.date.available2023-10-09T16:32:21Z
dc.date.date-insert2016-10-14
dc.date.issued2014
dc.descriptionTese (Doutorado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.pt_BR
dc.description.abstractStaphylococcus aureus é um dos principais agentes de infecções comunitárias e infecções relacionadas à assistência em saúde (IRAS). Em estudo multicêntrico SENTRY, conduzido em hospitais brasileiros entre os anos de 2005 a 2008, S. aureus aparece como principal agente de infecção da corrente sanguínea (20,2 %), principal agente das infecções de pele e tecidos moles (28,1 %) e segundo agente mais comum de pneumonia em pacientes hospitalizados (24,9 %). Destes, aproximadamente 30 % eram resistentes à meticilina (MRSA). O objetivo deste estudo foi avaliar a epidemiologia molecular dos MRSA isolados em Santa Catarina, assim como detectar a prevalência de S. aureus com hetero-resistência à vancomicina (hVISA). Foram utilizados 124 isolados clínicos de MRSA, obtidos de vários sítios anatômicos, de pacientes atendidos em três hospitais em Florianópolis e um hospital em Blumenau, todos localizados no estado de Santa Catarina, região sul do Brasil. As amostras foram colhidas entre novembro de 2009 e outubro de 2012. Apenas um isolado por paciente foi considerado. O perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos foi avaliado pela técnica de disco difusão e determinação da concentração inibitória mínima (CIM) por Etest. Também foram utilizadas quatro metodologias de triagem para hVISA (pré-difusão, ágar screening com 4 µg/mL de vancomicina, macro Etest e Etest GRD). A confirmação do fenótipo hVISA foi realizada através da análise de perfil de populações-área sob a curva (PAP-AUC). O perfil epidemiológico foi obtido através da caracterização dos tipos de cassette cromossômico estafilocócico (SCCmec) e da análise da similaridade genética por eletroforese de campo pulsado (PFGE). Os agentes antimicrobianos que demonstraram menores taxas de resistência foram a tetraciclina (20,02 %), sulfazotrim (20,02 %) e cloranfenicol (12,9 %). Não foi detectada resistência à vancomicina, teicoplanina, daptomicina, linezolida e tigeciclina. O SCCmec predominante foi do tipo III (54 %), seguido pelo tipo II (21,8 %). Vinte e seis complexos clonais foram encontrados, mas sem evidência de disseminação clonal. Dos 124 MRSA testados, doze foram confirmados como hVISA por PAP-AUC, com uma prevalência de 9,7 %. Entre as metodologias testadas para triagem, a que apresentou melhor sensibilidade foi o ágar screening com BHI (90,9 %) e o Etest GRD demonstrou a melhor especificidade (97,3%). Trata-se da primeira descrição confirmada de hVISA no Brasil. Apesar da baixa prevalência de MRSA no estado de Santa Catarina, os isolados mostraram uma semelhança com outros estudos brasileiros, com uma predominância de SCCmec do tipo III (associado ao ambiente hospitalar) e taxas de resistência similares aos perfis epidemiológicos. Os complexos clonais detectados apresentaram uma grande diversidade de tipos de SCCmec. Veirificou-se que não há predomínio de um único clone. Como as cidades de Florianópolis e Blumenau estão separadas por 120 quilômetros e os isolados foram colhidos por um período de três anos, não foram encontrados significativa relação epidemiológica entre os complexos clonais. Com relação ao fenótipo hVISA, concluímos que sua detecção é um desafio para o laboratório de microbiologia clínica e a prevalência deve estar subestimada. É fundamental para a escolha correta do antimicrobiano e a mudança da vancomicina por outro fármaco, como a linezolida ou daptomicina.pt_BR
dc.description.abstract-enStaphylococcus aureus is a major agent of community-acquired infections and related health care infections. SENTRY conducted a multicenter study in Brazilian hospitals during 2005 to 2008 and found that S. aureus was the main agent of bloodstream infections (20.2%), the main agent of infections of skin and soft tissue (28.1%) and the second most common agent of pneumonia in hospitalized patients (24.9%). Of these, approximately 30% were resistant to methicillin (MRSA). The aim of the study was to assess the epidemiology of MRSA isolated in Santa Catarina and to detect the prevalence of S. aureus with hetero-resistance to vancomycin (hVISA). We used 124 clinical isolates of MRSA obtained from various anatomical sites from patients in three hospitals in Florianópolis and a hospital in Blumenau, all located in the state of Santa Catarina in southern Brazil. Samples were collected from November 2009 to October 2012. One isolate per patient was evaluated. The profile of antimicrobial susceptibility was evaluated by disc diffusion technique and determination of minimum inhibitory concentration (MIC) by Etest, as well as screening for hVISA by four techniques (pre-diffusion, agar screening, macromethod Etest and Etest GRD). Confirmation of hVISA phenotype was performed by population analysis profile-area under the curve (PAP-AUC). The epidemiologic profile was traced through the characterization of SCCmec types and evaluation of genetic similarity by pulsed field gel electrophoresis (PFGE). The antimicrobial agents that demonstrated lower rates of resistance were tetracycline (20.2%), sulfamethoxazole-trimethoprim (20.2%) and chloramphenicol (12.9%). We did not detect resistance to glycopeptides, daptomycin, linezolid and tigecycline. The predominant type was SCCmec type III (54%), followed by type II (21.8%). 26 clonal complexes were detected without evidence of clonal spread. Of the 124 MRSA isolates tested, 12 were confirmed as hVISA by PAP-AUC, a prevalence of 9.7%. Among the methodologies tested for screening, which showed better sensitivity was agar screening with BHI (90.9%) and the Etest GRD showed the best specificity (97.3%). This study is the first description of hVISA in Brazil. Despite the low prevalence of MRSA in the state of Santa Catarina, the isolates were consistent with other Brazilian studies, with a predominance of SCCmec type III and rates of antimicrobial resistance similar to the epidemiological profile. The clonal complexes had a wide variety of mobile genetic elements, and there was no substantial prevalence of a particular clone. As the cities of Florianopolis and Blumenau are separated by approximately 120 kilometers and the isolates were collected during a period of three years, there was no significant epidemiological relationship between clonal complexes. We conclude that the detection of hVISA isolates remains a challenge for clinical microbiology laboratories, and the prevalence of hVISA may be underestimated. This finding is essential to select the correct antibiotic therapy and replace vancomycin with a different drug such as linezolid or daptomycin.pt_BR
dc.description.sponsorshipCNPq, Capespt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufcspa.edu.br/handle/123456789/303
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.relation.requiresAdobe Readerpt_BR
dc.rightsAcesso Aberto Imediato*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/*
dc.subjectStaphylococcus aureuspt_BR
dc.subjectStaphylococcus aureus Resistente à Meticilinapt_BR
dc.subjectResistência a Vancomicinapt_BR
dc.subject[en] Methicillin-Resistant Staphylococcus aureusen
dc.subject[en] Vancomycin Resistanceen
dc.titleCaracterização fenotípica e genotípica de Staphylococcus aureus com hetero-resistência à vancomicina (hVISA) em isolados de Santa Catarinapt_BR
dc.typeTesept_BR
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