Análise da sobrevida livre de doença após quimioterapia neoadjuvante em mulheres com câncer de mama

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Data
2019
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Resumo
O câncer de mama é o tumor maligno de maior incidência entre as mulheres no Brasil. Apresenta características clínicas e morfológicas diversas que se traduzem em alta heterogeneidade tumoral dificultando, muitas vezes, o tratamento e a cura. A quimioterapia neoadjuvante é aplicada antes da cirurgia para reduzir o tumor ou para permitir cirurgias conservadoras e possibilita a realização de estudos clínicos sobre a eficácia dos agentes antineoplásicos, avaliação de biomarcadores preditivos e prognósticos de resposta tumoral. Após a quimioterapia neoadjuvante, a cirurgia oncológica mamária é realizada como principal forma curativa no tratamento locorregional ou avançado. Nesta, é possível fazer a avaliação da resposta patológica do tumor. Quando essa resposta é completa, ou seja, com a ausência de tumor residual na mama e nos linfonodos axilares, está associada ao menor risco de recidivas ou metástases à distância e, consequentemente, a uma maior sobrevida livre de doença. Sendo assim, esse estudo tem por objetivo analisar a sobrevida livre de doença em mulheres com câncer de mama submetidas à quimioterapia neoadjuvante. Os dados foram obtidos por meio da revisão de prontuários de 120 pacientes que realizaram o tratamento entre os meses de janeiro de 2013 e janeiro de 2017. A taxa de sobrevida foi analisada pelo método de Kaplan-Meier e pelo teste Log-rank. Qui-Quadrado foi utilizado para avaliar a influência dos fatores preditivos e prognósticos na resposta patológica completa (pCR) e na sobrevida livre de doença (SLD). A média de idade das pacientes foi de 50 anos. A pCR, encontrada em 35 pacientes (29,2%) da amostra, foi significativa para pacientes com câncer de mama subtipo Her2+ (70%) onde a superexpressão da proteína apresentou duas vezes mais chances de se obter pCR. Em relação à SLD, tumores T4 apresentaram significativamente menor taxa do que tamanhos 2 e 3. Receptores hormonais e índice Ki67 não apresentaram influência na pCR e SLD. Os resultados sugerem que mulheres com até 50 anos e que tumores avançados ao diagnóstico apresentam maiores chances de recidivas e metástases impactando negativamente na sobrevida livre de doença. O esvaziamento axilar durante a cirurgia possibilitou aumento da sobrevida livre de doença, bem como a adição de trastuzumabe no tratamento neoadjuvante do subtipo molecular Her2+.
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Câncer de Mama, Terapia Neoadjuvante, Quimioterapia, Análise de Sobrevida, [en] Breast Neoplasms, [en] Neoadjuvant Therapy, [en] Drug Therapy, [en] Survival Analysis
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