Cubossomas de Monoleína para entrega de Temozolomida e silenciamento de Nek4 como estratégias terapêuticas para superar a resistência tumoral do glioblastoma
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Data
2025-06-24
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Editor Literário
Resumo
O câncer é uma importante preocupação de saúde pública devido a sua complexidade e impacto social. Entre os tumores do sistema nervoso central, os gliomas — especialmente o glioblastoma (GBM) — são agressivos e apresentam baixa taxa de sobrevivência, mesmo com os tratamentos padrão de cirurgia, radioterapia e quimioterapia. O GBM é difícil de tratar devido a sua localização no cérebro e à resistência às terapias convencionais. O tratamento atual com temozolomida (TMZ) e radioterapia enfrenta desafios pela resistência das células tumorais. Assim, há necessidade urgente de novas estratégias terapêuticas para melhorar o prognóstico dos pacientes. A proteína Nek4 surge como um alvo promissor, pois regula mitose, senescência, resposta a danos no DNA e função mitocondrial. Além disso, novos sistemas de liberação de fármacos (DDS), como os cubossomas de monoleína, têm sido estudados para melhorar a entrega, eficácia e segurança da TMZ. Este estudo desenvolveu e caracterizou cubossomas de monoleína com e sem TMZ, avaliando a citotoxicidade na linhagem de glioblastoma U87-WT e investigando o potencial terapêutico da Nek4. Os cubossomas foram analisados por DLS e cryo-TEM. Células U87 com knockout de Nek4 (Nek4-KO) foram construídas e validadas por qRT-PCR. Ensaios de citotoxicidade foram realizados utilizando: cubossomas brancos e carregados com TMZ em células de glioblastoma U87-WT; os agentes indutores de dano ao DNA, TMZ e zeocina, em células U87-WT e Nek4-KO; e, adicionalmente, a presença ou ausência de Spautin-1 em células U87-WT. A presença de TMZ aumentou a polidispersidade e agregação dos cubossomas. Cubossomas brancos e carregados mostraram citotoxicidade dependente de tempo e dose, com janela terapêutica estreita. O pré-tratamento com Spautin-1 sensibilizou as células WT à TMZ e zeocina, efeito ligado à inibição de Nek4 e autofagia. Embora o knockout de Nek4 não tenha alterado o IC50 , ensaios de viabilidade indicaram respostas diferentes ao longo do tempo, sugerindo mecanismos compensatórios. Esses resultados destacam a importância de estratégias moleculares e nanotecnológicas para combater a quimiorresistência no glioblastoma e apoiam o desenvolvimento de terapias direcionadas a Nek4.
Descrição
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Biomedicina, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Glioblastoma, Quinases Relacionadas a NIMA, Cubossomas, [en] Glioblastoma, [en] NIMA-Related Kinases, [en] Cubosomes