Saúde mental e qualidade de vida dos profissionais de saúde brasileiros: inquérito nacional durante a pandemia de Covid-19
dc.contributor.advisor | Barros, Helena Maria Tannhauser | pt_BR |
dc.contributor.advisor-co | Bortolon, Cassandra Borges | pt_BR |
dc.contributor.author | Petter, Júlio César dos Reis | pt_BR |
dc.contributor.department | Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2025-03-11T19:26:06Z | |
dc.date.available | 2025-03-11T19:26:06Z | |
dc.date.date-insert | 2025-03-11 | |
dc.date.issued | 2024-11-18 | |
dc.description | Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. | pt_BR |
dc.description.abstract | OBJETIVO: Nesta dissertação busca-se construir um perfil das dimensões humanas e conjunturais da saúde mental e qualidade de vida dos profissionais de saúde brasileiros durante a pandemia de COVID-19, bem como estabelecer a prevalência de sintomas de depressão, ansiedade e estresse, traçando relações com a qualidade de vida, consumo de álcool e dados sociodemográficos desses profissionais. MÉTODO: A pesquisa é dividida em dois momentos distintos. Inicia-se com um estudo de método misto, de estratégia incorporada concomitante, no formato QUAL+Quan. Nela, os produtos de uma síntese de literatura cinzenta (mapa de empatia) e de uma revisão narrativa de evidência em bases indexadas (panorama situacional) foram trabalhados para a criação do perfil detalhado. No segundo momento, realizou-se um estudo transversal e quantitativo de âmbito nacional, do tipo inquérito. O instrumento foi composto de questões referentes aos dados sociodemográficos, bem como os formulários validados WHOQOL-BREF, DASS 21 e CAGE. O inquérito foi distribuído por conselhos de classe, associações, sindicatos e programas de pós-graduação para oito categorias de profissionais entre 19/05 e 06/08/2021. RESULTADOS: Para o primeiro estudo foram extraídas pouco mais de 400 palavraschave das 19 matérias jornalísticas selecionadas para a composição dos 4 quadrantes do mapa de empatia. Em sua maioria, as percepções do pessoal de saúde incluíam ocorrências fora do corriqueiro, em tom predominantemente negativo. Para o panorama situacional, foram inclusos 31 estudos, de 19 países. Dessa análise, delinearam-se 5 categorias: esgotamento físico e mental; medo; afastamento dos círculos sociais; transtorno de rotinas; e, risco de contaminação. Já para o segundo, foram recebidas e utilizadas para análise 8269 respostas válidas. Evidenciou-se a prevalência dos sintomas de depressão, ansiedade e estresse, em nível moderado a muito grave em, respectivamente, 66,3%, 65,7% e 57,5% da amostra. Houve associação significativa entre a piora da qualidade de vida e dos sintomas de saúde mental com: exposição ao trabalho com pacientes covid; principalmente entre pessoas com menor faixa etária; ser do sexo feminino; crença de infecção por COVID-19; e descrição de problemas com uso de bebidas alcóolicas. CONCLUSÃO: Os dois momentos da dissertção reforçam-se mutuamente pois, o perfil das dimensões humanas e conjunturais demonstra como o esgotamento exacerbou o medo, reduzindo a capacidade dos profissionais de lidar com estresse e manter resiliência emocional. Já a análise das prevalências revela que o estado da saúde mental dos profissionais de saúde brasileiros estava duas a três vezes mais comprometido que na população em geral no 2º ano da pandemia de COVID-19, com associação significativa com percepção negativa da qualidade de vida. Os achados no pessoal de saúde brasileiro são semelhantes aos de casos mais graves encontrados no âmbito global, reforçando a necessidade de um olhar atento para os profissionais de saúde durante o enfrentamento de emergências de saúde. A falta de condições laborais adequadas majorou os riscos de infecção e transmissão do vírus, bem como o distanciamento intensificou sentimentos de desamparo e solidão, colocando-os em situação de vulnerabilidade. PALAVRAS-CHAVE: Saúde Mental, Qualidade de Vida, Pessoal de Saúde, Prevalência, COVID-19. | pt_BR |
dc.description.abstract-en | OBJECTIVE: This thesis aims to build a profile of the human and contextual dimensions of the mental health conditions and quality of life of Brazilian healthcare professionals during the COVID-19 pandemic. It also seeks to establish the prevalence of depression, anxiety, and stress symptoms, while analyzing their relationships with quality of life, alcohol consumption, and sociodemographic data. METHOD: The research is divided into two phases. Firstly, a mixed-methods study with an embedded design and qualitative focus was conducted. Qualitative data consisted of a synthesis of grey literature and quantitative data was a review of scientific evidence in indexed databases using MeSH terms. Those results were qualitatively analyzed to create the detailed profile. Secondly, a national crosssectional national survey was carried out with eight categories of healthcare professionals across the country. The survey included sociodemographic questions and WHOQOL-BREF, DASS 21, and CAGE questionnaires. Data was collected through professional councils, associations, unions, and graduate programs between May 19 and August 6, 2021. RESULTS: In the first phase, over 400 keywords from 19 journalistic articles were extracted to compose the empathy map, mostly addressing negative perceptions of healthcare workers. The situational overview was built upon 31 studies from 19 countries, identifying five categories: physical/mental exhaustion, fear, social isolation, routine disruption, and contamination risk. In the cross-sectional survey, 8,269 valid responses were analyzed. Moderate to severe symptoms of depression, anxiety, and stress were prevalent in 66.3%, 65.7%, and 57.5% of participants, respectively. Significant associations were found between worsened mental health outcomes and: exposure to COVID-19 patients; younger age; female gender; self-perceived COVID19 infection; and alcohol-related issues. CONCLUSION: The two study phases reinforces each other. The human and contextual profile demonstrates how exhaustion amplifies fear, reducing professionals’ capacity to manage stress and maintain their emotional resilience. Quantitative analysis revealed that Brazilian healthcare workers’ mental health was two to three times more compromised than the general population during the pandemic’s second year, with significant associations to poor quality of life perceptions. Brazilian findings follow suit to severe cases worldwide, underscoring the need to prioritize healthcare workers during health-related emergencies. Inadequate working conditions heightened infection risks, while social distancing intensified feelings of helplessness and loneliness, exacerbating their vulnerability. | en |
dc.identifier.uri | https://repositorio.ufcspa.edu.br/handle/123456789/3243 | |
dc.language.iso | pt_BR | pt_BR |
dc.relation.requires | TEXTO - Adobe Reader | pt_BR |
dc.rights | Acesso Embargado | pt_BR |
dc.rights.uri | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/ | |
dc.subject | Saúde Mental | pt_BR |
dc.subject | Qualidade de Vida | pt_BR |
dc.subject | Pessoal de Saúde | pt_BR |
dc.subject | Prevalência | pt_BR |
dc.subject | COVID-19 | pt_BR |
dc.subject | [en] Mental Health | en |
dc.subject | [en] Quality of Life | en |
dc.subject | [en] Health Personnel | en |
dc.subject | [en] Prevalence | en |
dc.subject | [en] COVID-19 | en |
dc.title | Saúde mental e qualidade de vida dos profissionais de saúde brasileiros: inquérito nacional durante a pandemia de Covid-19 | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
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