Neuroesteroides e MicroRNAs na depressão: marcadores comportamentais e biológicos em uma abordagem pré-clínica

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2024-04-11
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Resumo
A depressão é um transtorno altamente prevalente e incapacitante de etiologia tanto ambiental quanto hereditária. Devido ao seu diagnóstico se basear na comunicação subjetiva de sintomas, há um grande esforço na busca por biomarcadores que auxiliem no diagnóstico deste e de outros transtornos associados, como o transtorno do estresse pós-traumático (TEPT). Esta busca se concentra em moléculas que participem da neurobiologia dos transtornos depressivos, que certamente envolve sistemas que vão além da teoria serotonérgica proposta a partir do mecanismo de ação dos agentes antidepressivos mais utilizados atualmente. Neuroesteroides como a alopregnanolona, proteínas neurotróficas como o BDNF e microRNAs como o miR-144-3p são algumas das classes de moléculas com relevância na neurobiologia da depressão. Este trabalho teve como objetivo avaliar o potencial de neuroesteroides, proteínas neurotróficas e microRNAs como biomarcadores de transtornos depressivos. Para isto, foram desenvolvidas três revisões de literatura, um capítulo metodológico e um manuscrito experimental apresentados neste trabalho. As revisões de literatura demonstram que a) neuroesteroides como a alopregnanolona e proteínas neurotróficas como o BDNF encontram-se reduzidos em modelos animais de depressão, mediando o aparecimento de comportamentos tipo-depressivos; b) neuroesteroides e proteínas neurotróficas são promissores candidatos a biomarcadores de transtornos depressivos e TEPT; e c) os níveis reduzidos de alopregnanolona encontrados na depressão e TEPT fazem parte da desregulação da resposta ao estresse mediada pelo eixo HPA. Subsequentemente, o processo de implementação da metodologia de cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas em tandem para a detecção da alopregnanolona e seus isômeros é descrito e os resultados parciais são apresentados. Por fim, ratos machos e fêmeas foram cruzados seletivamente com base em alta ou baixa expressão de comportamento tipo-depressivo (imobilidade no teste do nado forçado) por três gerações, recebendo na última geração tratamento com diferentes doses de fluoxetina e tendo a expressão do miR-144-3p quantificada no sangue. Os resultados encontrados demonstram um efeito tipo-antidepressivo em todos os animais, além de apontar que os níveis do microRNA 144-3p no sangue de ratos está correlacionado com comportamentos tipo-depressivos, particularmente em machos não tratados da linhagem de baixa imobilidade. Os resultados deste trabalho permitem concluir que neuroesteroides, proteínas neurotróficas e microRNAs são biomarcadores promissores de transtornos depressivos. Estudos subsequentes de validação clínica são necessários para sua eventual implementação na prática clínica.
Descrição
Tese (Doutorado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
Palavras-chave
Depressão, Biomarcadores, Neuroesteroides, Fator neurotrófico derivado do encéfalo,, MicroRNAs, Inibidores seletivos de recaptação de serotonina, [en] Depression, [en] Biomarkers, [en] Neurosteroids, [en] Brain-derived neurotrophic factor, [en] MicroRNAs, [en] Selective serotonin reuptake inhibitors
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