Risco ergonômico e indicadores de saúde biopsicossocial em trabalhadores de escritório

dc.contributor.advisorRosa, Luis Henrique Telles da
dc.contributor.advisor-coLemos, Adriana Torres de
dc.contributor.authorCocco, Vanessa Michelon
dc.date.accessioned2017-10-13T18:19:58Z
dc.date.accessioned2023-10-09T13:51:16Z
dc.date.available2017-10-13T18:19:58Z
dc.date.available2023-10-09T13:51:16Z
dc.date.date-insert2017-10-13
dc.date.issued2017
dc.descriptionDissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegrept_BR
dc.description.abstractIntrodução: O trabalho faz parte da constituição ontológica dos indivíduos, mas, ao mesmo tempo, tem sido causa de adoecimento físico e psíquico. No contexto laboral, diferentes fatores de natureza física, cognitiva, organizacional e psicossocial, interagem constantemente e exercem impactos na saúde e no bem-estar ocupacional. Objetivo: Descrever prevalência de dor musculoesquelética (DME) em trabalhadores de escritório e investigar sua associação com risco ergonômico, qualidade de vida (QV), satisfação no trabalho e estresse no trabalho. Metodologia: Estudo transversal, com amostra selecionada por critério de conveniência, de trabalhadores de escritório de uma empresa localizada na cidade de Porto Alegre, RS. Foram coletados dados de caracterização sociodemografica, informações relacionadas ao trabalho e dados antropométricos. Para avaliação das demais variáveis foram utilizados os seguintes instrumentos, validados e traduzidos para o português: Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (Nordic musculoskeletal questionnaire) para avaliar dor musculoesquelética; método RULA (Rapid Upper Limb Assessment) e questionário Job Factors Questionare (JFQ), ambos para avaliar risco ergonômico; questionário WHOQOL-bref para a QV; questionário Job Satisfaction Survey para a satisfação no trabalho; e o instrumento Job Stress Scale para avaliação do estresse. Resultados: Constituíram a amostra 131 trabalhadores com idade média de 32,39 ± 7,71 anos, sendo 50,4% (n=66) homens, com maiores ocorrências de DME em pescoço (47,5%) e lombar (43,7%). Verificamos trabalhadores com alta demanda psicológica no trabalho (47,3%), baixo controle sobre o trabalho (56,5%) e baixo apoio social (55%), além de trabalhadores indiferentes em relação à satisfação no trabalho (28,2%), e a maioria com QV regular, em três dos quatro domínios do instrumento. Na relação entre DME e risco ergonômico, houve divergência entre a RULA e o JFQ total, com diferença estatística para dor em punhos/mãos (U=774; p=0,021; r=-0,22) e pescoço (U=1440; p=0,019; r=0,211), respectivamente, com pequeno tamanho do efeito. Já na análise das questões do JFQ, aquelas referidas as posturas corporais no trabalho, as demandas de trabalho e as pausas, se relacionaram significativamente com dor em pescoço, lombar e punhos/mãos, na percepção do trabalhador. Ausência de DME esteve associada com melhor classificação da QV, no domínio físico, diferente do psicológico, em que a presença de dor indicou piores classificações. Ainda, as variáveis satisfação no trabalho e apoio social se manifestaram como fatores de proteção para DME, de modo que trabalhadores satisfeitos, apresentaram maiores chances de não ter dor em 2,8 vezes, 3,1 vezes e 2,5 vezes em ombros (X²=6,566; p=0,010), punhos/mãos (X²=6,985; p=0,008) e lombar (X²=5,322; p=0,021), respectivamente, e aqueles com alto apoio social (X²=8,876; p=0,003) apresentaram 4,2 vezes mais chance de não ter dor em punhos/mãos. Conclusão: Com base nos achados desse estudo, é possível concluir que fatores psicossociais do ambiente de trabalho repercutem na saúde dos trabalhadores, relacionando-se a DME e estresse no trabalho. Medidas centradas no indivíduo são uma alternativa na construção de ambientes laborais mais saudáveis, embora, devam ser acompanhadas de intervenções ergonômicas.pt_BR
dc.description.abstract-enIntroduction: This work is part of the ontological constitution of individuals, however, at the same time, it has been the cause of psychological and physical sickness. Considering working context, different factors of physical, cognitive, organizational and psychosocial nature interact constantly and fulfill impacts in the working health and well-being. Objective: Describing prevalence of muskuloskeletal pain (MSP) in office workers and investigating its association with ergonomic risk, quality of life (QoL), job satisfaction and stress at work. Methodology: Cross-sectional study with sample selected by convenience criterion of office workers from a company located in Porto Alegre, RS. Sociodemographic characterization data, information related to work and anthropometric data have been collected. In order to evaluate the other variables, the following instruments, validated and translated to Portuguese have been used: Nordic musculoskeletal questionnaire to evaluate the musculoskeletal pain; RULA method (Rapid Upper Limb Assessment) and Job Factors Questionnaire (JFQ), both for evaluating ergonomic risk; WHOQOL-bref for QoL; Job Satisfaction Survey questionnaire for job satisfaction; and Job Stress Scale instrument for stress evaluation. Results: The sample was constituted by 131 workers aged at average of 32.3±7.71 years old, 50.4% (n=66) men, with major occurrence of MSP in the neck (47.5%) and lumbar (43.7%). Workers with high psychological demand at work (47.3%), low control over work (56.5%) and low social support (55%) have been verified, besides indifferent workers in relation to job satisfaction (28.2%), and the major workers with QoL regular, in three of four domains of the instrument. In the relation between MSP and ergonomic risk, there was a divergence between the RULA and the JFQ total, with statistic difference for fist/hand pain (U=774; p=0.021; r=-0.22) and neck (U=1440; p=0.019; r=0.211), respectively, with a small size of the effect. However, in the analysis of JFQ questions, the corporal postures at work, the working demands and the pauses, they are related significantly with neck, lumbar, fist/hand pain, through the worker’s perspective. Absence of MSP have been associated with better classification of QoL, in the physical domain, different from the psychological domain, in which the presence of pain indicated worse classification Furthermore, the variables job satisfaction and social support were protective factors for MSP because satisfied workers were more likely to have no pain in 2,8 times, 3,1 times and 2,5 times in shoulders (X²=6.566; p=0.010), fist/hands (X²=6.985; p=0.008) and lumbar (X²=5.322; p=0.021), respectively, and the workers who have high social support (X²=8.876; p=0.003) presented 4,2 times more chance of not having fist/hand pain. Conclusion: Based on the study’s findings, it is possible to conclude that psychological factors, considering the working environment, rebound on workers’ health, relating the MSP to stress at work. Individual-centered measures are an alternative in building healthier work environments, although they should be accompanied by ergonomic interventions.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufcspa.edu.br/handle/123456789/549
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.relation.requiresAdobe Readerpt_BR
dc.rightsAcesso Aberto Imediato*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/*
dc.subjectDor Musculoesqueléticapt_BR
dc.subjectFatores Psicossociaispt_BR
dc.subjectErgonomiapt_BR
dc.subjectSaúde Ocupacionalpt_BR
dc.subject[en] Musculoskeletal Painen
dc.subject[en] Ergonomicsen
dc.subject[en] Occupational Healthen
dc.titleRisco ergonômico e indicadores de saúde biopsicossocial em trabalhadores de escritóriopt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
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