Perfil microbiológico e de sensibilidade bacteriana a antibióticos em pacientes portadores de rosácea papulopustulosa
Carregando...
Data
2015
Autores
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editora
Editor Literário
Resumo
Introdução: A rosácea é uma doença crônica de pele que afeta, quase
que exclusivamente, a região central da face. A patogênese dessa ainda
permanece desconhecida, e pode ser diferente entre seus subtipos. Exposição
aos raios ultravioletas, espécies de oxigênios reativos, alterações vasculares,
imunidade inata e microorganismos podem ser os responsáveis. Há uma
indefinição quanto à importância da presença das bactérias nas lesões da
rosácea.
Objetivos: Avaliar a presença de agentes bacterianos nas lesões
pustulosas de pacientes com rosácea subtipo 2 (papulopustulosa), em amostra
de um centro de referência em atendimento de Dermatologia da cidade de
Porto Alegre, Rio Grande do Sul (Brasil).
Material e Métodos: Realizamos um estudo transversal, coletando
secreção de lesões pustulosas e da pele adjacente de todos os pacientes
maiores de 18 anos com diagnóstico de rosácea papulopustulosa que
consultaram no serviço de dermatologia da Universidade Federal de Ciências
da Saúde de Porto Alegre entre os anos de 2013 à 2014, para realização de
exame bacteriológico e antibiogramas específicos.
Resultados: Os resultados das culturas das pústulas dos 22 pacientes
mostraram que apenas dois (9,1%) pacientes tiveram o crescimento de
colônias isoladas. Não houve crescimento de colônias isoladas na pele sã de
nenhum paciente. Apenas dois pacientes apresentaram crescimento bacteriano
nas lesões, um apresentou colônias de Staphylococcus aureus, outro colônias
de Staphylococcus epidermidis ambas sensíveis a múltiplos antibióticos.
Conclusão: o estudo demonstrou uma falta de evidências quanto à
importância da presença bacteriana em lesões papulopustulosas da rosácea.
Mais estudos precisam ser realizados para avaliarmos o verdadeiro papel das
bactérias na patogênese da rosácea. Simples exames bacteriológicos e
antibiogramas parecem não ser capazes de auxiliar no manejo destes
pacientes. Talvez exames mais sensíveis e específicos, como PCR em tempo
real, possam identificar microorganismos capazes de explicar parcialmente a
patogênese da rosácea.
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Patologia, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Rosácea, Testes de Sensibilidade Microbiana, Bactérias, [en] Rosacea, [en] Microbial Sensitivity Tests, [en] Bacteria