Avaliação funcional do assoalho pélvico em atletas e sua relação com a incontinência urinária

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Data
2017
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Resumo
Exercícios físicos baseados em treinamentos de alta intensidade vêm ganhando notoriedade ao longo dos últimos anos. As mulheres que aderem a estas modalidades esportivas frequentemente referem sintomas de incontinência urinária, podendo estar relacionados com uma disfunção no assoalho pélvico. O objetivo deste estudo foi avaliar esta musculatura em praticantes de um exercício de alta intensidade e em sedentárias, correlacionando os dados com sintomas urinários. As participantes eram jovens saudáveis e nulíparas, divididas em mulheres ativas e sedentárias. Todas responderam uma anamnese inicial, além do ICIQ-SF para acessar a prevalência de incontinência urinária. O assoalho pélvico foi avaliado através de palpação vaginal e eletromiografia de superfície. Os dados foram analisados utilizando testes paramétricos e não-paramétricos conforme apropriado, sendo considerado um nível de significância de 5% (p≤0,05). Participaram do estudo 41 mulheres, das quais 21 (51,22%) eram sedentárias e 20 (48,78%) ativas. A idade média da amostra foi 26,59±3,55 e o IMC foi 23,72±2,97. A prevalência de incontinência urinária na amostra foi de 34,1%, diferença estatisticamente significativa entre os grupos (9,5% das sedentárias; 60% das mulheres ativas; p<0,001). De acordo com estes dados, as mulheres ativas apresentaram um risco de prevalência seis vezes maior de desenvolver incontinência urinária quando comparadas às sedentárias. Com relação às avaliações com palpação vaginal e eletromiografia, não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos (p=0,168 para força do assoalho pélvico à palpação; p=0,069 na CVM eletromiográfica). Devido à prevalência de incontinência urinária elevada entre as mulheres ativas, parece ocorrer não somente uma fraqueza de assoalho pélvico, bem como um atraso na velocidade da contração. Em virtude disto, mulheres ativas podem apresentar uma alteração na pré-contração de assoalho pélvico em resposta ao esforço físico. Estes dados sugerem que uma contração de assoalho pélvico associada à de músculos estabilizadores do tronco possa minimizar estes sintomas durante a prática de exercícios.
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
Palavras-chave
Fisioterapia, Esportes, Exercício, Crossfit, [en] Physical Therapy Specialty, [en] Sports, [en] Exercise
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