Prevalência e fatores associados à automutilação não suicida entre adolescentes da rede pública municipal de Montenegro/RS

dc.contributor.advisorCâmara, Sheila Gonçalvespt_BR
dc.contributor.authorMühlen, Mara Cristiane vonpt_BR
dc.date.accessioned2023-05-15T18:18:59Z
dc.date.accessioned2023-10-09T19:04:05Z
dc.date.available2023-05-15T18:18:59Z
dc.date.available2023-10-09T19:04:05Z
dc.date.date-insert2023-05-15
dc.date.issued2019
dc.descriptionDissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Psicologia e Saúde, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.pt_BR
dc.description.abstractO surgimento e a crescente prevalência conhecida da automutilação não suicida, seja em contextos clínicos ou não clínicos - é, em parte, um fenômeno de desenvolvimento. Aspectos do comportamento (por exemplo, redução imediata do estresse), o indivíduo (por exemplo , dificuldades que regulam a emoção e o enfrentamento do estresse) e o ambiente (por exemplo, reforço social) durante esse período de desenvolvimento resultaram em sua disseminação. Vários estudos constataram a co-ocorrência entre lesões de automutilação e outras variáveis de interesse, como abusos na infância, relacionamento familiar não satisfatório, estratégias de coping mal-adaptativas e estresse interpessoal. A automutilação não suicida tem atingido altas prevalências em diversos países do mundo, associadas a diversos fatores psicossociais, tornando-a um tema de importância para a saúde pública em âmbito mundial. Esta dissertação aborda o tema mediante dois estudos: (1) busca sistemática da literatura internacional que apresenta uma visão ampla sobre prevalências e fatores associados à automutilação não suicida entre adolescentes de amostras comunitárias, conduzida no mês de abril de 2019, na Web of Science, PsycInfo, Academic Research Complete, Medline Complete e Pubmed, utilizando-se a combinação “nonsuicidal self-injury and adolescents”. Artigos em inglês publicados entre março de 2009 e março de 2019 foram analisados com base em critérios de inclusão/exclusão definidos a priori. Foram selecionados 20 estudos transversais (prevalências de 6,13 a 31,3%) e 20 estudos longitudinais (prevalências de 5,16 a 41,6%, em T1; e, de 5,13 a 46,6%, em T final), sendo os fatores associados classificados em sociodemográficos, individuais e de manejo de problemas e de emoções, psicossociais relacionais e, disposicionais. E, (2) pesquisa empírica, de base escolar, no município de Montenegro, RS, que investigou prevalência de automutilação não suicida e a contribuição de variáveis sociodemográficas (sexo, idade, raça/cor, escolaridade dos pais, religião, prática da religião e classificação econômica); variáveis individuais e de manejo emoções e de problemas (estratégias de coping e de regulação emocional; variáveis psicossociais relacionais (comunicação com pessoas de referência, estresse interpessoal, maus-tratos e habilidades sociais interpessoais); e variáveis disposicionais (Transtornos mentais comuns e afetos positivos e negativos). A pesquisa foi realizada com adolescentes escolares do quinto ao nono ano do ensino fundamental, matriculados na rede pública municipal (n=878). Foram utilizados: Inquérito sociodemográfico; Critério de Classificação Econômica Brasil; Escala de automutilação não suicida; Questões sobre ideação, planejamento e tentativa de suicídio; General Health Questionnaire – 12 itens; Escala Brasileira de Coping para Adolescentes (versão revisada); Escala de Afetos Positivos e Negativos; Trait meta- mood scale-24; Facilidade de comunicação com as pessoas; Escala de estresse interpessoal; Questionário sobre Traumas na Infância ; e, Escala de habilidades sociais interpessoais. A análise de regressão logística hierárquica demonstrou que apresentam mais chances de automutilação não suicida adolescentes de 13 a 17 anos, de classificação econômica A e B, com ausência de prática religiosa, pouca clareza e pouca reparação emocional, com maior dificuldade na comunicação com pessoas de referência, maior estresse interpessoal, presença de Transtornos mentais comuns e maior experiência de afetos negativos. O estudo visa a subsidiar futuras ações de prevenção e promoção da saúde nessa população.pt_BR
dc.description.abstract-enThe emergence and the well known increasing prevalence of the nonsuicidal self-injury, either in clinical or non-clinical contexts – are partially a development phenomenon. Aspects of behavior (such as, immediate stress reduction), the individual (for example - difficulties regulating emotion and coping with stress) and the environment (eg., social reinforcement) during this developmental period have resulted in its spread. Several studies have found co-occurrence between self-harm injuries and other variables of interest, such as childhood abuse, unsatisfactory family relationships, maladaptive coping strategies, and interpersonal stress. Nonsuicidal self-injury has reached high prevalence in many countries around the world, being associated with various psychosocial factors, turning it a subject of great importance of public health worldwide. This dissertation addresses the matter through two studies: (1) a systematic search of the international literature that presents a broad view on the prevalence and factors associated with nonsuicidal self-injury among adolescents from community samples, conducted in April 2019, on Web of Science, PsycInfo, Academic Research Complete, Medline Complete and Pubmed, using the combination of words “nonsuicidal self-injury and adolescents”. Articles published in English published between março 2009 and march 2019 have been analysed based on the inclusion/exclusion criteria which were determined a previously. It has been selected 20 transversal studies (prevalence of 6,13 to 31,3%) and 20 longitudinal studies (prevalence rate of 5,16 to 41,6%, at T1; and, of 5,13 to 46,6%, in final T) the associated factors are classified as sociodemographic, individual and problem and emotion management, relational psychosocial and dispositional. And, (2) a school based empirical research in Montenegro-RS which investigated nonsuicidal self-injury prevalence and the contribution of sociodemographic variables (gender,age, race/color, parental education, religion, religious practice and economic class); individual emotion and problem management variables (coping and emotional regulation strategies, relational psychosocial variables (communication with referrals, interpersonal stress, maltreatment, and interpersonal social skills); and dispositional variables (common mental disorders and positive and negative affects). The research has been done with adolescents attending from the 5th to the 9th grades, who were enrolled at municipal public schools (n=878). For the purpose of this research the following criteria were used: Sociodemographic survey; Brazil Economic Classification Criteria; Nonsuicidal self-injury scale; Reasoning questions, suicidal planning and attempt; General Health Questionnaire – 12 items; Brazilian Coping Scale for adolescents (revised version); Positive and Negative Affect scale; Trait meta-mood scale-24; Easiness to communicate with people; Interpersonal stress scale; Childhood Trauma Questionnaire; and, Interpersonal social skills Scale. Hierarchical logistic regression analysis showed that 13 to 17-year-old adolescents with economic classification A and B, with no religious practice, little clarity and little emotional repair, with greater difficulty in communicating with people of reference, greater interpersonal stress, presence of common mental disorders and greater experience of negative affects were more likely to present nonsuicidal self-injury characteristics. The study aims at subsidizing future actions of health prevention and promotion in this population.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufcspa.edu.br/handle/123456789/2094
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.relation.requiresTEXTO - Adobe Readerpt_BR
dc.rightsAcesso Aberto Após Período de Embargopt_BR
dc.subjectAutomutilação não suicidapt_BR
dc.subjectAdolescentept_BR
dc.subjectFatores associadospt_BR
dc.subject[en] Self Mutilationen
dc.subject[en] Adolescenten
dc.titlePrevalência e fatores associados à automutilação não suicida entre adolescentes da rede pública municipal de Montenegro/RSpt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
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