Associação da síndrome metabólica e seus componentes com baixos níveis de testorerona em homens maiores que 40 anos

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2015
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Resumo
Introdução: A Síndrome Metabólica (MetS) é um conjunto de fatores de risco interrelacionados de origem metabólica associados diretamente com o desenvolvimento da doença cardiovascular aterosclerótica e do diabetes mellitus do tipo 2 (DM2). A obesidade central tem um papel central no desenvolvimento da MetS. Alguns estudos sugerem uma possível conexão entre os baixos níveis séricos de testosterona e o desenvolvimento de MetS. Entretanto, o mecanismo exato das associações observadas permanece incerta. Com objetivo de esclarecer essa relação, analisamos o grau e a independência da associação entre a testosterona total (TT) e MetS em homens não diabéticos com idade superior aos 40 anos. Material e Métodos: Nesse estudos transversal, 143 homens não diabéticos com mais de 40 anos de idade referenciados para avaliação urológica de rotina foram analisados. Amostras de sangue em jejum e matinais foram obtidas para avaliar o perfil metabólico e a TT (Faixa normal: 300-800 ng/dL). A definição de MetS segundo o Associação Americana de Cardiologia (AHA) foi adotada no presente estudo e inclui a presença de 3 ou mais dos seguintes critérios: glicemia de jejum ≥ 100 mg/dL, Triglicerídeos ≥ 150mg/dL, HDL colesterol < 40 mg/dL, hipertensão ou pressão sanguínea ≥ 130/85 mmHg e circunferência da cintura > 102cm. Indivíduos com história prévia de DM2 ou em uso de hipoglicemiantes orais foram excluídos. Resultados: A média de idade dos homens incluídos no estudo foi de 61,5 (±8,61) anos, e 74,5% eram caucasianos. A MetS estava presente em 47,9% dos indivíduos. Trinta e quatros homens (24%) tinham baixos níveis de TT (<300ng/dL) e a MetS foi observada em 23 (70%). Enquanto, naqueles com níveis normais de TT (≥ 300ng/dL), 50 (46%) pacientes apresentavam MetS (OR 4,94 IC 1,83-13,29; P=0,002). O resultado foi ajustado para tabagismo, sedentarismo, idade, índice de massa corpórea (IMC) e consumo atual de álcool. O número de componentes clínicos da MetS foi moderadamente correlacionado com os níveis de TT independente de possíveis fatores de confusão (B -27,43; Beta -0,26; P<0,001). Triglicerídeos (Beta -0,225; P=0,007), glicemia (Beta -0,17; P=0,03) , circunferência da cintura (Beta -0,34; P<0,001) foram inversamente correlacionados com os níveis séricos de TT. O HDL colesterol (Beta 0,235; P=0,005) foi diretamente correlacionado com testosterona total. Entretanto, na analise de regressão linear múltipla, apenas a circunferência da cintura (Beta -0,395; P=0,03) e o HDL colesterol (Beta 0,19 ; P=0,04) persistiram significativamente correlacionados com níveis de TT, independente do IMC e outros fatores de confusão. Conclusão: Os níveis subnormais de TT foram independentemente e inversamente associados com a presença de MetS. O número de componentes clínicos da MetS é independentemente e inversamente correlacionados com a TT. A obesidade central, o fator de risco essencial e predominante para MetS e resistência insulínica, também parece ser o componente da MetS mais correlacionados com os níveis subnormais de TT.
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Hipogonadismo, Testosterona, Síndrome X Metabólica, Obesidade Abdominal, Fatores de Risco, [en] Hypogonadism, [en] Testosterone, [en] Metabolic Syndrome X, [en] Obesity, Abdominal, [en] Risk Factors
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