O foco de atenção altera o aprendizado motor no teste de flexão craniocervical? Um ensaio controlado randomizado

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Data
2019
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Resumo
O objetivo do presente estudo foi averiguar os efeitos de três diferentes focos de atenção (foco interno, foco externo e foco misto) no aprendizado motor do teste de flexão craniocervical. Foram coletados dados de ativação muscular dos flexores superficiais de pescoço, amplitude de movimento craniocervical e desempenho do teste de flexão craniocervical em três momentos diferentes: imediatamente após a alocação na intervenção (imediato), após um período de treinamento (pós-treino) e após uma semana sem treinamento (retenção). Noventa voluntários sem experiência na tarefa treinaram o controle motor craniocervical usando o foco de atenção conforme alocação após randomização. A instrução induziu foco misto (i.e. ‘focar tanto no manômetro quanto no próprio pescoço’), foco interno (i.e. ‘focar apenas no próprio pescoço’), ou foco externo (i.e. ‘focar apenas no laser projetado no teto’). Não houve diferença entre os grupos nos dados de ativação muscular e amplitude de movimento craniocervical. Na avaliação imediata, o grupo foco misto apresentou melhores resultados no desempenho do teste de flexão craniocervical quando comparado o foco externo (DM 0.87, 95%IC 0.20 a 1.53) e foco interno (DM 1.43, 95%IC 0.77 a 2.10). Após o treinamento, o grupo foco de atenção misto foi superior ao grupo foco externo (DM 1.6, 95%IC 0.82 a 2.38) e ao grupo foco interno (DM 2.71, 95%IC 1.93 a 3.50) na variável e desempenho no teste de flexão craniocervical. Foco externo obteve valores maiores de desempenho no teste de flexão craniocervical que foco interno (DM 1.12, 95%IC 0.33 a 1.90) no post-treino. Durante a avaliação no momento retenção o grupo de foco misto se manteve superior ao foco externo (DM 2.32, 95%IC 1.69 a 2.96) e foco interno (DM 1.47, 95%IC 0.83 a 2.10) no desfecho desempenho no teste de flexão craniocervical, bem como o grupo foco externo se manteve superior ao foco interno (DM 0.86, 95%IC 0.22 a 1.49). Em pacientes inexperientes e sem dor não houve diferença na ativação muscular e amplitude de movimento cervical após treinamento com diferentes focos de atenção. Contudo, o uso de foco de foco misto se demonstrou superior ao uso de foco externo e interno para desempenho do teste de flexão craniocervical.
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Craniocervical, Pescoço, Flexores Profundos, Foco de Atenção, Foco Externo, Feedback Extrínseco, [en] Neck, [en] Feedback
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