Coeficiente de atrito requerido durante a marcha em indivíduos sem e com Doença de Parkinson com freezing e sua relação com variáveis cinéticas e cinemáticas

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Data
2017
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Editor Literário
Resumo
A Doença de Parkinson (DP) provoca alterações contínuas e episódicas na marcha, leva à instabilidade postural e ao aumento do risco de quedas. Os sintomas motores da DP incluem rigidez, bradicinesia e tremor que diminuem a velocidade da marcha, aumento da fase de duplo apoio e da cadência, além da redução da amplitude de movimento na maioria das articulações. Por outro lado, consideram-se distúrbios episódicos da marcha parkinsoniana aqueles que ocorrem ocasionalmente e de maneira intermitente, como o freezing da marcha (FOG). O FOG é uma breve ausência ou redução marcada da progressão do pé após a intenção do andar, sendo caracterizado por perda súbita da capacidade de iniciar ou continuar a locomoção, particularmente ao girar ou passar por obstáculos estreitos. Esse é um dos distúrbios mais incapacitantes e frequentes na DP, pois limita a mobilidade, causa quedas e reduz a qualidade de vida do paciente. As quedas podem ser analisadas por meio do parâmetro biomecânico coeficiente de atrito requerido durante a marcha (RCOF). Esse parâmetro tem sido utilizado como um preditor de quedas, informando a quantidade de atrito aplicada entre o solo e o pé para permitir o avanço do corpo. Esses dados foram correlacionados com os parametros cinéticos e cinemáticos da marcha, permitiendo ampliar a analise do comportamento de RCOF. O objetivo deste estudo foi calcular o RCOF em indivíduos sem e com DP com frezzing e correlacionar esses valores com parâmetros cinéticos e cinemáticos da marcha. Participaram deste estudo 14 sujeitos com DP e com o sintoma FOG e 14 sujeitos saudáveis. Todos os participantes tiveram dados cinéticos e cinemáticos da marcha coletados. A curva do RCOF foi calculada pela divisão entre a resultante das componentes horizontal e vertical da forças de reação do solo. Desta forma, os dois picos do RCOF (P1COF e P2COF) e o vale da curva (V1COF) foram extraídos. Os dados cinéticos foram normalizados pela velocidade da caminhada e pela massa corporal. O RCOF, a velocidade da marcha, parâmetros cinemáticos e cinéticos, por medio do Test t de estudent para dados parâmetricos e o test Mann Whitney para dados não parâmetricos. A interação entre os valores de RCOF, parâmetros cinemáticos y cinéticos fueram avaliados pelo Test de Correlation de Spearman's. Finalmente, a Regressão Multipla foi usada para encontrar a variável preditora de RCOF na marcha de individuos com DP. Os resultados demonstraram valores mais altos de RCOF nas fases da marcha de resposta à carga (P1COF) e apoio médio (V1COF), e menores valores de plantiflexão e velocidade da marcha em indivíduos com DP quando comparados a seus pares saudáveis. A análise de regressão linear indicou a velocidade da marcha como preditor dos valores de RCOF no P1COF, o ângulo de plantiflexão e o momento como fortes preditores do RCOF no V1COF e a potência de propulsão como preditora do RCOF na fase de pré-balanço (P2COF). Esses resultados evidenciam que o P1COF e o V1COF parecem ser os instantes mais críticos da fase de suporte para deslizamentos e quedas em indivíduos com DP e FOG.
Descrição
Palavras-chave
Doença de Parkinson, Coeficiente de Atrito, Cinemática, Cinética, Risco de Queda, Forças de Reação do Solo, [en] Parkinson Disease, [en] Biomechanical Phenomena, [en] Kinetics
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