Fisioterapia pélvica em pacientes submetidas a braquiterapia ginecológica: ensaio clínico randomizado

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2018
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Resumo
Introdução: O câncer do colo do útero é a neoplasia ginecológica mais comum no mundo, configurando a quarta causa de morte das mulheres no Brasil. A braquiterapia ginecológica é um tratamento adjuvante que auxilia na remissão neoplásica promovendo aumento da sobrevida. Entretanto, a irradiação ionizante afeta negativamente o canal vaginal, podendo causar além de outras desordens, alterações nas dimensões do canal vaginal associada à morbidade mais prevalente após o tratamento com altas doses de radiação. Objetivo: Avaliar as dimensões do canal vaginal nas pacientes submetidas à braquiterapia ginecológica e o efeito do uso de dilatadores vaginais (DV) empregados no acompanhamento de fisioterapia pélvica. Métodos: Este estudo é um ensaio clínico randomizado, no qual 88 participantes foram alocadas randomicamente nos grupos controle (GC: n = 32) e intervenção (GI: n = 56). Foram realizadas três avaliações: pré-braquiterapia, pós-braquiterapia e no follow up de 3 meses. O GC recebeu orientações habituais da equipe de saúde, enquanto que o GI foi orientado à utilizar DV durante três meses. As dimensões do canal vaginal (desfecho principal) foram definidas pelo comprimento da vagina (cm), largura (número de voltas horárias da rosca de abertura no espéculo ginecológico) e área (definida através do tamanho do DV). Foram avaliadas também a qualidade de vida (QV) e a funcionalidade do assoalho pélvico (AP). Resultados: Não houve efeito do DV sobre o comprimento vaginal (p = 0,111), largura (p = 0,490) e área (p = 0,743). Na análise estratificada por adesão, o GC teve significativa diminuição da área vaginal (p = 0,046). O AP foi predominantemente hipoativo (GC: 59,4%; GI: 69,9%) ao longo do seguimento. A QV melhorou em ambos os grupos, mas a redução de constipação, ressecamento vaginal e incontinência urinária de esforço se manifestou apenas no GI. Conclusão: O uso de DV não alterou as dimensões do canal vaginal nos primeiros três meses após o término do tratamento de RT para o câncer do colo uterino. Porém, houve grande perda amostral ao longo do seguimento e por isso, estudos com maior número amostral e tempo de seguimento precisam ser conduzidos para avaliar o benefício do DV sobre as dimensões vaginais, funcionalidade do AP e evolução clínica.
Descrição
Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
Palavras-chave
Dilatadores Vaginais, Braquiterapia, Câncer do Colo do Útero, Fisioterapia Pélvica, Radioterapia, [en] Brachytherapy, [en] Uterine Cervical Neoplasms, [en] Physical Therapy Specialty, [en] Radiotherapy
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